sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Vamos Maiêuticar?

Provavelmente a maioria de meus leitores nunca ouviu falar nesse termo, maiêutica. Ou se ouviu, não teve a coragem de perguntar sobre o que se tratava. Pois bem, contrariando a própria maiêutica (que ela me perdoe) explicarei aqui ao que ela se refere. E mais, quero plantá-la em suas vidas e incentivá-la como prática.

Recorrendo ao nosso filósofo-mór, o tal do “sifu”, explico-lhes quem minha dama de hoje é. Sabe aquela que ensina a pescar ao invés de dar o peixe já assado? A maiêutica é assim. Na verdade, ela vai mais longe. Ela faz com que o pescador desenvolva técnicas melhores e mais modernas, que ele pense e desenvolva mecanismos mais eficazes e menos agressivos ao meio ambiente. Como vêem, ela é forte, poderosa, mas sem deixar de ser doce e sutil.

Infelizmente a educação filosófica em nossas escolas, tanto nas públicas quanto nas particulares, é lamentável. Aula de filosofia soa como um palavrão para a maioria dos adolescentes e, por conta disso nos tornamos, em grande maioria, adultos ignorantes e desconhecedores de métodos e táticas de educação e, por que não, de desenvolvimento intelectual que a filosofia nos apresenta, de maneira delicada e prazerosa. Uma delas é minha querida maiêutica.

Voltando um pouco ao século 469 A.C., quando em Atenas, Grécia, nascia o influente e eloqüente filósofo Sócrates. Sem ter deixado nenhum documento escrito, por naquela época ser natural e predominante o ensino oral, Sócrates desenvolveu um mecanismo de raciocínio baseado em sua convicção de “que só sei que nada sei”. A partir dessa ironia, Sócrates, com a ciência de que só sabia que nada sabia, percebeu que tudo é discutível, que nada é definitivo e que a maneira mais eficiente de desenvolver o raciocínio era... perguntando! Nesse exercício de constantes questionamentos e de reconhecimento da própria ignorância, é que surgiu a maiêutica.

Etimologicamente falando, maiêutica quer dizer “dar à luz”, “parir”. No sentido filosófico, quer dizer “ajudar a parir novas idéias, novos raciocínios”. Tudo isso sem dar respostas prontas, mastigadas. A idéia é semelhante, como já citei, à da pescaria. Nesse caso, a maiêutica proporciona ao indivíduo a chance de pensar e resolver problemas de maneira independente e autônoma. Um exemplo prático da aplicação da maiêutica em nosso cotidiano: quando um funcionário pergunta alguma coisa referente ao seu cargo um bom chefe prontamente e de maneira generosa, satisfaz sua dúvida. Já um chefe verdadeiramente generoso e “maiêutico”, que visa não só o crescimento da empresa, mas também o do funcionário como ser pensante, usa a maiêutica como método e logo lhe faz outra pergunta, indagando-o, por exemplo, em como ele resolveria tal problema, o que ele faria. Dessa maneira, estabelecesse aí o genial exercício socrático, eliminando a preguiça de pensar e de questionar os mecanismos pré-estabelecidos.

Em nossas vidas podemos fazer isso não só com nossos funcionários, mas com nossos filhos, incentivando-os a refletir e a crescer de maneira mais lúcida, responsável e consciente. Com nossos amigos, ao fazê-los enxergar que nem sempre têm a razão e que se auto-questionar é a maneira mais segura de manter os pés nos chão, sempre. Com nossos pais e fazê-los perceber que a verdadeira sabedoria está em reconhecer que quanto mais o tempo passa, mais percebemos que não sabemos de nada e que não somos os donos da verdade simplesmente por termos mais experiência. Com nossos alunos, ao incentivá-los a pensar, pesquisar e inquirir, o processo de educação será muito mais rico e atingirá seu ponto ideal: transformar pessoas em cidadãos, capazes de lutar por seus direitos e ideais. Quando fizermos isso com as pessoas ao nosso redor, ao contrário do que possam pensar alguns, não será a dúvida a reinante, mas sim o esclarecimento e o crescimento intelectual e emocional. Não aceitaremos de boca fechada os desmandos dos políticos e dos magistrados. Saberemos nos defender, de maneira sensível, porém forte, de policiais e chefes arrogantes. Saberemos enfim, que eles estarão, na verdade, é afogados em sua própria ignorância.

O conhecimento revela um mundo novo ao indivíduo. A maiêutica está aí, de maneira benevolente, para nos guiar e nos auxiliar nesse rico processo. Ela nos ensina a refletir, a não aceitar nada como aparentemente se apresenta, a questionar e duvidar. Na verdade isso é filosofar, na sua forma mais simples e crua.

Sócrates elaborou a maiêutica com a intenção de que as pessoas começassem a refletir e questionar o mundo em que viviam. Tudo baseado nos ideais da racionalidade, sem devaneios ou viagens, que isso fique claro. Ele queria que as pessoas reagissem aos conceitos e dogmas, que foram se firmando com o passar do tempo sem serem criticados ou questionados. Pois bem, façamos como ele, vamos incentivar o senso crítico, vamos estimular o pensar, vamos enfim, “maiêuticar”!!!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Eloqüência.


"O Bibliotecário" de Giuseppe Arcimboldo -1566.
...Quem me dera um dia produzir uma arte tão genial que em si, uma simples imagem, mesmo sucinta, se revele eloqüente...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Não foi safadeza ou preguiça. Nem por falta de tempo, pois este, se arranja. Na verdade, foi por excesso de zelo e de auto-cobrança que não postei nada essa semana. Quero melhorar o nível da minha escrita. Espero que consiga. Todavia, meus leitores queridos, por respeito a vocês, essa semana sai. A se sai!!!!
Ah, o que estão achando de "Capitu"???????
Kiss

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Mas olha...

Continuo querendo saber quem é C.O....
Sabe, eu nunca fui boa em adivinhações. Inclusive e exatamente por isso é que fico incomodada em não descobrir quem é.
Entretando, vamos lá...

Nossa Língua Portuguesa.

Recebi esse texto de minha querida amiga Jéssica. Não tem autor destacado, por isso, o mesmo, desculpe-me pela aparente falta de delicadeza.
Tenham um mega fim de semana.
"Este texto é dos melhores registros de língua portuguesa que eu tenho lido sobre a nossa digníssima 'língua de Camões', a tal que tem fama de ser pérfida, infiel ou traiçoeira.
Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou o discurso:
- Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados, reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara deste Município.
De repente, uma pessoa do público pergunta: - Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?
O candidato respondeu:
- Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui; A terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.
De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':
- Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) o facto, circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico, alcoolizado ou mamado (hic), não implica, significa, ou quer dizer que o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca (hic). E com todo a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece (hic)pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic) os seus haveres, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho (hic) à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou à puta que o pariu!"

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Datas Importantes.

Gente, semana passada e hoje comemoro datas sensacionais!
Dia 25 minha pequena completou 12 anos... É inacreditável como passou rápido!!!
Maria Clara é uma moça no corpo, criança nas brincadeiras e uma mulher no coração. Doce, gentil, delicada, amorosa, teimosa, atenciosa, inteligente, estudiosa, bonita, bagunceira e dorminhoca.
Seu dom musical e vocal nos enche a todos de orgulho!!!
Ser sua mãe é algo altamente prazeroso.
Já hoje, dia 04, comemoro, contrariando todas as expectativas, cinco anos de casório!
O incrível dessa data é que me sinto realizada, feliz e satisfeita com a relação que construí com o De e com a família que criamos.
Como veêm sou uma pessoa privilegiada.
Beijos a todos e bom dia.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Décimo Capítulo - Do Bilhete.

“Carol faria 15 anos só em agosto. Todas suas amigas já tinham feito ou estavam para completar as tão sonhadas 15 primaveras. Talvez por isso, para ela, era tão difícil pensar em transar. Sabia que sua falta de maturidade seria decisiva. Seu sexto sentido era muito forte e sinalizava para que esperasse um pouco. Toda vez que tinha algum tipo de intimidade maior com algum garoto, por menor que fosse, uma angústia forte tomava conta de seu coração. Isso já era motivo suficiente para que Carol tivesse mais calma. Sabia que qualquer passo errado poderia colocar todo o bom relacionamento que tinha com Danilo até agora, por terra. Seu sentimento por ele era forte sim, mas se perguntava quanto. Sexo demanda coragem para enfrentar os pais, caso eles venham saber, um pouco de falta de vergonha para tirar a roupa, vontade para encarar as conseqüências triviais como o ciúmes, e principalmente maturidade para segurar a onda e a pressão de se ter vida sexual ativa aos 14 anos!!!!!!!! Sem contar é claro o fantasma da gravidez indesejada. Nesse caso nem se pensava nas doenças sexualmente transmissíveis. O adolescente têm o péssimo hábito de se achar inatingível. Para eles, as coisas ruins só acontecem com os outros. E é aí que está o perigo.

Carolina nos últimos tempos não pensava em outra coisa. Estava difícil segurar a libido de Danilo. Na verdade, estava difícil segurar a mão, a língua, e principalmente, os pensamentos de seu querido namorado. Ficar sozinha com ele estava se tornando, ao invés de prazeroso, um inferno. Era bom, mas não era. Era gostoso, mas não era. Sentia tesão, mas não se sentia segura. Sentia vontade, mas logo imaginava sua mãe puta da vida e se sentindo traída. Sorria e chorava. Estava quase surtando.

Até o dia que Pedro entregou-lhe um bilhete...”

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ei, psiu, presta atenção!!!

Galera,
essa postagem é para chamar atenção de vocês para alguns assuntos culturais.
O primeiro é para lembrar-lhes de que essa semana, mais precisamente dia seis, acaba a tão falada Bienal de Artes, a Bienal do vazio. Acho interessante só pelo passeio. Então imagina um passeio com arte. Bom pra caramba né?! Por isso, com o preconceito deixado de um lado e a preguiça de outro, vá e volte com alguma opinião sobre a mostra. Mesmo que seja pra dizer que não gostou. Nada é unânime mesmo. Nem é essa a intenção. Na verdade, a idéia é: veja, reflita e divida sua sensação com sua esposa, marido, filhos e amigos. Garanto que vale a experiência.
Já na TV, semana que vem a promessa que aguardo ansiosa é a microssérie global "Capitu". Os que me conhecem sabem que sou amante de Machado de Assis. Por isso estou excitada com a idéia de que alguém da qualidade de Luiz Fernando Carvalho, outro caído de amor por Machado, apresente algo tão forte de nosso mestre da literatura, na televisão. Talvez a maneira como ele faz tv é que dificulte a audiência, mas em todos os casos, vale o convite.
Joaquim Maria Machado de Assis nos é apresentado na escola de maneira tão estúpida que ficamos com medo dele. Uma grande pena. Pois bem, para acabar com esse trauma, assistam à "Capitu." Mas assistam com um olhar maduro e não apenas com o olhar de quem quer um simples entretenimento. Na história de "Dom Casmurro", a qual serve de inspiração para série, Machado trata de assuntos tão fortes que vão além da possível traição de Capitu. Observem como é tratada a sexualidade de Bentinho, personagem principal, como é narrada a amizade entre ele e Escobar, como a religiosidade influenciava as relações da época, enfim, tantos assuntos e vários olhares. Só falta o seu.
Por fim, acaba dia sete a temporada de 2008 de Hamlet, com Wagner Moura, Tonico Pereira, Caio Junqueira, Carla Ribas, Georgiana Góes, Fabio Lago, Marcelo Flores, Gillray Coutinho, Claudio Mendes e Felipe Koury, no teatro Faap. História maravilhosa e elenco espetacular, apesar de um preço não tanto acessível assim(90,00), receita de um grande passeio. Já sei, pense que é um investimento intelectual. Fica menos pesado... rsrsrsrsrsr
Bom, galera as dicas são essas. Se usarem-nas, me diga o que acharam, ok?!
Beijos...

Nono Capítulo – Do mês seguinte do dia seguinte.

Meus leitores, amigos, amores e críticos. É com um prazer quase sexual que divido com vocês minha quinquagésima postagem. Meu blog está alcançando lugares que eu nem imaginava. Além de eu me divertir, sou acarinhada toda semana com comentários e e-mails de pessoas que conheço e que não conheço. Adoooooroooo!!! Até das críticas eu tenho gostado.
E o melhor, está acontecendo uma coisa imprevista e muito bem vinda. Os pedidos para que eu escreva mais vezes por semana sobre a história de nossa amiga Carol estão chegando a todo momento. Por isso, atendendo aos meus fãs (olha que chique), postarei na, além da já de praxe segunda-feira, também às quintas-feiras. O que acham????
Espero que se divirtam cada vez mais. Essa é intenção.
Então, vamos ao nono capítulo.
Beijos, queijos e cheiros.
“Bom, a vida de Carol tinha virado de cabeça para baixo. Nos últimos dois meses seu namoro com o Danilo estava indo de vento em popa. Já sua amizade com Bia e companhia limitada não ia bem das pernas. Mas como Carol sempre foi descolada e girava em várias turmas, não estava se sentindo assim tão mal. Um dia chegou a confessar para Joana, a única a ficar ao seu lado, que estava até um pouco aliviada. Ficar um pouco longe da prepotência disfarçada de “amiga super legal” da Bia, a estava fazendo bem. Claro que ela sentia falta dela. Ninguém é de todo mal, Carol sabia disso. Entretanto, seu sexto sentido dizia que Bia não estava muito feliz com aquele namoro, por isso preferiu a distância.

Nesse meio tempo, a galera cresceu. Não vou aqui descrever a personalidade de cada um como fiz no segundo capítulo, quando apresentei as meninas. Pois, além de me tornar chata, tirarei o prazer da descoberta do meu caro leitor. Então, no decorrer da história, você saberá como é e o que pensa cada um de nossos novos personagens. Bom, voltando à história, além de seus super amigos Pedro e André, Marília, Katia, Priscila e Juliana começaram a fazer parte da rotina de Carol. Ela estava adorando. Só tinha um probleminha. Danilo sentia ciúmes de Pedro. Os dois garotos eram amigos, era verdade. Mas Danilo não gostava muito da amizade de Carol e Pedro. Carolina tinha sim um amor enorme pelo amigo, mas seu coração e seus olhos eram, naquele momento, inteirinhos de Danilo.

Apesar desse ciúme, eles se divertiam demais. A nova turma era toda da mesma sala de Carol e Danilo não. Isso ajudava. Com o tempo, a turma já estava fazendo fama. Os professores já estavam de olho. Ou melhor, mais que de olho. Estavam atentos. Não se passava um dia sem que alguém do grupo não levasse uma bronca. Para se ter uma idéia de como eram fiéis uns aos outros e de como estavam infernizando a vida dos professores, um dia Joana foi mandada para fora da sala de aula, pois foi repreendida por estar falando mais do que deveria. Entretanto, como imaginávamos, recusou-se a sair. Nesse instante, Katia levantou-se e informou que se Joana saísse ela também sairia. A professora mais que depressa concordou e ordenou então que ela se juntasse a Joana. Para piorar, André fez a mesma coisa, seguido de Pedro, de Marília, de Priscila, de Juliana e por último por Carolina. A professora ficou atônita. A classe toda ria sem parar. Sem saber como agir, a professora mandou que todos calassem a boca e que voltassem para seu lugar. No dia seguinte, todos foram convocados pela diretora. O final é previsível...

Coisas peculiares assim aconteciam a todo momento. Talvez a mais engraçada foi quando, de novo, a maluca da Joana, num jogo amistoso de handball que ocorreu no ginásio da escola, entre a galera do terceiro ano e um colégio de São Paulo, provocou a torcida adversária. Foi incrível. Na verdade, seria engraçado se não fosse trágico. Carol teve que correr uns 900 metros morro acima até a casa de Marília, protegendo Joana da torcida da outra escola. Carol, Marília, Kátia, Juliana e claro, Joana quase apanharam feio não fosse a sorte da mãe de Marília estar no portão de casa e chamar a polícia. Pareciam um bando de maloqueiras... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Foi muito engraçado, além de perigoso. E apesar da bronca, valeu a história.

Danilo, nesse meio tempo, dividia-se entre os estudos, as aulas de inglês, os treinos de futsal e claro, desculpem-me o trocadilho, Carolina. Estava, para espanto de todos, apaixonadinho. Queria Carol sempre ao seu lado. Era carinhoso e companheiro. Isso, de certa forma, aumentava a inveja da galera. Na verdade, eles eram o casal pop da escola. E isso para Carol era difícil de conduzir. Como eram o centro das atenções sempre, qualquer coisinha que acontecesse era motivo para comentários e às vezes até fofocas maldosas. Isso a aborrecia, mas de certa forma tentava não ligar. O tempo foi passando e além da nova turma ficar mais unida, o namoro também foi ficando mais firme e forte. E namoro mais firme é sinônimo de sexo. E como sabemos, sexo não é sinônimo de namoro mais forte. Pelo contrário.”

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Quem é C.O?????

Estou muito feliz com a repercussão de meu blog. Entretanto, tenho recebido comentários e
e-mails de alguém que demonstra muito carinho, respeito e intimidade comigo. O problema é que essa pessoa não se identifica, apenas usa as iniciais C.O. Já pensei em vários amigos, mas apenas uma antiga amiga tinha essas iniciais, a Caroline de Oliveira Almeida. Será que és tu Carol?? Se não, please, identifique-se. Ficará mais fácil a nossa comunicação.
Beijos e até mais.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Oitavo Capítulo - Do Dia Seguinte

“O dia seguinte foi tenebroso. Carol não sabia que roupa vestir, que perfume passar, se passava perfume, pois poderia dar bandeira que queria estar cheirosa e maravilhosa. Chegou a trocar de roupa 4 vezes, passou gloss e rímel, tirou tudo, decidiu não ir à escola, mas depois percebeu que assim daria mais bandeira ainda. Na verdade queria parecer que não estava nem aí. Mas estava aí sim. Estava aí pra caramba!!! E pior, estava a-p-a-v-o-r-a-d-a!!!!


Coitada, apesar de parecer descolada, de ficar com uns carinhas, ela não tirava essas coisas de letra. Ainda mais quando estava envolvidíssima, para não dizer apaixonada. Pois bem, lá foi ela em direção ao colégio.

Antes de entrar na escola, foi direto ao banheiro verificar se estava tudo nos trinques. Cabelo, roupa, dentes, gloss , e hálito. Vai que ele decide cumprimentá-la com um beijo na boca...Não podia correr o risco de estar “bafenta” e por isso lascou um chiclete de melancia. Respirou fundo e foi. Com a barriga parecendo estar sofrendo um vendaval, cumprimentou um a um como fazia sempre. Tanto nos meninos quanto nas meninas o hábito era dar um beijinho na bochecha de cada um. Olhou de relance e viu que o próximo era o dito cujo. Respirou fundo e foi cheia de si em direção ao seu rosto. No meio do caminho até sua bochecha, Danilo, muito mais cheio de si, virou e deixou que a boca de Carol seguisse diretamente até a sua. Ela gelou. A galera riu. E Danilo, além do beijo, cheirou seu cabelo e sussurrou um elogio: você está linda!

O sinal tocou e, como estudavam em classes diferentes, despediram-se e cada um seguiu para seu corredor. A galera estava em polvorosa. Não se falava em outra coisa. Até por que não era normal o Danilo beijar uma garota em um dia e no outro continuar beijando. Carol estava pensando exatamente nisso. O que será que estava acontecendo? Será que ele estava afim mesmo dela? Será que ele também estava inseguro, com vendaval no estômago, roendo as unhas??? Nãooooo, o Danilo se achava muito para isso... Será? Essas respostas ela só saberia com o tempo.

Na verdade não era isso que estava parecendo. No intervalo, foi até a sala de Carolina buscá-la. Danilo era muito xavequeiro. Um de seus métodos de conquista era seu bom humor. Só falava besteira e todos ao seu redor riam como uns tontos. Carol era uma dessas pessoas e era fã confessa dele, mesmo antes desse “namoro”.

No intervalo Danilo não deixou Carol sozinha. As meninas não conseguiam falar com ela. Uma loucura. Queriam saber de tudo, mas ficou impossível. Até esse momento Carolzinha não tinha conseguido sequer dimensionar o que estava acontecendo. E o pior , estava se deixando levar pelo belos olhos castanhos do safado do Danilo. Seus belos olhos, seu cheiro delicioso, seu sorriso iluminador, seu humor inteligente, tudo, tudo, absolutamente tudo a deixava atordoada.

Danilo sugeriu, ao final da aula, acompanhá-la até a sua casa. Aí Carol achou demais. Prudência, canja de galinha e dinheiro no bolso, como já dizia o compositor, não faz mal a ninguém. E Carolina levava isso a sério. Melhor não arriscar, né?! Vai que ele decide pedi-la em casamento...

Mas sabe, ao chegar em casa, deitar na cama, e refletir sobre como tinha sido o dia, um belo sorriso e um discreto frio na espinha surgiram como reflexo de seu sentimento. Isso era um problema. Mas convenhamos, um delicioso problema.”

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mulheres Possíveis.

Recebi esse texto da minha corretora ortográfica e amiga Jessica Baraldi. É um tanto grandinho, mas vale pra repassar. Principalmente para os maridos... rsrsrsrsrsr
Beijinhos
"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãee mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou aosupermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo osfilhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono paraminha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou aocinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisõesno dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores paracasa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniõesligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas queoperam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lheapontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo paraos outros.Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o quedesejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.Você é, humildemente, uma mulher.E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo PhilippeStarck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente,está precisando rever seus valores.E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelase nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante."
Martha Medeiros - Jornalista e escritora

Para refletir.

"Nasceste no lar que precisavas,
Vestiste o corpo físico que merecias,
Moras onde melhor Deus te proporcionou,
De acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes
Com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes, amigos são as almas que atraíste, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.
Não reclames nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograme tua meta,
Busca o bem e viverás melhor." (Chico Xavier)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Aviso 2.

Como na semana passada eu não postei o sétimo capítulo, essa semana, excepcionalmente postarei dois capítulos. Espero que se divirtam. Boa semana.

Do Senhor Guilherme.

"-Mamãe, o papai noel vai demorar?
-Um pouco filho. Um pouco.
-Pq.? Está trânsito?"

Direto do Dicionário!

"Le.vi.an.da.de: s.f.1.Qualidade de leviano.2.Imprudência.3.Pouco Siso.4.Falta de tino ou de reflexão."
Resumindo: falar o que quiser, de quem quiser, sem ao menos refletir ou atinar para os sentimentos alheios.
Alguém aí já pensou a respeito?

Sétimo Capítulo-Da ficada.

"Danilo queria ficar com Carolina. No fundo, ela já sabia faz muito tempo. Puts, isso era demais, já que ele era o top da escola. Eles já tinham tido um lance, nada sério para ele, mas agora já havia um tempo que ela percebia que, onde ela estava, lá estava ele. Onde ela sentava, ele sentava ao lado e virava e mexia seus olhares se cruzavam. Ai que medo!!!!!
Na verdade, o problema era que sempre alguém se interessava por ele, Bia se incomodava. Isso era estranho. As meninas sempre notavam, mas Bia negava. Era de conhecimento de todos que Danilo babava por ela, mas como nunca teve retorno, desencanou de vez. Por isso, queria todas as garotas da escola, e também por isso ela não queria. Tinha medo, muito medo. E se se apaixonasse?? A probabilidade de isso dar certo seria mínima. E também não estava a fim de encarar as meninas. Não por isso.
Bom, Danilo queria muito ficar com Carolina, queria muito abraçar e beijar Carolina. Queria, na verdade dar uns pegas nela e só. Na verdade era isso que ela achava. Nada que ele dissesse a convenceria. Ainda mais quando percebeu os olhares das meninas, principalmente da Bia e Andréa. Bia não estava se controlando. Tava na cara que estava incomodada. Entretanto, quando conversaram sobre o assunto, Bia foi quase cínica:
-E aí, não vai dar uns beijos nele?
-Nele? Carol se fez de desentendida... Nele quem?
-No papai Noel! Claro que é no Dã!
-Eu?Eu não...Tô fora!
-É? Pq?Medo? -E caiu na gargalhada...
-...Pq. a risada? Pelo que eu saiba quem sempre teve medo dele é você. Aposto que se você estalar os dedos ele vem que nem cachorrinho.
-Eu não. Nada há ver. Ele é só um amigo que por coincidência é bonitinho.
-Bonitinho??? Andréa, até agora quieta, exclamou de maneira eufórica.
-Bonitinho é meu pé, ele é gostoso, cheiroso, lindo! Quem me dera ele me dar bola. Quando ficamos, na verdade, demos uns três beijinhos só. Ele nem quis saber de mim. Ah se caísse na minha mão de novo...
-Nossa, como você é vulgar Déa. Se controla.
-Nossa digo eu, Bia. Não sei qual de vocês duas é a mais tonta. Olha Carol, todo mundo sabe que o Dã é louco pela Bia, mas se você não for ciumenta, vai fundo. O que você tem a perder???
Carolina sabia que tinha sim muita coisa a perder. Mas não deu o braço a torcer:
-Olha, se eu ficar com ele não quero brincadeirinha, pode ser?
-Ah, sabia... Tinha certeza que iria acabar cedendo. Bom, acho até que vocês formam um lindo parzinho. Sério! E esquece isso que a tonta da Andréa disse, entre a gente não tem nada. Até pq eu sempre soube do seu carinho por ele. Pode deixar que por mim, vocês até se casam... Brincadeira... O quero dizer é que vou dar a maior força.
-Calma, nem rolou nada ainda.
-Mas vai rolar, eu sei.
Joana escutou toda a conversa, e por mais que parecesse sincera, Bia não a convenceu. Tinha alguma estranha no ar. Bia não perdia assim tão fácil. E além de admitir que tinha perdido, ainda estava apoiando Carol. Muito estranho. Danilo já tinha rodado a banca. Já tinha dado uns beijos, mais precisamente três beijos na Andréa, na Joana, na Melão, na Janaína, e na torcida do Palmeiras e Corinthians toda. Não se apegava a ninguém. Pq com ela seria diferente? Bom, mas como ninguém é de ferro e o bendito do Danilo tinha uma lábia danada e um cheiro alucinante, naquele dia eles ficaram. Foi demais!!!! Ela se sentia maravilhosa, desejada e cheia de energia. Contudo, essa situação, ao mesmo tempo em que a deixava envaidecida, deixava-a também com a pulga atrás da orelha. O que será que iria acontecer? Como seria o dia seguinte na escola? O que a galera iria dizer? Ela pagou pra ver."

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Desabafo.

Achei esse texto muito parecido com minha história...

“É doloroso desabafar. É difícil se expor. Contudo é o que preciso fazer.
Ainda mais quando se trata de uma relação tão conturbada como a minha com meu pai.
Achava que era coisa de cineasta exagerado (e qual não é???) as difíceis relações entre filhos retratadas em alguns filmes pseudo-filosóficos. Pois bem, infelizmente não é. Sinto isso na pele desde pequena, mas tentando manter minha dignidade emocional, sempre tentei sozinha ignorar e sufocar as sensações sofridas. Entretanto, não estou agüentando mais. Corro o risco de ser comparada a uma tia sofredora, que dizem, tem mania de perseguição. Será? Será que ela hoje não é apenas o resultado de anos de torturas veladas? Será que ela pediu socorro, mas ninguém escutou ou não entendeu? É isso. Estou pedindo socorro.
Minha mãe, por inúmeros motivos não me defende. Meus irmãos também não. Cada um com a sua razão. Mas me sinto abandonada. A sensação é de que, como sempre fui intensa, o que falo, o que conto sempre tem um certo exagero. Minha credibilidade familiar não é muito boa. E que sim, eu mereço passar por isso. “Ah, se ele, o poderoso chefão está agindo assim, é que ela fez alguma coisa. Com certeza.” E assim, o tempo vai passando, e minha dor de estômago aumentando. E como não quero ficar como minha tia (olha eu confirmando a impressão que todos tem dela...)estou aqui, com a intenção de exorcizar e extravasar tudo que está apertando não só minha garganta ou coração, mas toda minha caixa torácica.
Bom, dizem que é coisa de filho do meio, e pode até ser, mas que é dolorido, isso é! Desde de pequena, como disse, me sinto desprezada, e claro, por causa disso, passei a maior parte da minha vida tentando chamar sua atenção. Engraçado que carinho físico nunca faltou. O emocional é que nunca veio. Pedi mini-bugy, não ganhei. Meu irmão ganhou moto. Trabalho desde cedo, mas ele nunca soube no que. Meus irmãos também trabalham, mas quando algum problema profissional aparece, ele é o primeiro a dar atenção. Passei em uma grande faculdade, nem o carro ele queria emprestar para que eu pudesse fazer a matrícula. Meus irmãos se formaram, e são o grande orgulho do papai. Dediquei 10 nos de minha vida por amor a ele e a sua empresa, e fui chutada sem piedade. Meu irmão é o responsável pela empresa hoje, e minha irmã tem um ótimo emprego. Eu? Hoje? Nem para dona de casa eu sirvo, segundo ele. Ele nem sabe o que faço. Ele nunca leu uma frase minha. Eu escrevo muito, assim como eu falo muito, como a vida toda ele fez questão de deixar claro. Sou prolixa.
Sou prolixa, desorganizada, gastona, estabanada, labrega, minhas opiniões muitas vezes são contrárias as dele, leio seu jornal, moro em sua casa, resumindo, eu o incomodo. E ele não está mais conseguindo esconder isso.
Nos últimos tempos nem disfarça mais. Fala aos quatro ventos que seu querido e preferido é meu irmão. Não sei como minha irmã se sente, mas em mim assumo que dói demais. Sabe, uma coisa me deixa feliz nessa bagunça toda: eu amo e admiro muito meus irmãos. Em nenhum momento senti raiva ou inveja. Até pq a culpa não é deles. Apenas acho que por exercerem uma ascensão sobre meu pai, poderiam me defender. Eu sinto falta disso.
A de ontem nem foi tão forte, mas pesou a hora em que ele disse que se eu não estou de acordo com as regras da casa, que me retire. Ele tem razão, só que sabe que ainda não tenho condições. E olha que pela primeira vez não discuti com ele. Apenas, ao sair, aconselhei-o a se controlar, pois está dando na cara que não me suporta.
Antes dessa, a mais dolorosa foi quando me disse, depois de eu reivindicar um pouco de respeito, que não me respeitava pq eu não mereço respeito. Aí, doeu!
Engraçado que os outros fazem o que bem entendem com ele. Sócios suspeitos, fornecedores safados, funcionários sem caráter, mas com nenhum deles usa um terço de seu latim. Comigo, descarrega toda sua raiva e grosseria. Eu sei que muitas vezes o provoco, entretanto faço isso, eu acho, mais para chamar sua atenção do que para agredi-lo.
Quero dar um basta nisso, virar a mesa. Mas não consigo. Não consigo. O problema está em eu sentir por ele um amor absurdo. Gosto das mesmas coisas que ele, desde italiano até vinho, só para ser aceita. Mas não funciona. Nada funciona.
Meu coração, agora, está em pedaços, mas incrivelmente, as lágrimas não caem. Impressionante. Será esse um sinal?
Eu só queria ser respeitada. Nem amada eu queria. Ninguém é obrigado a sentir amor, mas acho que respeito é básico. Na verdade, eu só queria saber pq.
Alguém aí, caso tenha sentido dó de mim, peço que não sinta. Deseje apenas que eu consiga resolver isso logo. Eu não agüento mais gritar e ninguém me escutar.
Para terminar, proponho um desafio: a prova de seu total desprezo por mim é que, se ninguém avisar, ele nunca saberá desse texto. Por isso peço-lhes que não diguem nada. Até pq, não resolverá. Como ele mesmo diz, o tempo resolve tudo. Eu espero.”
Opa, acho que essa aí sou eu. E qualquer semelhança não é mera coincidência.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Aviso.

Excepcionalmente hoje, por motivos pessoais, nao postarei o setimo capitulo do conto "Incompreensao." E esta frase esta sem acentos pois meu computador deu tiuti.
Ate amanha.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Adendo.

O texto abaixo, apesar de não parecer, está catalogado como sendo um poema.
Entretanto, independente de denominações, esse texto nos faz refletir em como as coisas na vida são paradoxais. Vejamos as mãos: um elemento tão familiar e tão simples, capaz de cometer as maiores benevolências e as maiores atrocidades. Pois pensemos nisso nesse fim de semana. Semana que vem falo mais.
Beijos e queijos...

Poema para o Finde!!

Hoje conheci esse poema de Procópio Ferreira. Achei interessante compartilhar.
Espero que gostem.
Beijos e Bom Fim de Semana.

"MONÓLOGO DAS MÃOS (Procópio Ferreira)
Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever...
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvaram o trono da França e apagaram a auréola do famoso revolucionário. Múcio Cévola queimou a mão que, por engano, matou Porcena.
Foi com as mãos que Jesus amparou Madalena; com as mãos Davi agitou a funda que matou Golias. As mãos dos Césares romanos decidiram a sorte dos gladiadores vencidos na arena; Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência; os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com mãos vermelhas como signo de morte! Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros não encontraram.
A mão serve para o herói empunhara espada e o carrasco, a corda; O operário construir e o burguês destruir; O bom amparar e o justo punir; O amante acariciar e o ladrão roubar; O honesto trabalhar e o viciado jogar. Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba! Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva. Com as mãos tapamos os olhos para não ver e com elas protegemos a vista para ver melhor. Os olhos dos cegos são as mãos. As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes; no volante da aeronave atiram-nos para as alturas, como os pássaros. O autor do “homo Rebus” lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida; a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem. Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta, acariciando, mostra a bondade; fechada e levantada, mostra a força e o poder; empunha a espada, a pena e a cruz! Modela os mármores e os bronzes; dá cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza. Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos, medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos. O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade. O noivo para casar-se pode a mão de sua amada; Jesus abençoava com as mãos; as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes. Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias. E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar à carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino. E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida. E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!"

Amy.

Gosto muito dela, mas sua imagem está lamentável. Será que não tem ninguém capaz de ajudar Amy Winehouse??? Resta-nos apenas ter compaixão...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Se Machado de Assis fosse vivo...

Se Machado de Assis fosse vivo, estaria no mínimo, atônito!!!
Sua negritude colocava-o em condição de personagem principal em um cenário racista, escravocrata e permeado por todos os lados pelo mais duro preconceito. E lá estava ele, firme e forte. E o mais impressionante ainda para os dias de hoje, imagina para aquela época, é que Machado foi altamente reconhecido ainda em vida. Presenciou sua glória e mais, gostava dela.
Pois bem, hoje, depois de 100 anos de sua morte, Machado com toda certeza vibraria a vitória de Barack Obama como sendo sua também. E claro, de todos os negros que ainda hoje sofrem absurdos por causa de uma ignorância patológica.
Machado era monarquista. Então, provavelmente, se precisasse votar, não votaria no democrata Obama. Talvez nem no republicano McCain, mas de certo confirmaria a importância dessa conquista.
Gente, há apenas 53 anos uma senhora negra era presa nos EUA por não ceder seu lugar no ônibus à uma mulher branca!!!!!
Muitos não conseguem mensurar o que esta vitória representa. Mas caras como Machado, Luis Hamilton, o próprio Obama e muitos outros que são todos os dias julgados e colocados a prova por sua condição racial e social, sabem do que estou falando.
É tempo de mudanças... E que elas venham com a mesma energia que sentimos ao ver o emocionado Obama em seu discurso da vitória. Imagina o filme que passou por sua cabeça.
Com isso os Estados Unidos voltam a estar na moda. O anti-americanismo, pelo menos durante os próximos tempos, terá passado. E espero ansiosa que essa moda perdure se boa for.
E penso que Machado, se vivo fosse, lançaria sim seu olhar irônico sobre essa conquista. Imagina como seria genial uma crônica dele sobre essa nova moda chamada Barack Obama?
Então, marquem esse dia na agenda: 05 de novembro de 2008.
Estamos participando e presenciando um marco da história mundial. É de arrepiar!!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lançamento.


Quero, antes de arrumar um novo trabalho, aproveitar tudo que posso, pois meu tempo ficará mais apertado. Uma dessas coisas que quero aproveitar, divido e convito a todos: o lançamento do mais novo livro do escritor, editor e colunista do Estadão, Daniel Piza. Se não o conhecem, não sabem o que estão perdendo. Vale a pena.
Fica a dica então, segunda, na Livraria da Vila, Jardins, a partir dàs 19h00.

Meu currículo.

Como prometi, segue abaixo meu currículo profissional.
A ele, deve-se adicionar o currículo do meu blog e que também sei lavar e passar. Me esqueci de citar essas qualificações...


Lilian Camila Costa Perez


Estr. Martín Afonso de Souza,2340 – Riacho Grande – SBC – SP Brasileira
liliancamilacp@hotmail.com Casada
4354-9654 (residencial.) ou 7876-5243 30 anos


Objetivo: QUALQUER ÁREA DA EMPRESA.


Formação Acadêmica
- Cursou Tecnólogo em Recursos Humanos na Universidade Metodista de São Paulo – UMESP - 2007/2008
- Cursou Letras na Universidade de São Paulo – USP – 2000/2003


Idiomas: Inglês Intermediário e Italiano Básico


Informática:
-Microsoft Word, Excel INTERMEDIÁRIO,, Power Point, Adobe, Internet, Intranet, Photoshop, Sistema Omega de Gerenciamento Administrativo, Sistema MRSita de Gerenciamento Administrativo e Sistema de fechamento de ponto informatizado Seculun e Tridiun.


Experiência Profissional:
-NCR Serviços Logísticos Ltda.
Consultora Admistrativa, com foco na gestão estratégica de Gestão de Pessoas e Financeiro.
Julho de 2007 a Dezembro de 2007


-NK Brasil Indústria de Componentes Automotivos Ltda.
Coordenadora de Recursos Humanos – Fevereiro de 2003 a Maio de 2007


-Comercial Paulista de Calotas Ltda.
Coordenadora Financeira – Março de 1998 a Janeiro de 2003


Qualificação Profissinal:
Além de toda a parte de tesouraria, como contas a pagar, receber, faturamento, cobrança, fluxo de caixa, negociação com bancos, duplicatas, descontos, protestos e relatórios financeiros, também tenho conhecimento na área de gestão de pessoas, desde o departamento pessoal até contratação e desligamento de pessoal, treinamento, direcionamento e motivação, cargos e salários, folha de pagamento, negociação com o sindicato dos metalúrgicos do ABC, mesa redonda no DRT de São Bernardo, homologações, rescisões, implementação e gestão da C.I.P.A., gestão do programa de suporte emocional, relacionamento do dia-a-dia com os funcionários incluindo respostas a questões de Recursos Humanos e DP, assessoria aos profissionais de todas as equipes no desenvolvimento de soluções customizadas e o desenvolvimento de um pequeno projeto de outplacement. Liderei também a implantação do Sistema 5S na última empresa onde fiz um trabalho de consultoria.


Qualificação Pessoal:
Sou proativa, intuitiva, atualizada, atrevida, comprometida e apaixonada pela área em que atuo. Possuo uma liderança nata, inovadora e empática. Estou em busca de um trabalho que me desafie constantemente, que me faça pensar e melhorar processos e pessoas.
Tenho como frase pessoal, de acordo com minhas experiências profissionais, que os recursos mais importantes que uma organização possui, são os humanos. E acredito verdadeiramente que a empresa que tem como foco seus clientes internos, os lucros virão certamente.

Cursos Adicionais:
-Básico de Psicanálise - Sociedade Paulista de Psicanálise;
-Gestão de Fluxo de Caixa – SEBRAE / SP;
-Departamento Pessoal na Prática – SEBRAE / SP;
-Básico em Contabilidade – SEBRAE / SP;
-Vendas por Telefone – SEBRAE / SP;
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Acho que dá pra ganhar uns 700,00 mais VT e VR, não?!

Alguém aí quer me contratar???

A crise bateu aqui em casa. Claro que eu não queria abrir, mas minha mãe bem me educou, então... E o pior que ela até avisou que viria, mas chegou antes do combinado, por isso me pegou de camisola.
Pois bem, como meu digníssimo é vendedor de carros importados a bendita crise, para não falar maldita, nos pegou. Off course que temos algumas reservas, entretanto achei prudente por um ponto final nesse meu maravilhoso ano sabático. Uma pena.
Nele escrevi bastante, li, comi, dormi, ri, assisti, bebi, viajei, falei, dancei, me exercitei, chorei, gastei, estudei, beijei, ganhei, brinquei, criei, bloguei! Ufa, quanta coisa que fazemos e nem nos damos conta. Além, de claro, ficar com meus filhos. Considero essa a maior conquista desse ano.
Agora, depois desse período único, onde meu marido me apoiou para caramba, preciso voltar a gerar renda. E não apenas gastá-la!!!! Pra felicidade geral da nação, a vida de gatinha está com os dias contados.
O problema é por onde começar. Estou tão mergulhada em meus escritos, que me sinto perdida. Por isso peço-lhes ajuda: alguém aí quer me contratar???? Ou melhor, conhece alguém que precisa de alguém para trabalhar?????
Talvez estejam se perguntando o pq de eu não voltar a trabalhar com meu pai. Pois é, eu também gostaria de saber. Se eu fosse o entrevistador ficaria curioso em saber o motivo pelo qual meu pai não gosta de trabalhar comigo. Se até eu fico curiosa, imagina quem quiser me contratar?
Penso, sinceramente, que esse detalhe depõe contra mim. Convenhamos ser um tanto estranho meu próprio pai não me contratar, depois de quase dez anos com ele. Dá margem para especulações, não acham? Todavia, garanto que não roubei nem causei danos ao patrimônio. Inclusive, não fui mandada embora, pedi demissão antes disso. Será que isso melhora minha imagem?
Calma galera. Não minha relação com o senhor Alipio é boa. Muito boa. Apenas estou adiantando respostas de algumas dúvidas que por ventura surgirão. Olha aí uma qualidade, sou precavida, tá vendo?
Bom, o recado está dado. Quem souber ou precisar, é só falar. I am here. Pro que der e vier.
Ah, meu currículo??? Além dos já conhecidos predicados, tem mais algumas coisinhas que sei fazer. Na dúvida, postarei-o logo em seguida, ok?!
E para provar que sei liderar e dar incentivos, quem me auxiliar, colocando seu networking em ação, do primeiro salário repassarei 20%. Tá bom, né?!
Ah, sou limpinha também heim. Isso é importante.
Então galera, mãos a obra!!!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sexto Capítulo: Dos Garotos.

Meus queridos leitores:
Hoje o capítulo está um pouco menor, pois como minha mãe está internada desde semana passada por causa de uma trombose abusada, meus dias estão turbulentos.
Todavia, já prometo de antemão que semana que vem o capítulo será mais longo e mais revelador. As coisas começam a tomar um outro rumo...
Beijos e boa semana!
Have a fun!!
"Os meninos de 14 anos em geral são considerados babacas pelas meninas. E com elas, a regra se confirmou. Apesar da turma de meninos da escola de Carol ser mais legal que a maioria dos outros garotos, ainda assim era bem latente a diferença entre eles. Uns eram engraçados, outros bonitos, outros estudiosos, outros machistas, ou então nojentos. Mas os que mais irritavam as meninas eram os que estavam com a sexualidade à flor da pele. Era um inferno. Os olhares, os comentários, os risinhos e brincadeiras maliciosas eram uma constante na vida das meninas. Principalmente das mais bonitas e ditas gostosas. Por eles, claro.

Em sua maioria, eles eram todos machistas. Se alguma menina ficasse com mais de um menino da escola, coitada dela. Felizmente, fugindo à regra, dois deles Carolina considerava verdadeiros amigos. Pedro e André eram divertidos, simpáticos, gentis. Um são paulino, outro palmeirense. Um mais bonito que outro, mas um era mais charmoso que o outro. Um mais baixo e o outro, mais forte. Entretanto, a característica mais marcante deles é que eram bons amigos. Carol era louca por eles.

Por achar a amizade dos meninos mais despretensiosa, se sentia mais solta entre eles. Falava besteiras, palavrões e piadas infames. Carolina se divertia a valer. Chegava a ficar com câimbra na barriga de tanto rir, se é que isso é possível...

Com outros garotos, ela sentia que, ou queriam “pegá-la” ou falavam mal dela. Não tinha meio termo.O Danilo fazia parte desse segundo grupo. Ela já tinha sido apaixonada por ele. Uns beijinhos até já tinham trocado, mas nada além disso rolou. Nem papo rolava direito. Na verdade, ele mexia com ela. E muito. Entretanto, ela não entendia o motivo. Danilo era o tipo de cara que Carol queria distância. Mas era exatamente ele que estava sempre rondando-a.

Com o passar do tempo, e as coisas foram mudando...

A dinâmica escolar fazia com que as pessoas se misturassem. Trabalhos, jogos nas aulas de educação física, viagens e passeios. Isso beneficiava a formação de grupos mais heterogêneos, mesclados. Carolina participava de tudo isso. Grêmio estudantil, palestras, aulas extra-curriculares, coral, fanfarra. Ok, antes que as reivindicações sejam feitas, corrijo: fanfarra não, banda marcial.

Aqueles anos foram turbulentos. Refiro-me à época de 1990,91,92,93 até 96, onde nossa história tem seu ápice com o nascimento da filha de Carolina.
Nesse período, o Brasil passou por mudanças fortes e decisivas. Impeachement do então presidente Fernando Collor de Mello, mudança de moeda, plebiscito, abertura de mercado, enfim, muito agito. As mudanças políticas, para espanto de muitos, mexeu com a moçada. Na escola, não se falava em outra coisa. Nesse ano entrou em atividade a MTV Brasil. A turma toda ficou louca. Bia e Claudinha, sempre antenadas, faziam sempre festinhas na casa da Bia para que pudessem assistir a mais nova TV jovem. Era genial.

Foi numa dessas festinhas, de tarde, depois da aula, of course, que as coisas começariam a tomar outro rumo.
Carol percebeu que Danilo a olhava diferente. Isso a incomodou. Carol percebeu também que com isso Bia e Andréa também mudaram seu olhar para ela. Quando Carol entendeu o motivo dessa mudança, percebeu também que a mudança de rumo alteraria também a amizade entre elas."

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Angelo anda sumido.

Semana passada assisti a um filme, aliás, um curta metragem, de 17 minutos chamado "Ângelo anda sumido." Nunca tinha assistido a um filme desse gênero e confesso que gostei muito. É como se fosse um conto, que vem, manda sua idéia e logo diz tchau, sem muita frescura.
Gostei bastante e recomendo. O canal foi o Canal Brasil. O diretor é o Jorge Furtado, dos filmes Saneamento básico, o filme , Meu tio matou um cara , O homem que copiava entre outros tantos também muito bons.
A dica cultural está dada, mas na verdade o que eu queria dizer era sobre quantos "ângelos" andam sumidos por aí. Talvez eu e você sejamos um "ângelo" da vida e não sabemos. Talvez sejamos aquele amigo, que pelas doideras dessa vida maluca, sumiu sem deixar rastros nem pegadas.
Se eu sou uma "ângela" eu não sei, entretanto quero que saibam que me esforço para não ser. Um fato ruim é que tenho muitos "ângelos" e "ângelas" em minha vida. Bons amigos que por um motivo qualquer e como num passe de mágica, sumiram.
O tema amizade me é recorrente, eu sei. É que tive ótemos amigos nesse vida. Fui mal acostumada. Pode até ser que vocês me achem piegas demais por isso. Mas eu não ligo.
Meus amigos trago na memória, sinto falta dos bons tempos, choro às vezes, pode?
Queria até voltar no tempo quando me lembro de certas cenas. Principalmente as que tinham risada. Ai como era bom.
Queria muito um dia conseguir escrever um texto que expressasse realmente o que sinto e penso sobre a amizade, esse sentimento tão poderoso...
Por enquanto fica aqui meu apelo: meus "ângelos", apareçam!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Acelera Rubinho!!!!!

E aí galera, decidi entrar na campanha para ajudar o Felipe Massa a ganhar domingo em São Paulo. Sabemos que está meio difícil de isso acontecer se depender apenas dele e da Ferrari...
Até pq, basta apenas um quinto lugar para Hamilton se consagrar o campeão desse ano.
Pois bem, como meu marido sugeriu ontem, a galera da internet bolou, aqui vai a única solução, haja vista que Rubinho provavelmente não correrá ano que vem:
BATE NO HAMILTON RUBINHO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Essa é a única saída!!!!




Senhor Guilherme e Dona Maria Clara.

Algumas pessoas já os conhecem, mas devo apresentá-los aos mais desavisados. Sem babação de mãe, tenho em casa duas figuras. Na verdade três, incluindo o maluco do meu marido. Entretanto agora vou falar apenas dos meus dois pequenos.
Bom, de pequena a Dona Maria Clara não tem nada. Está grande de tamanho, de coração e também de idéias. Ela sempre viaja. Viaja tanto que perde seu uniforme dentro do próprio quarto e me conta a mesma coisa duas, às vezes três vezes. Fala para caramba, não sei a quem ela puxou!
Contudo, viaja mesmo quando está tocando violão. Está na fase de tirar as músicas, apesar de saber poucos acordes. Canta muito, sua voz, se bem cuidada e treinada, penso que vai longe. Treina todos os dias. Uma delícia. Briga com o irmão toda hora, mas o idolatra.
Está delicioso vê-la se descobrindo. Apesar de não abrir mão de um bom raly de bicicleta, está super vaidosa. Faz as unhas toda semana, usa brincos, passa perfume antes de ir à escola, cuida dos cabelos e como toque final, uma linda flor de crochê no cabelo. Está lindíssima.
Tiram o maior sarro do Denis, meu digníssimo, por causa dos supostos gaviões que aparecerão. Nesse caso, não sei se terei mais dó do Denis, da Maria Clara ou do corajoso pretendente. Pois bem, vamos esperar esse dia chegar.
Na escola é super dedicada, já em casa, vixe maria!!!! Desorganizada e bagunceira. Nesse quesito também não sei a quem ela puxou...
O mais encantador, no entanto, é como ela discorre sobre política ou sobre relações humanas, por exemplo. Seus papos cabeças são "ótemos". Nessas horas até me esqueço que ainda tem 11 anos!!! Quem já teve um papo desses com ela, adora. O motivo, me parece, é ela ser natural, nada pedante ou forçado. Uma figura.
Foi numa de nossas conversas que ela me sugeriu escrever sobre as pérolas que seu excelentíssimo irmão fala. Como o Senhor Guilherme é tipo o menino maluquinho, super danado e totalmente doce, recomendo que o conheça, pois só assim saberá do que estou falando.
A idéia dada pela Dona Maria Clara se seguirá conforme as pérolas forem ditas. Abaixo algumas que por si só já resumem a figura que é o Senhor Guilherme é.
Divirtam-se.
"Como não o deixo andar no banco da frente do carro por motivos obvíssimos, Senhor Guilherme me lança:
-Mamãe, pq. o banco de trás não pode ser aí na frente?"
"Estávamos todos em casa assistindo ao DVD do último show do Ney Matogrosso, quando uma brincadeira é lançada por meu digníssimo (deixo claro que ele não é homofóbico, apenas joselito):
-Será o Ney gay? Baitola?
Dona Maria Clara põe mais fogo por saber que eu não gosto de brincadeiras assim:
-Mulherzinha pai. Ou melhor, trasformista.
De repente, sem pestanejar, senhor Guilherme conclui:
-Não pai, isso é só um show!"
"Em frente de casa tem uma pedra enorme, bem grande mesmo.
Um dia, o senhor Guilherme ao chegar da escola de ônibus escolar dá um pulo ao sair do mesmo, o que quase o fez cair em cima da tal pedra. Preocupada, tentando ensiná-lo, lancei:
-Cuidado Gui, se cair de cabeça na pedra, pode morrer.
Mais do que depressa ele retruca:
-Mamãe, pq. pedra morre?"
"Mês que vem ele será pajem de um casamento de um casal de amigos.
Experimentando a roupa do casório, senhor Guilherme me perguntou:
-Mamãe, o casamento vai demorar?
Sem dar bola, respondi:
-Não, ele está chegando.
Ainda na dúvida, ele retruca:
-Chegando... Ele vem andando, mamãe?"
Como veêm, tenho em casa verdadeiras personagens. E com certeza as usarei sempre!!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Quinto Capítulo: Das diferenças.

"Nossa amiga, na verdade, se divertia e se dava bem com as quatro amigas tão diferentes entre si. Sua personalidade a ajudava muito nisso. Seu perfil normalmente ponderado (apesar de às vezes ser explosiva) a fazia pensar antes de falar. Raramente se indispunha com alguém. Para que ela tomasse partido de alguma coisa, essa coisa tinha que ser extremamente verdadeira e ir de encontro com seus pensamentos e ideais. Como isso é difícil, ela raramente discutia. No alto de seus 15 anos, Carolina já sabia que a verdade nunca é absoluta e que ninguém tem a razão sempre. Por isso, levantar bandeiras não fazia sua cabeça.

Pois bem, essa “turrrma”, como dizia um tio querido, causava!!!! Em todos os lugares a que iam, desde um simples passeio ao shopping, até um super baile de um colégio famoso na cidade, elas não passavam despercebidas. Eram gatas, charmosas e gostosas. Sem querer causavam inveja. Bom, era sem querer, mas elas gostavam disso. O desejo dos meninos por elas era impressionante, quase hipnótico. E também unânime. A maneira como se vestiam, as brincadeiras que inventavam, as músicas que faziam parodiando a vida dos professores e dos amigos, era tudo incrível. Todos, meninos e meninas queriam fazer parte, de alguma maneira, daquela turma. Eram fiéis umas ás outras, o grupinho era bem fechado. Apenas Carol tinha passagem livre. Era membro permanente da turma, mas por causa de sua peculiar inquietude, não fazia parte apenas de um grupo. Como disse, sua inquietude não a permitia participar de um mesmo círculo de amigas por muito tempo. Ela gostava mesmo era da diversidade de opiniões, das diferenças de pensamentos, de humor e de temperamentos.

Naturalmente, quando apenas meninas se relacionam, as brigas e desentendimentos são apenas uma questão de tempo. Ainda mais quando não se fala o que realmente se pensa, se sente e se deseja em relação a amizade. Ainda mais numa amizade como a delas, que apesar de se gostarem, a rivalidade era latente. A disputa era subjetiva. Cada uma queria ser a mais popular, a mais bonita e a mais desejada.

Carol era bem recebida toda vez que sentava com elas para tomar lanche ou nas eventuais aulas vagas. Fofocavam, riam, falavam besteira dos outros, do tipo de roupa e de penteado das colegas de classe, faziam comentários maliciosos sobre os meninos das séries mais avançadas, que geralmente eram os meninos que mais chamavam a atenção, comiam uma o lanche da outra, e sobre tudo tiravam sarro de tudo e de todos. Muitas vezes eram cruéis, inclusive. Carol, contudo, sentia que sua “liberdade” naquele grupo era limitada, como que antes dela se sentar as amigas combinavam o que poderia ser dito em sua frente ou não. Piadinhas cheia de duplo sentido, sobre assuntos que ela não dominava, com senhas e códigos particulares, a fazia ter certeza de que definitivamente aquele não era o seu grupo! E só seria se ela entrasse na regra e principalmente, se fizesse parte apenas desse grupo. Só desse. E essa idéia não a agradava. Era livre demais para ser fiel a uma confraria de quatro amigas. Se gostavam, ela sabia disso. Mas isso não era o suficiente para manterem uma relação fechada a esse ponto. Claro que não.

Uma conversa que teve com Bia, uma tarde quando estavam fazendo trabalho sobre Geografia, a fez ter certeza de que as diferenças entre elas a incomodava:
-Você viu com quem o Danilo ficou? - comentou Bia, com sua acidez peculiar.
-Vi. A escola toda viu...
-E o que você achou?
A maneira cínica-escorregadia de Bia nos últimos tempos estava deixando Carol irritada, quase mal educada:
-O que eu achei???? Eu não achei nada. Ou melhor, achei sim. Achei super legal o Danilo mostrar para a galera, que fora do seu grupinho tem meninas bem maneiras. E que seu nariz empinado já estava perdendo o charme.
-Perdendo o charme? O Danilo? Tá bom!!!
-Eu já gostei dele, você sabe bem disso, mas hoje não vejo a menor graça nesse jeito metido do Danilo. Ele é super charmoso, mas não é o rei.
-É, concordo. Mas isso não lhe dá o direito de ficar com a “melão”...
“Melão” era o apelido de uma garota da outra classe, a Luciana "melão", que por causa de seus seios grandes, desproporcionais até, Bia e Joana a rotularam-na assim. Sem pena.
-Como assim, não tem o direito???? Eu to achando que quem está na fila do Danilo agora é você.
-Eu? Até parece. Eu só acho que não tem nada a ver eles juntos. Até porque, ele não vai namorar a “melão” mesmo...
-Como você tem certeza disso?
-É só olhar as roupas dela, seu cabelo e brincos. Dá até vontade de rir. Ele só podia estar pagando promessa quando ficou ela.

Carol concordava com ela. Luciana não era uma expert em moda nem muito bonita, mas a coragem e leviandade com que ela dizia isso, a fazia refletir até que ponto ser sincera é dizer o que se pensa sobre os outros sem ponderar as conseqüências desses comentários. Além do mais, esses comentários não tinham a intenção de ajudar, apenas de maldizer, de fofocar, de criar polêmicas. Com isso Carol relutava em concordar."

Um cãozinho no comando!

O fato de eu ter votado nulo não me isenta de dar minha opinião. Pelo contrário. Só votei nulo, pois não me identificava com nenhum dos candidatos em questão. Nem o pequeno Orlando Morando nem o ex pintor da Volks Luiz Marinho (será algum parentesco com os Marinho da Globo???rsrsrsr) nenhum dos dois me empolgou. Pelo contrário.
Pois bem, não tive como fugir. Meu futuro vice-prefeito é o cãozinho dos teclados Frank Aguiar. Parece piada, mas não é. Se acaso o titular se escafeder teremos aqui em São Bernardo a inusitada situação de termos como prefeito um cantor que acabou de ser eleito deputado federal. Seu contador não marca nem 100km de estrada. Não rodou nem o necessário para dar a volta inteira pela cidade. Deus nos proteja!!
No Rio, a abstenção decidiu o jogo. Infelizmente Gabeira não poderá mostrar que realmente políticos como ele podem fazer a diferença. Uma esperança a menos.
As que me restam são para quando Soninha se tornar prefeita e quando Obama, o presidente dos conturbados EUA.
Com latidos e abstenções, assim caminha a humanidade!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Com coragem ao voto nulo!!!

"Voto contra o logro, o atraso e a mistificação do voto obrigatório. Voto deveria ser como sexo, baseado na livre escolha, na fantasia e num nítido senso de propósito."
A ótima frase é do professor e historiador Nicolau Sevcenko.
Bom, "roubei" a frase acima do blog do meu colega Daniel Piza, pois hoje, tanto em São Paulo, como aqui em São Bernardo o voto nulo, já que somos obrigados ao ato, é a única coisa a ser feita. Não temos escolha, e o anular o voto, ao contrário do que preconizam alguns, não é covardia. Além de demonstrar nossa indignação, servir de protesto, é também a falta de opção sendo denunciada. Os candidatos hoje beiram ao ridículo.
Imagina o caso: devemos escolher entre uma assassina e uma ladra para cuidar dos nossos filhos enquanto trabalhamos. São as duas únicas opções no mercado. Qual escolher?????
Ah, faça-me o favor... Não tem escolha, claro.
Tem coisas que não tem negociação, não tem o que pensar.
Na falta de alguém mellhor, voto nulo, e não no menos pior!!!!
E vocês, o que fariam???

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A gordura e a TPM.

"Sou gorda. Uns dizem que sou gordinha, outros, mas delicados dizem que sou gostosona. No aumentativo mesmo. Meu marido diz que sou uma delícia, mas para mim sua opinião não vale muito. Não que não seja importante, mas ele costuma mentir para me agradar. Que fique claro: ele mente sobre essas coisas de comida e gordura. Apenas nisso. Espero...rsrsrsrsrs
Bom, voltando ao gordo assunto, sem recriminar a tal da ditadura da magreza ou fazer apologia a vida sem regras alimentícias, sou gorda. Ponto. E ser gorda é ruim. Ainda mais depois de descobrir que tenho o tal do hipotiroidismo. Antes já era difícil emagrecer ou manter o peso, agora então nem me fale. Mas também, vai ser sem sorte lá na Etiópia. Todas as minhas tias têm a derivação hiper da doença, que faz com que sua tireóide funcione mais rápido. Acho que é isso. Já minha mãe tem a hipo, que deixa seu metabolismo mais lento. E para quem eu puxei? Of course que para a mamys.
Ontem, li uma grande reportagem no Estadão falando sobre a origem biológica e genética da obesidade, uma vez que se pessoas fizerem a mesma dieta, num mesmo período, umas emagrecerão, outras manterão o peso e outras, como eu, engordarão. Por isso, dietas, remédios, receitas milagrosas, enfim, qualquer que seja o tratamento deve ser feito de acordo com a análise bioquímica de cada um.
Minhas amigas me dizem para eu me aceitar assim que viverei mais tranqüila. Que sou bonita. Pra piorar falam aquela frase célebre: “Seu rosto é lindo.” Grgrgrgrgrgrgrgrgrgrg!!!! O pior é já tentei e não consegui. Comprar roupas é um terror. Nas lojas ditas fashion a numeração é uma agressão a nossa inteligência. Já nas lojas de gordinhas as roupas servem, claro. Mas são fora de moda ou seguem a tendência “senhora”. E são caríssimas. Talvez pela quantidade demasiada de tecido. Sem condições.
Ok, para esse problema encontrei a solução. A Cida, minha costureira caiu do céu. Pois bem, mesmo assim ainda sofro. Sofro em não poder comer um chocolate Twiks (gente, ele tem as absurdas 497kcal em cada tablete de 15g!!!!!!!!!!!!!), em não poder tomar uma cervejinha sem peso na consciência, sofro, por saber por essa reportagem que li, que minha doença (sim, obesidade é doença) ainda é um mistério, que além de tudo isso a probabilidade de eu ter doenças relacionadas à ela é muito maior que para os magros. Sofro até quando uso sapato de salto. Os pés ficam doloridos... Ah, e tem coisa pior que querer usar uma calça jeans, bem durinha, e só ter aquelas com lycra???? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... só rindo mesmo!!!!
Bom, na verdade estou escrevendo esse texto para dizer que não agüento mais ser gorda, ou gordinha, ou gostosona!!!! Queria ser como minha irmã, que depois de três filhos está mais linda que antes. Queria na verdade, deixar claro aqui minha indignação com a genética e com a biologia. Alguém aí tem o telefone delas????
Ah, acabei de lembrar que estou na TPM... rsrsrsrsrsrsrsr... acho que isso muda tudo!!!"

Agradecimentos!!

Estou cada dia mais feliz com a repercussão que meu blog está alcançando... Meus leitores são carinhosos, gentis e fiéis. Sinceramente não imaginava que seria assim.
Obrigada, com emoção, pelo tempo dedicado à leitura dos meus escritos.
Boa semana, galera.
E ah, indiquem para seus amigos. Mais leitores só aumentará meu prazer em escrever!
Beijos e queijos.

Quarto Capítulo - Da galera.

"Carol sempre soube que fazia parte de uma turma na escola invejada por muitas pessoas. Isso não a deixava nem mais feliz nem mais triste, nem orgulhosa e nem nada, na verdade. Apenas ela já tinha feito essa constatação, o que inclusive a tinha deixado curiosa: pq algumas meninas gostariam de ser como ela ou como algumas de suas amigas? De onde vem esse negócio de popularidade, como ele é criado?
Demorou um pouco para que ela se convencesse de que era popular ou que fazia parte de uma turma de meninas bonitas e famosinhas. É, famosinhas. No diminutivo mesmo. Ela sempre achou que não tem nada de mais ser conhecida em um certo circuito de pessoas. Pelo contrário, achava ruim. Por conta dessa popularidade não podia fazer nada que todos já ficavam sabendo. Quando rolava namorado novo então, puts, um saco. Além de claro, isso render, à ela e às suas amigas, alguns apelidos ingratos e preconceituosos. Mas mesmo assim se divertiam muuuuuuuuuiiiiiiiitttttttttoooooooo!!!!!!!!!!

Carolina, na verdade, freqüentava vários grupinhos de amigas, porém alguns eram mais divertidos e eram onde ela se sentia mais feliz e segura. Entre seus 13 e 16 anos, descobriu praticamente tudo que uma adolescente tem até seus 18, 19 anos para descobrir. Fase forte e difícil. E foi justamente com essas garotas e alguns garotos que sentiu na pele que ser adolescente é paradoxalmente maravilhoso e perturbador.

Pois bem, apresento-lhes suas turmas. Isso mesmo, no plural, turmas. Sua inquietude e facilidade em se comunicar são umas das características mais marcantes, por isso girava entre a galera com uma destreza invejável, sem causar animosidades ou problemas, o que seria super normal, já que nessa idade o ciúmes entre amigas é habitual.
Aqui vai a árvore genealógica dos seus amigos...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk:

Bia, que era amiga da Joana, que era amiga da Andréa desde pequena, que era amiga da Claudinha fazia apenas um ano, que eram todas amigas de Carol há uns dois anos. Nesse grupo, Bia liderava. Garota bonita, olhos levemente puxados, mas sem parecer descendente de orientais, alta, magra, com as pernas mais torneadas que alguém jamais viu para uma menina daquela idade, e com um bronze constante, que inclusive era motivo de inúmeras dúvidas: onde, como e quando Bia mantinha o seu bronze? Enfim, o que importava mesmo era que ela era linda e deixava os meninos malucos. Bianca era seu nome, e não Beatriz como muitos pensavam. Pois bem, para piorar, ou melhorar, depende do ponto de vista, Bianca era, simpática!! Sua simpatia era na medida certa, sem ser dada demais, porém, quando precisava Bia era majestosamente metida. Aí minha filha, não tinha pra ninguém. E dá-lhe mais súditos para seu reinado. Sem exageros, metade das meninas queriam ser como ela, já que a outra metade não a conhecia.

Bia, como “líder” do grupinho era um pouco mandona. E metódica, meio como uma organizadora de eventos. Tudo girava ao seu redor, da maneira que ela determinava. Desde festinhas até trabalhos em grupo. Na verdade, ela manipulava sem que ninguém percebesse. Até que ela se dava bem nesse papel. Era engraçado perceber sua forma de controlar as amigas sem que elas notassem. Carol até hoje se pergunta se ela não fazia por mal, sem premeditar, ou em casa, ela ficava maquinando como iria comandar seu exército? Ninguém sabia o que se passava na cabeça de Bia.

Já Joana, garota desse grupo por quem nossa amiga mais se identificava, era super diferente. Bocuda, quase que sem educação, tinha um coração de manteiga e era sempre atenciosa quando solicitada. Loira, magra também, sem espinhas, Joana era bonita no ponto. Nem mais, nem menos. O tom de seu cabelo com luzes era lindo. Um pouco mais que Carol, Joana era “pegadora”... kkkkkkkkkkkkkkkkk... A garota era doida. Como tinha uma irmã mais velha, Joana já saia de balada com 13 anos, o que fazia com que garotos de 16, 17 e até 18 quisessem ficar com ela. E sem crise nenhuma, com muita personalidade e firmeza, ela ficava. E pior, não se apaixonava! Joana tinha um personalidade forte e uma auto-estima bem desenhada. Divertida, com um senso de humor às vezes ácido, era também muito verdadeira. Sinceridade que por vezes a colocou em maus lençóis, já que o que ela não aprovava, dizia na lata, sem rodeios. E convenhamos, conviver com alguém assim não é nada fácil.

Andréa era amiga de Joana desde novinha, vizinhas e com mães também amigas, a amizade das duas era de se invejar. Elas já estavam num ponto de que com um simples olhar de uma para outra já entendiam o que estavam pensando e sentido. Entretanto, Andréa era muito diferente de Joana, não só na aparência, como também na personalidade. Andréa era baixa, o que causava a impressão de que era gordinha, o que não se comprovava quando ela colocava biquíni. Seu corpo era torneado e forte. Bumbum grande e seios pequenos. Na praia ela fazia muito sucesso. Já sua personalidade era um pouco diferente das demais. Fechada e reservada, Andréa dificilmente expunha suas opiniões. Apenas Joana sabia o que ela realmente pensava sobre as coisas e sobre as pessoas. Ah, era pegadora também. Poucas vezes ela não conseguiu ficar com o cara que desejava. Concorrência forte!!!!!!

Agora o oposto de tudo isso se chamava Claudia, mais carinhosamente Claudinha. Um doce de menina, mas extremamente submissa. Tímida, Claudinha era também a mais inteligente das quatro, cinco contando com Carol. Era pequenininha, magrinha, cabeludinha, não era propriamente feia, sua beleza era diferente das demais. Sua beleza na verdade, estava em suas atitudes. Correta e disciplinada, tipo “disciplina é liberdade...”,Claudinha nunca falava mal ou se indispunha com alguém. A intelectual do grupo. Sua companhia era agradável e muito afetuosa. Só não era agradável quando Bia estava presente. Não que ela se deixava levar, mas era Bia quem provocava. A tratava de uma maneira peculiar, meio que exercitando com ela seu poder de manipulação. Carolina nunca soube se Claudinha gostava desse jogo ou se nem percebia, ou talvez não ligasse. A única certeza é que não gostava de ver ou presenciar certas situações.”

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Poesia para aquecer o fim de semana.

"Ouse, ouse... ouse tudo!!
Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos,
nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!
Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.
Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!"

Lou-Salomé
(clique aqui http://pt.wikipedia.org/wiki/Lou_Andreas-Salom%C3%A9 para saber mais sobre essa mulher fantástica)

O que fazer no finde???

No site www.catracalivre.com.br encontramos vários eventos que acontecem na cidade de São Paulo. Além de bons são, como o nome do site já anuncia, de graça. Uma grande variedade de eventos, desde peças, shows, mostras, espetáculos, até cursos e palestras estão a nossa disposição e quase não ficamos sabendo.
Uma dica boa, visto que esses tempos de incertezas financeiras nos tiram o sono, não a vontade de agitar pela cidade, né não?!
Beijos e bom fim de semana...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aos amigos.

Fiz esse texto pensando em uma pessoa especificamente, mas depois percebi que, infelizmente, ele serve para outras também. Acho que serve a intenção. E espero que para você, meu caro leitor, ele não sirva não. É melhor.

"Ás vezes sinto falta de você...
Mas é só ás vezes, não é sempre não.
Outras vezes sinto raiva,
sinto saudades,
sinto uma dor em pensar que não tenho nem seu telefone,
que não posso nem te ligar para desejar feliz aniversário.
O que aconteceu?
Apesar dos diferentes caminhos,
das diferenças seguidas,
tinha não,
tenho em vc um amor imenso.
De irmão.
Irmão briga, pensa diferente,
as turmas são diferentes.
Ás vezes viajam, vão morar em outra cidade,
até país.
Torcem para times diferentes, as opiniões políticas
assim como os gostos musicais muitas vezes diferem também.
Um pode ser loiro, outro negro até, mas mesmo assim
continuam sendo irmãos!
Inclusive os pais podem ser diferentes, mas o amor é o mesmo...
É assim que sempre o tive para mim, meu irmão.
Irmão de coração, irmão de olhar, de risadas e de brigas.
Mas sempre ali, irmãos!
Pois bem, o tempo passou, o caminho mudou,
o cabelo caiu, a bunda cresceu, filhos vieram,o dinheiro também,
mas ao contrário do que diz a regra do amor irmanado,
e no melhor da festa,
a relação acabou... que pena!!!!
Não fizemos nada, nem para ela terminar, muito menos para ela continuar.
Não fizemos nada... Talvez esse seja o problema.
É por isso que estou escrevendo-lhe.
A idéia é ainda fazer alguma coisa,
sem acusações nem cobranças.
Apenas com a intenção de estabelecer uma nova rota no destino.
Entretanto, um aviso, isso não depende só de mim.
Fico, ansiosa, aguardando um aceno seu.
E garanto, como uma irmã paciente, te dou todo o tempo do mundo.
Só não demora."

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Terceiro Capítulo - Do Coitado

"Isso tudo aconteceu em outubro. Eles se separaram e nas férias Carol conheceu um cara na praia. Curtiram muito. Ele a deixava dirigir sua caminhonete, tipo “pagar de gatinha”... hahahaha... Tomaram juntos alguns porres de caipirinha e como ele sendo mais velho e independente, fumaram maconha também. Ela nunca foi muito maluca não, nunca curtiu um baseado sem ter peso na consciência. Sempre ficava imaginando o que seu pai iria sentir se soubesse, que além de matá-la, iria ficar super frustrado. Pai super careta. E ele estava certo. Se não fosse isso e sua educação religiosa, talvez Carol tivesse mergulhado nas drogas. Mas isso é assunto para outro capítulo...
Com o João (esse era o nome dele) fez muitas coisas diferentes. Viajavam, batiam altos papos, riam, iam a restaurante, se divertiam muito juntos. Isso à assustava um pouco. Uma vez foram para São Tomé das Letras sem seus pais saberem. Na verdade eles achavam que Carol estava na praia com a família dele. Foi aí que ela entendeu o que à assustava. Essa liberdade, a base de mentira, não era normal. Podia até ser para a maioria da galera, não para a ela. A adrenalina decorrente da história falsa não era tão boa assim. Entretanto, eles se divertiram muito, sua auto-estima melhorou, e seu bom humor voltou. Mas, o que mais marcou foi a certeza de que a vida com o “inútil” não era vida. O João era solto, tranqüilo, calmo, confiante, gentil e engraçado. Nem forçou a barra para transarem. Inclusive, era um fofo. Disso ela gostava. Cara que respeita a garota merece respeito. E também não se sentia preparada para isso, apesar de parecer moderninha e apaixonadinha.

Pois bem, nessa história quem não respeitou, quem deu bola fora, quem agiu de maneira vil e safada com o coitado do João fora a Carol!! E disso, ela se arrepende. E muito.

Em fevereiro, dois meses de namoro novo, livre do inferno que era seu relacionamento com o “inútil” e o melhor, com um carinha que estava afim dela, a tonta da teve uma recaída. Ele soube que ela estava na casa de uma amiga sozinha. Apareceu lá e com um papo de carência convenceu Carol que não consegui falar não. Olha, se não fosse a felicidade que é ter sua filha hoje, Carolina lamentaria esse dia até sua morte. A sensação de estupidez e de falta de respeito por si mesma é latente em sua mente até hoje. Desrespeitou-se, desrespeitou o desavisado do João e também ao “inútil”, já que deu falsas esperanças para ele.

Bom, aí a história é conhecida. Carol engravidou, teve que dar o pé no fofo do João sem ao menos contar a verdade, porque claro, não teve coragem. O coitado ficou sem entender nada e ela se destruindo por dentro. A sacanagem já tinha sido feita. Não tinha como voltar atrás. Depois de tudo, Carolina escondeu da galera o segredo por uns dois meses. Na escola, ela era a sensação. Boa e ruim. Era a única adolescente grávida. E isso até que era legal. Era super paparicada, ganhou amigos valiosos. Mas também descobriu a realidade do tão falado preconceito. Nessa época estudava em uma escola do estado, mas durante sua vida toda estudou em uma escola particular conceituada. Teve alguns ótimos amigos. Outros não passavam de babacas preconceituosos. Sobre eles dedicarei o próximo capítulo. A literatura faz às vezes da psicanálise... Se é que me entendem!! "
E a eles o motivo do nome desse conto! Até semana.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sinal dos Tempos.

Esse ano percebi coisas estranhas nas eleições. Além dos bizarros candidatos, tipo Enéas filho, que penso ser uma tiração de sarro com nossa cara, teve também outras coisas. A primeira foi a grande votação da Soninha. Independente de se gostar dela ou não, a de se concordar que suas opiniões são fortes e que sua postura é interessante. Quando vemos algo assim, a sensação de que nem tudo está perdido se torna latente. Ponto a favor. A outra estranheza é a baixa votação de Maluf. Enfim, parece-me que o malufismo está definitivamente enterrado. Outro ponto a favor. Mas o que mais me chamou a atenção foi o fato das propagandas políticas, como panfletos colados, outdoor, banners, aquelas sujeiradas todas de outras eleições, não existiram!!!! Sou do tempo, não muito distante, de que depois de anos, as propagandas estavam lá, firme e forte enfeiando nossa cidade. Hoje, candidato que fizer isso, é multado. Que coisa estranha!!!!
E pra fechar com chave de ouro, teve militantes que foram presos por boca de urna. Não é estranho? Na verdade, é estranhamente fantástico que coisas desse tipo estejam acontecendo. Nunca pensei que fosse estar viva para presenciar tal fato. Sem exageros. E o mais legal é pensar que nossos filhos, quando contarmos para eles de como eram as eleições, reagirão com indignação, tipo "não acredito pai, e ninguém fazia nada?" Por mais estranho que isso pareça, estão fazendo. Outro sinal dos tempos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Segundo Capítulo - Do inútil

"Durante esse período (estava de três meses quando eles souberam da sua gravidez), quase ficou maluca. O egoísta do pai da criança (vou chamá-lo a partir de agora de “inútil”) então, o “inútil” era mimado pra caramba. Olha o absurdo, ele arrumou um trabalho de auxiliar numa marcenaria, o que já o deixou irritadíssimo porque segundo ele era um trabalho muito “puxado”. Mas como com 18 anos ele nunca tinha feito “nothing” na vida, o que queria?? Pois bem, um dia o “inútil” apareceu na escola, bravo (olha a situação) pq sua rinite tinha atacado por causa do pó da marcenaria e (olha o absurdo maior) que a culpa era todinha da Carol!!!!!!! Ela só não enfiou a mão na cara dele, pq o portão os separava-os. Fala sério, um verdadeiro imbecil, aliás, inútil!!!!!

O problema é que a relação de ambos foi daí para pior. Seus pais não queriam nem escutar os absurdos que um provocava no outro, mesmo depois de dois anos de namoro. Tudo bem que o “inútil” não era um exemplo de homem, mas Carol não foi lá uma santinha com o filho deles ( a verdade precisa ser dita... kkkkkkkk... ) O dito cujo não podia ver uma menina mais gostosa dando sopa, que não perdoava. Dizia que a amava, chorava, as vezes até se humilhava pedindo pra voltar, mas quando voltavam, lá ia ele fazer besteira. Mas aí, Carol decidiu ter as mesmas atitudes que ele, e claro, se ferrou. Quem levou a fama de galinha e mal caráter foi ela. Lógico. E bem feito, quem mandou cair nessa cilada de ciúme e traição? Vacilou!!!

Classifico a relação deles como “louca e imatura”. Foi muito intensa para um casal de 16 e 17 anos quando se conheceram. O sexo demorou um tempo pra rolar. Mas quando rolou, pegou fogo. Nenhum dos dois eram virgens, mas era como se fossem. Descobriram tudo juntos. Como estudavam na mesma sala, os dois repetentes diga-se de passagem, 1º colegial, não se desgrudavam. No começo foi maravilhoso. Ele era louco por ela, fazia tudo que queria. Mas infelizmente ela não percebeu o lado ciumento dele. E quando percebeu já era tarde demais, o envolvimento já estava num nível de casal maduro, sexualmente falando, pois de maduro os dois não tinham nada! Eram dois moleques que se achavam os adultos mas não tinham base psicológica pra enfrentar a barra de uma relação. Tinham vida sexual de gente grande, mas a cabeça de uma ostra. Camisinha nem sabiam o que era. Achavam o máximo dar uns pegas na escola, escondidos da galera. Falavam que iriam estudar e transavam a tarde toda. Onde? Na casa dele. A mãe dele era cabeleireira e seu salão era na sala. Subiam no quarto para estudar e ela fazia que não sabia o que estávamos fazendo. Sinceramente Carol nem sabe como não engravidou antes.

Com o tempo, essa intimidade foi desenvolvendo um sentimento de posse dele sobre ela, e claro, Carolina foi rapidamente contaminada, apesar de ter sido criada em um ambiente sem ciúmes ou qualquer sentimento de possessão. Seus pais são tranqüilos, tanto entre eles quanto com ela e com seus irmãos. Esse ciúmes fazia com que ele a proibisse de falar com tal pessoa, não podia pedir cigarro para meninos, só para meninas, não podia isso, não podia aquilo, e ela mantinha a recíproca verdadeira. Ela não podia, ele também não.

Esqueci de mencionar que Carolina tinha uma mania: escrever. Escrevia muito toda vez que se sentia triste, amargurada, ou feliz, contente. Na verdade, toda vez que queria ser sincera consigo mesma ela escrevia cartas (naquela época o e-mail estava nascendo). Algumas ela entregava para as amigas mais próximas, mas a maioria ficava guardada em sua gaveta, que depois teve que ser trocada por uma caixa, por causa da quantidade crescente. Em uma delas ela escreveu sobre o assunto:

Um dia perderam o respeito um pelo outro e em uma de suas inúmeras brigas se xingaram e ela partiu para cima dele. Os amigos tentaram separar, mas eles também estavam de saco cheio desse negócio de “separa-volta-separa-volta” que viviam. Inclusive já tinham perdido a credibilidade... rsrsrsrsrs... ninguém nem mais acreditava quando juravam que era pra sempre a enésima separação, pois não era! Hoje Carol lembra disso com certa graça, mas na época foi punk. Bota punk nisso. Bom, depois de uma semana seus pais souberam da briga e Carol foi obrigada a ir dar queixa na delegacia (olha o nível) e como desgraça pouca é bobagem, além do delegado dar em cima dela (que nojo, velho babão) ele subornou os pais do “inútil” para retirar a queixa. Só mesmo com ela essas coisas aconteciam...

Talvez você esteja se perguntando: tudo isso aconteceu antes ou depois da gravidez? Incrivelmente antes! Tanto Carol como os amigos e familiares se perguntavam como foi capaz de depois de tudo isso, ainda transar com ele? Sei lá, não dizem que “existem mais coisas entre o céu e a terra que nossa vã filosofia a de entender”, então? Essa é uma delas... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Podem chamá-la de louca, pois ela se considerava assim mesmo. Hoje, depois da maturidade forçada que chegada do bebê trouxe ela encara as coisas de outra maneira. E não podia ser diferente, né?!"

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Votação Bizarra no Rio de Janeiro e 20 Anos de Constituição.

Estou atônita. Perco a fala e sinto medo quando vejo notícias como a que a Ana Maria Braga acabou de dar em seu programa. Veja só: milícias no Rio de Janeiro estão forçando a população a votar em candidatos da região, e caso não o façam, ameaçam toda a família de morte.
Pois bem, como o voto é secreto, para garantir que a pessoa vote mesmo no tal candidato, o cidadão precisa fotografar o momento do voto!!!!!!! O absurdo não para aí. Como o TRE do Rio sabe desse probleminha, decidiu proibir, em algumas seções eleitorais, a entrada de celulares e câmeras fotográficas. Em casos mais extremos uma máquina detectora de metais se fará presente!!!!!
Para deixar a coisa mais bizarra e com a intenção de dar uma forcinha a quem está sendo coagido a votar dessa maneira, Ana Maria Braga, mostrando uma urna eleitoral, ensinou seu espectador-eleitor, caso não haja outro jeito, a "votar" no tal político, tirar e tal foto, depois cancelar o voto e só então votar em quem quiser!!! Isso mesmo, a idéia é enganar o miliciano e o político. Hehehehe. Que coisa!!! Talvez nem Machado de Assis, em suas crônicas, com seu verbo irônico e paradoxal, teria tido idéia igual. Confesso que não sei se concordo com ela, mas como a situação é para lá de inusitada, a solução deveria seguir a mesma linha... Ai jisuis!!!!
Dia 05, dia da votação, comemora-se os 20 anos da nossa Constituição. O que iremos comemorar?

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Transmimento de pensação.

Queria há tempos fazer uma homenagem a uma grande amiga. Hoje ela caiu em minhas mãos. Ei-la:

“-Será que ela tem grana pra fazer a unha? Se parar de fumar, tem. Mas ela não parou, então pode ser que não tenha. Na dúvida...
A amiga estava passando um aperreio, coisa de traição, das bravas. Marido com cunhada. Punk mesmo. Por isso as contas, depois da separação, estavam literalmente contadinhas.
Na dúvida, decidiu passar na sua manicure e deixar uma mão paga. Freqüentavam o mesmo salão. Sempre chique, apesar do giz inerente ao ofício de professora, a amiga tinha as unhas impecáveis. Seria um prazer fazer esse mimo a ela.
Eram amigas há dez anos, desde os tempos do cursinho. Tinham uma sintonia fina, ondas curtas mesmo. Sabe aquela coisa de olhar? Então, era assim. É fato que depois dos casamentos, seu e dela, a distância esfriou um pouco a relação. Mas agora, com a sordidez marital, a amizade ressurgia lentamente.
Pois bem, dirigiu-se ao salão de beleza, pegou os oito reais, deu à sua filha e pediu à ela que entregasse à manicure dizendo que se referia ao pagamento adiantado de uma mão, que a amiga viria depois fazê-la. A idéia era de que enquanto a filha fosse levar o dinheiro, ela ligaria para amiga para dar a notícia. Uma notícia barata, mas era uma boa notícia. Sabe, para a mulher, fazer a unha tem um efeito tão grande, tão bom, que nem parece que é tão barato. Pagaríamos mais.
Bom, quando a amiga atendeu ao telefone veio então a surpresa. Por mais incrível que pareça, a amiga estava exatamente no salão fazendo as unhas!!! E como num lance que só as verdadeiras amizades têm o prazer de vivenciar, não tinha dinheiro para pagar. Iria pendurar!
É claro que não preciso nem dizer que o grande lance desse episódio não é o pagamento, o valor ridiculamente irrisório que a amiga não tinha. Até pq, nos tempos antigos, quem tinha era ela. E diga-se, a amiga era muito generosa. Não, não era a grana. Era a sintonia que estava de volta. Era o importante “transmimento de pensação”, que apenas grandes amigas, de novo, têm o grande prazer de vivenciar.
Sentimento como esse, extremamente revitalizante e gerador de boas sensações e energia, é sempre bem vindo. Elas recomendam. E agradecem.”