quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Angelo anda sumido.

Semana passada assisti a um filme, aliás, um curta metragem, de 17 minutos chamado "Ângelo anda sumido." Nunca tinha assistido a um filme desse gênero e confesso que gostei muito. É como se fosse um conto, que vem, manda sua idéia e logo diz tchau, sem muita frescura.
Gostei bastante e recomendo. O canal foi o Canal Brasil. O diretor é o Jorge Furtado, dos filmes Saneamento básico, o filme , Meu tio matou um cara , O homem que copiava entre outros tantos também muito bons.
A dica cultural está dada, mas na verdade o que eu queria dizer era sobre quantos "ângelos" andam sumidos por aí. Talvez eu e você sejamos um "ângelo" da vida e não sabemos. Talvez sejamos aquele amigo, que pelas doideras dessa vida maluca, sumiu sem deixar rastros nem pegadas.
Se eu sou uma "ângela" eu não sei, entretanto quero que saibam que me esforço para não ser. Um fato ruim é que tenho muitos "ângelos" e "ângelas" em minha vida. Bons amigos que por um motivo qualquer e como num passe de mágica, sumiram.
O tema amizade me é recorrente, eu sei. É que tive ótemos amigos nesse vida. Fui mal acostumada. Pode até ser que vocês me achem piegas demais por isso. Mas eu não ligo.
Meus amigos trago na memória, sinto falta dos bons tempos, choro às vezes, pode?
Queria até voltar no tempo quando me lembro de certas cenas. Principalmente as que tinham risada. Ai como era bom.
Queria muito um dia conseguir escrever um texto que expressasse realmente o que sinto e penso sobre a amizade, esse sentimento tão poderoso...
Por enquanto fica aqui meu apelo: meus "ângelos", apareçam!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Acelera Rubinho!!!!!

E aí galera, decidi entrar na campanha para ajudar o Felipe Massa a ganhar domingo em São Paulo. Sabemos que está meio difícil de isso acontecer se depender apenas dele e da Ferrari...
Até pq, basta apenas um quinto lugar para Hamilton se consagrar o campeão desse ano.
Pois bem, como meu marido sugeriu ontem, a galera da internet bolou, aqui vai a única solução, haja vista que Rubinho provavelmente não correrá ano que vem:
BATE NO HAMILTON RUBINHO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Essa é a única saída!!!!




Senhor Guilherme e Dona Maria Clara.

Algumas pessoas já os conhecem, mas devo apresentá-los aos mais desavisados. Sem babação de mãe, tenho em casa duas figuras. Na verdade três, incluindo o maluco do meu marido. Entretanto agora vou falar apenas dos meus dois pequenos.
Bom, de pequena a Dona Maria Clara não tem nada. Está grande de tamanho, de coração e também de idéias. Ela sempre viaja. Viaja tanto que perde seu uniforme dentro do próprio quarto e me conta a mesma coisa duas, às vezes três vezes. Fala para caramba, não sei a quem ela puxou!
Contudo, viaja mesmo quando está tocando violão. Está na fase de tirar as músicas, apesar de saber poucos acordes. Canta muito, sua voz, se bem cuidada e treinada, penso que vai longe. Treina todos os dias. Uma delícia. Briga com o irmão toda hora, mas o idolatra.
Está delicioso vê-la se descobrindo. Apesar de não abrir mão de um bom raly de bicicleta, está super vaidosa. Faz as unhas toda semana, usa brincos, passa perfume antes de ir à escola, cuida dos cabelos e como toque final, uma linda flor de crochê no cabelo. Está lindíssima.
Tiram o maior sarro do Denis, meu digníssimo, por causa dos supostos gaviões que aparecerão. Nesse caso, não sei se terei mais dó do Denis, da Maria Clara ou do corajoso pretendente. Pois bem, vamos esperar esse dia chegar.
Na escola é super dedicada, já em casa, vixe maria!!!! Desorganizada e bagunceira. Nesse quesito também não sei a quem ela puxou...
O mais encantador, no entanto, é como ela discorre sobre política ou sobre relações humanas, por exemplo. Seus papos cabeças são "ótemos". Nessas horas até me esqueço que ainda tem 11 anos!!! Quem já teve um papo desses com ela, adora. O motivo, me parece, é ela ser natural, nada pedante ou forçado. Uma figura.
Foi numa de nossas conversas que ela me sugeriu escrever sobre as pérolas que seu excelentíssimo irmão fala. Como o Senhor Guilherme é tipo o menino maluquinho, super danado e totalmente doce, recomendo que o conheça, pois só assim saberá do que estou falando.
A idéia dada pela Dona Maria Clara se seguirá conforme as pérolas forem ditas. Abaixo algumas que por si só já resumem a figura que é o Senhor Guilherme é.
Divirtam-se.
"Como não o deixo andar no banco da frente do carro por motivos obvíssimos, Senhor Guilherme me lança:
-Mamãe, pq. o banco de trás não pode ser aí na frente?"
"Estávamos todos em casa assistindo ao DVD do último show do Ney Matogrosso, quando uma brincadeira é lançada por meu digníssimo (deixo claro que ele não é homofóbico, apenas joselito):
-Será o Ney gay? Baitola?
Dona Maria Clara põe mais fogo por saber que eu não gosto de brincadeiras assim:
-Mulherzinha pai. Ou melhor, trasformista.
De repente, sem pestanejar, senhor Guilherme conclui:
-Não pai, isso é só um show!"
"Em frente de casa tem uma pedra enorme, bem grande mesmo.
Um dia, o senhor Guilherme ao chegar da escola de ônibus escolar dá um pulo ao sair do mesmo, o que quase o fez cair em cima da tal pedra. Preocupada, tentando ensiná-lo, lancei:
-Cuidado Gui, se cair de cabeça na pedra, pode morrer.
Mais do que depressa ele retruca:
-Mamãe, pq. pedra morre?"
"Mês que vem ele será pajem de um casamento de um casal de amigos.
Experimentando a roupa do casório, senhor Guilherme me perguntou:
-Mamãe, o casamento vai demorar?
Sem dar bola, respondi:
-Não, ele está chegando.
Ainda na dúvida, ele retruca:
-Chegando... Ele vem andando, mamãe?"
Como veêm, tenho em casa verdadeiras personagens. E com certeza as usarei sempre!!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Quinto Capítulo: Das diferenças.

"Nossa amiga, na verdade, se divertia e se dava bem com as quatro amigas tão diferentes entre si. Sua personalidade a ajudava muito nisso. Seu perfil normalmente ponderado (apesar de às vezes ser explosiva) a fazia pensar antes de falar. Raramente se indispunha com alguém. Para que ela tomasse partido de alguma coisa, essa coisa tinha que ser extremamente verdadeira e ir de encontro com seus pensamentos e ideais. Como isso é difícil, ela raramente discutia. No alto de seus 15 anos, Carolina já sabia que a verdade nunca é absoluta e que ninguém tem a razão sempre. Por isso, levantar bandeiras não fazia sua cabeça.

Pois bem, essa “turrrma”, como dizia um tio querido, causava!!!! Em todos os lugares a que iam, desde um simples passeio ao shopping, até um super baile de um colégio famoso na cidade, elas não passavam despercebidas. Eram gatas, charmosas e gostosas. Sem querer causavam inveja. Bom, era sem querer, mas elas gostavam disso. O desejo dos meninos por elas era impressionante, quase hipnótico. E também unânime. A maneira como se vestiam, as brincadeiras que inventavam, as músicas que faziam parodiando a vida dos professores e dos amigos, era tudo incrível. Todos, meninos e meninas queriam fazer parte, de alguma maneira, daquela turma. Eram fiéis umas ás outras, o grupinho era bem fechado. Apenas Carol tinha passagem livre. Era membro permanente da turma, mas por causa de sua peculiar inquietude, não fazia parte apenas de um grupo. Como disse, sua inquietude não a permitia participar de um mesmo círculo de amigas por muito tempo. Ela gostava mesmo era da diversidade de opiniões, das diferenças de pensamentos, de humor e de temperamentos.

Naturalmente, quando apenas meninas se relacionam, as brigas e desentendimentos são apenas uma questão de tempo. Ainda mais quando não se fala o que realmente se pensa, se sente e se deseja em relação a amizade. Ainda mais numa amizade como a delas, que apesar de se gostarem, a rivalidade era latente. A disputa era subjetiva. Cada uma queria ser a mais popular, a mais bonita e a mais desejada.

Carol era bem recebida toda vez que sentava com elas para tomar lanche ou nas eventuais aulas vagas. Fofocavam, riam, falavam besteira dos outros, do tipo de roupa e de penteado das colegas de classe, faziam comentários maliciosos sobre os meninos das séries mais avançadas, que geralmente eram os meninos que mais chamavam a atenção, comiam uma o lanche da outra, e sobre tudo tiravam sarro de tudo e de todos. Muitas vezes eram cruéis, inclusive. Carol, contudo, sentia que sua “liberdade” naquele grupo era limitada, como que antes dela se sentar as amigas combinavam o que poderia ser dito em sua frente ou não. Piadinhas cheia de duplo sentido, sobre assuntos que ela não dominava, com senhas e códigos particulares, a fazia ter certeza de que definitivamente aquele não era o seu grupo! E só seria se ela entrasse na regra e principalmente, se fizesse parte apenas desse grupo. Só desse. E essa idéia não a agradava. Era livre demais para ser fiel a uma confraria de quatro amigas. Se gostavam, ela sabia disso. Mas isso não era o suficiente para manterem uma relação fechada a esse ponto. Claro que não.

Uma conversa que teve com Bia, uma tarde quando estavam fazendo trabalho sobre Geografia, a fez ter certeza de que as diferenças entre elas a incomodava:
-Você viu com quem o Danilo ficou? - comentou Bia, com sua acidez peculiar.
-Vi. A escola toda viu...
-E o que você achou?
A maneira cínica-escorregadia de Bia nos últimos tempos estava deixando Carol irritada, quase mal educada:
-O que eu achei???? Eu não achei nada. Ou melhor, achei sim. Achei super legal o Danilo mostrar para a galera, que fora do seu grupinho tem meninas bem maneiras. E que seu nariz empinado já estava perdendo o charme.
-Perdendo o charme? O Danilo? Tá bom!!!
-Eu já gostei dele, você sabe bem disso, mas hoje não vejo a menor graça nesse jeito metido do Danilo. Ele é super charmoso, mas não é o rei.
-É, concordo. Mas isso não lhe dá o direito de ficar com a “melão”...
“Melão” era o apelido de uma garota da outra classe, a Luciana "melão", que por causa de seus seios grandes, desproporcionais até, Bia e Joana a rotularam-na assim. Sem pena.
-Como assim, não tem o direito???? Eu to achando que quem está na fila do Danilo agora é você.
-Eu? Até parece. Eu só acho que não tem nada a ver eles juntos. Até porque, ele não vai namorar a “melão” mesmo...
-Como você tem certeza disso?
-É só olhar as roupas dela, seu cabelo e brincos. Dá até vontade de rir. Ele só podia estar pagando promessa quando ficou ela.

Carol concordava com ela. Luciana não era uma expert em moda nem muito bonita, mas a coragem e leviandade com que ela dizia isso, a fazia refletir até que ponto ser sincera é dizer o que se pensa sobre os outros sem ponderar as conseqüências desses comentários. Além do mais, esses comentários não tinham a intenção de ajudar, apenas de maldizer, de fofocar, de criar polêmicas. Com isso Carol relutava em concordar."

Um cãozinho no comando!

O fato de eu ter votado nulo não me isenta de dar minha opinião. Pelo contrário. Só votei nulo, pois não me identificava com nenhum dos candidatos em questão. Nem o pequeno Orlando Morando nem o ex pintor da Volks Luiz Marinho (será algum parentesco com os Marinho da Globo???rsrsrsr) nenhum dos dois me empolgou. Pelo contrário.
Pois bem, não tive como fugir. Meu futuro vice-prefeito é o cãozinho dos teclados Frank Aguiar. Parece piada, mas não é. Se acaso o titular se escafeder teremos aqui em São Bernardo a inusitada situação de termos como prefeito um cantor que acabou de ser eleito deputado federal. Seu contador não marca nem 100km de estrada. Não rodou nem o necessário para dar a volta inteira pela cidade. Deus nos proteja!!
No Rio, a abstenção decidiu o jogo. Infelizmente Gabeira não poderá mostrar que realmente políticos como ele podem fazer a diferença. Uma esperança a menos.
As que me restam são para quando Soninha se tornar prefeita e quando Obama, o presidente dos conturbados EUA.
Com latidos e abstenções, assim caminha a humanidade!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Com coragem ao voto nulo!!!

"Voto contra o logro, o atraso e a mistificação do voto obrigatório. Voto deveria ser como sexo, baseado na livre escolha, na fantasia e num nítido senso de propósito."
A ótima frase é do professor e historiador Nicolau Sevcenko.
Bom, "roubei" a frase acima do blog do meu colega Daniel Piza, pois hoje, tanto em São Paulo, como aqui em São Bernardo o voto nulo, já que somos obrigados ao ato, é a única coisa a ser feita. Não temos escolha, e o anular o voto, ao contrário do que preconizam alguns, não é covardia. Além de demonstrar nossa indignação, servir de protesto, é também a falta de opção sendo denunciada. Os candidatos hoje beiram ao ridículo.
Imagina o caso: devemos escolher entre uma assassina e uma ladra para cuidar dos nossos filhos enquanto trabalhamos. São as duas únicas opções no mercado. Qual escolher?????
Ah, faça-me o favor... Não tem escolha, claro.
Tem coisas que não tem negociação, não tem o que pensar.
Na falta de alguém mellhor, voto nulo, e não no menos pior!!!!
E vocês, o que fariam???

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A gordura e a TPM.

"Sou gorda. Uns dizem que sou gordinha, outros, mas delicados dizem que sou gostosona. No aumentativo mesmo. Meu marido diz que sou uma delícia, mas para mim sua opinião não vale muito. Não que não seja importante, mas ele costuma mentir para me agradar. Que fique claro: ele mente sobre essas coisas de comida e gordura. Apenas nisso. Espero...rsrsrsrsrs
Bom, voltando ao gordo assunto, sem recriminar a tal da ditadura da magreza ou fazer apologia a vida sem regras alimentícias, sou gorda. Ponto. E ser gorda é ruim. Ainda mais depois de descobrir que tenho o tal do hipotiroidismo. Antes já era difícil emagrecer ou manter o peso, agora então nem me fale. Mas também, vai ser sem sorte lá na Etiópia. Todas as minhas tias têm a derivação hiper da doença, que faz com que sua tireóide funcione mais rápido. Acho que é isso. Já minha mãe tem a hipo, que deixa seu metabolismo mais lento. E para quem eu puxei? Of course que para a mamys.
Ontem, li uma grande reportagem no Estadão falando sobre a origem biológica e genética da obesidade, uma vez que se pessoas fizerem a mesma dieta, num mesmo período, umas emagrecerão, outras manterão o peso e outras, como eu, engordarão. Por isso, dietas, remédios, receitas milagrosas, enfim, qualquer que seja o tratamento deve ser feito de acordo com a análise bioquímica de cada um.
Minhas amigas me dizem para eu me aceitar assim que viverei mais tranqüila. Que sou bonita. Pra piorar falam aquela frase célebre: “Seu rosto é lindo.” Grgrgrgrgrgrgrgrgrgrg!!!! O pior é já tentei e não consegui. Comprar roupas é um terror. Nas lojas ditas fashion a numeração é uma agressão a nossa inteligência. Já nas lojas de gordinhas as roupas servem, claro. Mas são fora de moda ou seguem a tendência “senhora”. E são caríssimas. Talvez pela quantidade demasiada de tecido. Sem condições.
Ok, para esse problema encontrei a solução. A Cida, minha costureira caiu do céu. Pois bem, mesmo assim ainda sofro. Sofro em não poder comer um chocolate Twiks (gente, ele tem as absurdas 497kcal em cada tablete de 15g!!!!!!!!!!!!!), em não poder tomar uma cervejinha sem peso na consciência, sofro, por saber por essa reportagem que li, que minha doença (sim, obesidade é doença) ainda é um mistério, que além de tudo isso a probabilidade de eu ter doenças relacionadas à ela é muito maior que para os magros. Sofro até quando uso sapato de salto. Os pés ficam doloridos... Ah, e tem coisa pior que querer usar uma calça jeans, bem durinha, e só ter aquelas com lycra???? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... só rindo mesmo!!!!
Bom, na verdade estou escrevendo esse texto para dizer que não agüento mais ser gorda, ou gordinha, ou gostosona!!!! Queria ser como minha irmã, que depois de três filhos está mais linda que antes. Queria na verdade, deixar claro aqui minha indignação com a genética e com a biologia. Alguém aí tem o telefone delas????
Ah, acabei de lembrar que estou na TPM... rsrsrsrsrsrsrsr... acho que isso muda tudo!!!"

Agradecimentos!!

Estou cada dia mais feliz com a repercussão que meu blog está alcançando... Meus leitores são carinhosos, gentis e fiéis. Sinceramente não imaginava que seria assim.
Obrigada, com emoção, pelo tempo dedicado à leitura dos meus escritos.
Boa semana, galera.
E ah, indiquem para seus amigos. Mais leitores só aumentará meu prazer em escrever!
Beijos e queijos.

Quarto Capítulo - Da galera.

"Carol sempre soube que fazia parte de uma turma na escola invejada por muitas pessoas. Isso não a deixava nem mais feliz nem mais triste, nem orgulhosa e nem nada, na verdade. Apenas ela já tinha feito essa constatação, o que inclusive a tinha deixado curiosa: pq algumas meninas gostariam de ser como ela ou como algumas de suas amigas? De onde vem esse negócio de popularidade, como ele é criado?
Demorou um pouco para que ela se convencesse de que era popular ou que fazia parte de uma turma de meninas bonitas e famosinhas. É, famosinhas. No diminutivo mesmo. Ela sempre achou que não tem nada de mais ser conhecida em um certo circuito de pessoas. Pelo contrário, achava ruim. Por conta dessa popularidade não podia fazer nada que todos já ficavam sabendo. Quando rolava namorado novo então, puts, um saco. Além de claro, isso render, à ela e às suas amigas, alguns apelidos ingratos e preconceituosos. Mas mesmo assim se divertiam muuuuuuuuuiiiiiiiitttttttttoooooooo!!!!!!!!!!

Carolina, na verdade, freqüentava vários grupinhos de amigas, porém alguns eram mais divertidos e eram onde ela se sentia mais feliz e segura. Entre seus 13 e 16 anos, descobriu praticamente tudo que uma adolescente tem até seus 18, 19 anos para descobrir. Fase forte e difícil. E foi justamente com essas garotas e alguns garotos que sentiu na pele que ser adolescente é paradoxalmente maravilhoso e perturbador.

Pois bem, apresento-lhes suas turmas. Isso mesmo, no plural, turmas. Sua inquietude e facilidade em se comunicar são umas das características mais marcantes, por isso girava entre a galera com uma destreza invejável, sem causar animosidades ou problemas, o que seria super normal, já que nessa idade o ciúmes entre amigas é habitual.
Aqui vai a árvore genealógica dos seus amigos...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk:

Bia, que era amiga da Joana, que era amiga da Andréa desde pequena, que era amiga da Claudinha fazia apenas um ano, que eram todas amigas de Carol há uns dois anos. Nesse grupo, Bia liderava. Garota bonita, olhos levemente puxados, mas sem parecer descendente de orientais, alta, magra, com as pernas mais torneadas que alguém jamais viu para uma menina daquela idade, e com um bronze constante, que inclusive era motivo de inúmeras dúvidas: onde, como e quando Bia mantinha o seu bronze? Enfim, o que importava mesmo era que ela era linda e deixava os meninos malucos. Bianca era seu nome, e não Beatriz como muitos pensavam. Pois bem, para piorar, ou melhorar, depende do ponto de vista, Bianca era, simpática!! Sua simpatia era na medida certa, sem ser dada demais, porém, quando precisava Bia era majestosamente metida. Aí minha filha, não tinha pra ninguém. E dá-lhe mais súditos para seu reinado. Sem exageros, metade das meninas queriam ser como ela, já que a outra metade não a conhecia.

Bia, como “líder” do grupinho era um pouco mandona. E metódica, meio como uma organizadora de eventos. Tudo girava ao seu redor, da maneira que ela determinava. Desde festinhas até trabalhos em grupo. Na verdade, ela manipulava sem que ninguém percebesse. Até que ela se dava bem nesse papel. Era engraçado perceber sua forma de controlar as amigas sem que elas notassem. Carol até hoje se pergunta se ela não fazia por mal, sem premeditar, ou em casa, ela ficava maquinando como iria comandar seu exército? Ninguém sabia o que se passava na cabeça de Bia.

Já Joana, garota desse grupo por quem nossa amiga mais se identificava, era super diferente. Bocuda, quase que sem educação, tinha um coração de manteiga e era sempre atenciosa quando solicitada. Loira, magra também, sem espinhas, Joana era bonita no ponto. Nem mais, nem menos. O tom de seu cabelo com luzes era lindo. Um pouco mais que Carol, Joana era “pegadora”... kkkkkkkkkkkkkkkkk... A garota era doida. Como tinha uma irmã mais velha, Joana já saia de balada com 13 anos, o que fazia com que garotos de 16, 17 e até 18 quisessem ficar com ela. E sem crise nenhuma, com muita personalidade e firmeza, ela ficava. E pior, não se apaixonava! Joana tinha um personalidade forte e uma auto-estima bem desenhada. Divertida, com um senso de humor às vezes ácido, era também muito verdadeira. Sinceridade que por vezes a colocou em maus lençóis, já que o que ela não aprovava, dizia na lata, sem rodeios. E convenhamos, conviver com alguém assim não é nada fácil.

Andréa era amiga de Joana desde novinha, vizinhas e com mães também amigas, a amizade das duas era de se invejar. Elas já estavam num ponto de que com um simples olhar de uma para outra já entendiam o que estavam pensando e sentido. Entretanto, Andréa era muito diferente de Joana, não só na aparência, como também na personalidade. Andréa era baixa, o que causava a impressão de que era gordinha, o que não se comprovava quando ela colocava biquíni. Seu corpo era torneado e forte. Bumbum grande e seios pequenos. Na praia ela fazia muito sucesso. Já sua personalidade era um pouco diferente das demais. Fechada e reservada, Andréa dificilmente expunha suas opiniões. Apenas Joana sabia o que ela realmente pensava sobre as coisas e sobre as pessoas. Ah, era pegadora também. Poucas vezes ela não conseguiu ficar com o cara que desejava. Concorrência forte!!!!!!

Agora o oposto de tudo isso se chamava Claudia, mais carinhosamente Claudinha. Um doce de menina, mas extremamente submissa. Tímida, Claudinha era também a mais inteligente das quatro, cinco contando com Carol. Era pequenininha, magrinha, cabeludinha, não era propriamente feia, sua beleza era diferente das demais. Sua beleza na verdade, estava em suas atitudes. Correta e disciplinada, tipo “disciplina é liberdade...”,Claudinha nunca falava mal ou se indispunha com alguém. A intelectual do grupo. Sua companhia era agradável e muito afetuosa. Só não era agradável quando Bia estava presente. Não que ela se deixava levar, mas era Bia quem provocava. A tratava de uma maneira peculiar, meio que exercitando com ela seu poder de manipulação. Carolina nunca soube se Claudinha gostava desse jogo ou se nem percebia, ou talvez não ligasse. A única certeza é que não gostava de ver ou presenciar certas situações.”

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Poesia para aquecer o fim de semana.

"Ouse, ouse... ouse tudo!!
Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos,
nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!
Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.
Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!"

Lou-Salomé
(clique aqui http://pt.wikipedia.org/wiki/Lou_Andreas-Salom%C3%A9 para saber mais sobre essa mulher fantástica)

O que fazer no finde???

No site www.catracalivre.com.br encontramos vários eventos que acontecem na cidade de São Paulo. Além de bons são, como o nome do site já anuncia, de graça. Uma grande variedade de eventos, desde peças, shows, mostras, espetáculos, até cursos e palestras estão a nossa disposição e quase não ficamos sabendo.
Uma dica boa, visto que esses tempos de incertezas financeiras nos tiram o sono, não a vontade de agitar pela cidade, né não?!
Beijos e bom fim de semana...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aos amigos.

Fiz esse texto pensando em uma pessoa especificamente, mas depois percebi que, infelizmente, ele serve para outras também. Acho que serve a intenção. E espero que para você, meu caro leitor, ele não sirva não. É melhor.

"Ás vezes sinto falta de você...
Mas é só ás vezes, não é sempre não.
Outras vezes sinto raiva,
sinto saudades,
sinto uma dor em pensar que não tenho nem seu telefone,
que não posso nem te ligar para desejar feliz aniversário.
O que aconteceu?
Apesar dos diferentes caminhos,
das diferenças seguidas,
tinha não,
tenho em vc um amor imenso.
De irmão.
Irmão briga, pensa diferente,
as turmas são diferentes.
Ás vezes viajam, vão morar em outra cidade,
até país.
Torcem para times diferentes, as opiniões políticas
assim como os gostos musicais muitas vezes diferem também.
Um pode ser loiro, outro negro até, mas mesmo assim
continuam sendo irmãos!
Inclusive os pais podem ser diferentes, mas o amor é o mesmo...
É assim que sempre o tive para mim, meu irmão.
Irmão de coração, irmão de olhar, de risadas e de brigas.
Mas sempre ali, irmãos!
Pois bem, o tempo passou, o caminho mudou,
o cabelo caiu, a bunda cresceu, filhos vieram,o dinheiro também,
mas ao contrário do que diz a regra do amor irmanado,
e no melhor da festa,
a relação acabou... que pena!!!!
Não fizemos nada, nem para ela terminar, muito menos para ela continuar.
Não fizemos nada... Talvez esse seja o problema.
É por isso que estou escrevendo-lhe.
A idéia é ainda fazer alguma coisa,
sem acusações nem cobranças.
Apenas com a intenção de estabelecer uma nova rota no destino.
Entretanto, um aviso, isso não depende só de mim.
Fico, ansiosa, aguardando um aceno seu.
E garanto, como uma irmã paciente, te dou todo o tempo do mundo.
Só não demora."

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Terceiro Capítulo - Do Coitado

"Isso tudo aconteceu em outubro. Eles se separaram e nas férias Carol conheceu um cara na praia. Curtiram muito. Ele a deixava dirigir sua caminhonete, tipo “pagar de gatinha”... hahahaha... Tomaram juntos alguns porres de caipirinha e como ele sendo mais velho e independente, fumaram maconha também. Ela nunca foi muito maluca não, nunca curtiu um baseado sem ter peso na consciência. Sempre ficava imaginando o que seu pai iria sentir se soubesse, que além de matá-la, iria ficar super frustrado. Pai super careta. E ele estava certo. Se não fosse isso e sua educação religiosa, talvez Carol tivesse mergulhado nas drogas. Mas isso é assunto para outro capítulo...
Com o João (esse era o nome dele) fez muitas coisas diferentes. Viajavam, batiam altos papos, riam, iam a restaurante, se divertiam muito juntos. Isso à assustava um pouco. Uma vez foram para São Tomé das Letras sem seus pais saberem. Na verdade eles achavam que Carol estava na praia com a família dele. Foi aí que ela entendeu o que à assustava. Essa liberdade, a base de mentira, não era normal. Podia até ser para a maioria da galera, não para a ela. A adrenalina decorrente da história falsa não era tão boa assim. Entretanto, eles se divertiram muito, sua auto-estima melhorou, e seu bom humor voltou. Mas, o que mais marcou foi a certeza de que a vida com o “inútil” não era vida. O João era solto, tranqüilo, calmo, confiante, gentil e engraçado. Nem forçou a barra para transarem. Inclusive, era um fofo. Disso ela gostava. Cara que respeita a garota merece respeito. E também não se sentia preparada para isso, apesar de parecer moderninha e apaixonadinha.

Pois bem, nessa história quem não respeitou, quem deu bola fora, quem agiu de maneira vil e safada com o coitado do João fora a Carol!! E disso, ela se arrepende. E muito.

Em fevereiro, dois meses de namoro novo, livre do inferno que era seu relacionamento com o “inútil” e o melhor, com um carinha que estava afim dela, a tonta da teve uma recaída. Ele soube que ela estava na casa de uma amiga sozinha. Apareceu lá e com um papo de carência convenceu Carol que não consegui falar não. Olha, se não fosse a felicidade que é ter sua filha hoje, Carolina lamentaria esse dia até sua morte. A sensação de estupidez e de falta de respeito por si mesma é latente em sua mente até hoje. Desrespeitou-se, desrespeitou o desavisado do João e também ao “inútil”, já que deu falsas esperanças para ele.

Bom, aí a história é conhecida. Carol engravidou, teve que dar o pé no fofo do João sem ao menos contar a verdade, porque claro, não teve coragem. O coitado ficou sem entender nada e ela se destruindo por dentro. A sacanagem já tinha sido feita. Não tinha como voltar atrás. Depois de tudo, Carolina escondeu da galera o segredo por uns dois meses. Na escola, ela era a sensação. Boa e ruim. Era a única adolescente grávida. E isso até que era legal. Era super paparicada, ganhou amigos valiosos. Mas também descobriu a realidade do tão falado preconceito. Nessa época estudava em uma escola do estado, mas durante sua vida toda estudou em uma escola particular conceituada. Teve alguns ótimos amigos. Outros não passavam de babacas preconceituosos. Sobre eles dedicarei o próximo capítulo. A literatura faz às vezes da psicanálise... Se é que me entendem!! "
E a eles o motivo do nome desse conto! Até semana.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sinal dos Tempos.

Esse ano percebi coisas estranhas nas eleições. Além dos bizarros candidatos, tipo Enéas filho, que penso ser uma tiração de sarro com nossa cara, teve também outras coisas. A primeira foi a grande votação da Soninha. Independente de se gostar dela ou não, a de se concordar que suas opiniões são fortes e que sua postura é interessante. Quando vemos algo assim, a sensação de que nem tudo está perdido se torna latente. Ponto a favor. A outra estranheza é a baixa votação de Maluf. Enfim, parece-me que o malufismo está definitivamente enterrado. Outro ponto a favor. Mas o que mais me chamou a atenção foi o fato das propagandas políticas, como panfletos colados, outdoor, banners, aquelas sujeiradas todas de outras eleições, não existiram!!!! Sou do tempo, não muito distante, de que depois de anos, as propagandas estavam lá, firme e forte enfeiando nossa cidade. Hoje, candidato que fizer isso, é multado. Que coisa estranha!!!!
E pra fechar com chave de ouro, teve militantes que foram presos por boca de urna. Não é estranho? Na verdade, é estranhamente fantástico que coisas desse tipo estejam acontecendo. Nunca pensei que fosse estar viva para presenciar tal fato. Sem exageros. E o mais legal é pensar que nossos filhos, quando contarmos para eles de como eram as eleições, reagirão com indignação, tipo "não acredito pai, e ninguém fazia nada?" Por mais estranho que isso pareça, estão fazendo. Outro sinal dos tempos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Segundo Capítulo - Do inútil

"Durante esse período (estava de três meses quando eles souberam da sua gravidez), quase ficou maluca. O egoísta do pai da criança (vou chamá-lo a partir de agora de “inútil”) então, o “inútil” era mimado pra caramba. Olha o absurdo, ele arrumou um trabalho de auxiliar numa marcenaria, o que já o deixou irritadíssimo porque segundo ele era um trabalho muito “puxado”. Mas como com 18 anos ele nunca tinha feito “nothing” na vida, o que queria?? Pois bem, um dia o “inútil” apareceu na escola, bravo (olha a situação) pq sua rinite tinha atacado por causa do pó da marcenaria e (olha o absurdo maior) que a culpa era todinha da Carol!!!!!!! Ela só não enfiou a mão na cara dele, pq o portão os separava-os. Fala sério, um verdadeiro imbecil, aliás, inútil!!!!!

O problema é que a relação de ambos foi daí para pior. Seus pais não queriam nem escutar os absurdos que um provocava no outro, mesmo depois de dois anos de namoro. Tudo bem que o “inútil” não era um exemplo de homem, mas Carol não foi lá uma santinha com o filho deles ( a verdade precisa ser dita... kkkkkkkk... ) O dito cujo não podia ver uma menina mais gostosa dando sopa, que não perdoava. Dizia que a amava, chorava, as vezes até se humilhava pedindo pra voltar, mas quando voltavam, lá ia ele fazer besteira. Mas aí, Carol decidiu ter as mesmas atitudes que ele, e claro, se ferrou. Quem levou a fama de galinha e mal caráter foi ela. Lógico. E bem feito, quem mandou cair nessa cilada de ciúme e traição? Vacilou!!!

Classifico a relação deles como “louca e imatura”. Foi muito intensa para um casal de 16 e 17 anos quando se conheceram. O sexo demorou um tempo pra rolar. Mas quando rolou, pegou fogo. Nenhum dos dois eram virgens, mas era como se fossem. Descobriram tudo juntos. Como estudavam na mesma sala, os dois repetentes diga-se de passagem, 1º colegial, não se desgrudavam. No começo foi maravilhoso. Ele era louco por ela, fazia tudo que queria. Mas infelizmente ela não percebeu o lado ciumento dele. E quando percebeu já era tarde demais, o envolvimento já estava num nível de casal maduro, sexualmente falando, pois de maduro os dois não tinham nada! Eram dois moleques que se achavam os adultos mas não tinham base psicológica pra enfrentar a barra de uma relação. Tinham vida sexual de gente grande, mas a cabeça de uma ostra. Camisinha nem sabiam o que era. Achavam o máximo dar uns pegas na escola, escondidos da galera. Falavam que iriam estudar e transavam a tarde toda. Onde? Na casa dele. A mãe dele era cabeleireira e seu salão era na sala. Subiam no quarto para estudar e ela fazia que não sabia o que estávamos fazendo. Sinceramente Carol nem sabe como não engravidou antes.

Com o tempo, essa intimidade foi desenvolvendo um sentimento de posse dele sobre ela, e claro, Carolina foi rapidamente contaminada, apesar de ter sido criada em um ambiente sem ciúmes ou qualquer sentimento de possessão. Seus pais são tranqüilos, tanto entre eles quanto com ela e com seus irmãos. Esse ciúmes fazia com que ele a proibisse de falar com tal pessoa, não podia pedir cigarro para meninos, só para meninas, não podia isso, não podia aquilo, e ela mantinha a recíproca verdadeira. Ela não podia, ele também não.

Esqueci de mencionar que Carolina tinha uma mania: escrever. Escrevia muito toda vez que se sentia triste, amargurada, ou feliz, contente. Na verdade, toda vez que queria ser sincera consigo mesma ela escrevia cartas (naquela época o e-mail estava nascendo). Algumas ela entregava para as amigas mais próximas, mas a maioria ficava guardada em sua gaveta, que depois teve que ser trocada por uma caixa, por causa da quantidade crescente. Em uma delas ela escreveu sobre o assunto:

Um dia perderam o respeito um pelo outro e em uma de suas inúmeras brigas se xingaram e ela partiu para cima dele. Os amigos tentaram separar, mas eles também estavam de saco cheio desse negócio de “separa-volta-separa-volta” que viviam. Inclusive já tinham perdido a credibilidade... rsrsrsrsrs... ninguém nem mais acreditava quando juravam que era pra sempre a enésima separação, pois não era! Hoje Carol lembra disso com certa graça, mas na época foi punk. Bota punk nisso. Bom, depois de uma semana seus pais souberam da briga e Carol foi obrigada a ir dar queixa na delegacia (olha o nível) e como desgraça pouca é bobagem, além do delegado dar em cima dela (que nojo, velho babão) ele subornou os pais do “inútil” para retirar a queixa. Só mesmo com ela essas coisas aconteciam...

Talvez você esteja se perguntando: tudo isso aconteceu antes ou depois da gravidez? Incrivelmente antes! Tanto Carol como os amigos e familiares se perguntavam como foi capaz de depois de tudo isso, ainda transar com ele? Sei lá, não dizem que “existem mais coisas entre o céu e a terra que nossa vã filosofia a de entender”, então? Essa é uma delas... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Podem chamá-la de louca, pois ela se considerava assim mesmo. Hoje, depois da maturidade forçada que chegada do bebê trouxe ela encara as coisas de outra maneira. E não podia ser diferente, né?!"

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Votação Bizarra no Rio de Janeiro e 20 Anos de Constituição.

Estou atônita. Perco a fala e sinto medo quando vejo notícias como a que a Ana Maria Braga acabou de dar em seu programa. Veja só: milícias no Rio de Janeiro estão forçando a população a votar em candidatos da região, e caso não o façam, ameaçam toda a família de morte.
Pois bem, como o voto é secreto, para garantir que a pessoa vote mesmo no tal candidato, o cidadão precisa fotografar o momento do voto!!!!!!! O absurdo não para aí. Como o TRE do Rio sabe desse probleminha, decidiu proibir, em algumas seções eleitorais, a entrada de celulares e câmeras fotográficas. Em casos mais extremos uma máquina detectora de metais se fará presente!!!!!
Para deixar a coisa mais bizarra e com a intenção de dar uma forcinha a quem está sendo coagido a votar dessa maneira, Ana Maria Braga, mostrando uma urna eleitoral, ensinou seu espectador-eleitor, caso não haja outro jeito, a "votar" no tal político, tirar e tal foto, depois cancelar o voto e só então votar em quem quiser!!! Isso mesmo, a idéia é enganar o miliciano e o político. Hehehehe. Que coisa!!! Talvez nem Machado de Assis, em suas crônicas, com seu verbo irônico e paradoxal, teria tido idéia igual. Confesso que não sei se concordo com ela, mas como a situação é para lá de inusitada, a solução deveria seguir a mesma linha... Ai jisuis!!!!
Dia 05, dia da votação, comemora-se os 20 anos da nossa Constituição. O que iremos comemorar?