quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Quem é C.O?????

Estou muito feliz com a repercussão de meu blog. Entretanto, tenho recebido comentários e
e-mails de alguém que demonstra muito carinho, respeito e intimidade comigo. O problema é que essa pessoa não se identifica, apenas usa as iniciais C.O. Já pensei em vários amigos, mas apenas uma antiga amiga tinha essas iniciais, a Caroline de Oliveira Almeida. Será que és tu Carol?? Se não, please, identifique-se. Ficará mais fácil a nossa comunicação.
Beijos e até mais.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Oitavo Capítulo - Do Dia Seguinte

“O dia seguinte foi tenebroso. Carol não sabia que roupa vestir, que perfume passar, se passava perfume, pois poderia dar bandeira que queria estar cheirosa e maravilhosa. Chegou a trocar de roupa 4 vezes, passou gloss e rímel, tirou tudo, decidiu não ir à escola, mas depois percebeu que assim daria mais bandeira ainda. Na verdade queria parecer que não estava nem aí. Mas estava aí sim. Estava aí pra caramba!!! E pior, estava a-p-a-v-o-r-a-d-a!!!!


Coitada, apesar de parecer descolada, de ficar com uns carinhas, ela não tirava essas coisas de letra. Ainda mais quando estava envolvidíssima, para não dizer apaixonada. Pois bem, lá foi ela em direção ao colégio.

Antes de entrar na escola, foi direto ao banheiro verificar se estava tudo nos trinques. Cabelo, roupa, dentes, gloss , e hálito. Vai que ele decide cumprimentá-la com um beijo na boca...Não podia correr o risco de estar “bafenta” e por isso lascou um chiclete de melancia. Respirou fundo e foi. Com a barriga parecendo estar sofrendo um vendaval, cumprimentou um a um como fazia sempre. Tanto nos meninos quanto nas meninas o hábito era dar um beijinho na bochecha de cada um. Olhou de relance e viu que o próximo era o dito cujo. Respirou fundo e foi cheia de si em direção ao seu rosto. No meio do caminho até sua bochecha, Danilo, muito mais cheio de si, virou e deixou que a boca de Carol seguisse diretamente até a sua. Ela gelou. A galera riu. E Danilo, além do beijo, cheirou seu cabelo e sussurrou um elogio: você está linda!

O sinal tocou e, como estudavam em classes diferentes, despediram-se e cada um seguiu para seu corredor. A galera estava em polvorosa. Não se falava em outra coisa. Até por que não era normal o Danilo beijar uma garota em um dia e no outro continuar beijando. Carol estava pensando exatamente nisso. O que será que estava acontecendo? Será que ele estava afim mesmo dela? Será que ele também estava inseguro, com vendaval no estômago, roendo as unhas??? Nãooooo, o Danilo se achava muito para isso... Será? Essas respostas ela só saberia com o tempo.

Na verdade não era isso que estava parecendo. No intervalo, foi até a sala de Carolina buscá-la. Danilo era muito xavequeiro. Um de seus métodos de conquista era seu bom humor. Só falava besteira e todos ao seu redor riam como uns tontos. Carol era uma dessas pessoas e era fã confessa dele, mesmo antes desse “namoro”.

No intervalo Danilo não deixou Carol sozinha. As meninas não conseguiam falar com ela. Uma loucura. Queriam saber de tudo, mas ficou impossível. Até esse momento Carolzinha não tinha conseguido sequer dimensionar o que estava acontecendo. E o pior , estava se deixando levar pelo belos olhos castanhos do safado do Danilo. Seus belos olhos, seu cheiro delicioso, seu sorriso iluminador, seu humor inteligente, tudo, tudo, absolutamente tudo a deixava atordoada.

Danilo sugeriu, ao final da aula, acompanhá-la até a sua casa. Aí Carol achou demais. Prudência, canja de galinha e dinheiro no bolso, como já dizia o compositor, não faz mal a ninguém. E Carolina levava isso a sério. Melhor não arriscar, né?! Vai que ele decide pedi-la em casamento...

Mas sabe, ao chegar em casa, deitar na cama, e refletir sobre como tinha sido o dia, um belo sorriso e um discreto frio na espinha surgiram como reflexo de seu sentimento. Isso era um problema. Mas convenhamos, um delicioso problema.”

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mulheres Possíveis.

Recebi esse texto da minha corretora ortográfica e amiga Jessica Baraldi. É um tanto grandinho, mas vale pra repassar. Principalmente para os maridos... rsrsrsrsrsr
Beijinhos
"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãee mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou aosupermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo osfilhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono paraminha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou aocinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisõesno dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores paracasa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniõesligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas queoperam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lheapontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo paraos outros.Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o quedesejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.Você é, humildemente, uma mulher.E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo PhilippeStarck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente,está precisando rever seus valores.E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelase nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante."
Martha Medeiros - Jornalista e escritora

Para refletir.

"Nasceste no lar que precisavas,
Vestiste o corpo físico que merecias,
Moras onde melhor Deus te proporcionou,
De acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes
Com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes, amigos são as almas que atraíste, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.
Não reclames nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograme tua meta,
Busca o bem e viverás melhor." (Chico Xavier)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Aviso 2.

Como na semana passada eu não postei o sétimo capítulo, essa semana, excepcionalmente postarei dois capítulos. Espero que se divirtam. Boa semana.

Do Senhor Guilherme.

"-Mamãe, o papai noel vai demorar?
-Um pouco filho. Um pouco.
-Pq.? Está trânsito?"

Direto do Dicionário!

"Le.vi.an.da.de: s.f.1.Qualidade de leviano.2.Imprudência.3.Pouco Siso.4.Falta de tino ou de reflexão."
Resumindo: falar o que quiser, de quem quiser, sem ao menos refletir ou atinar para os sentimentos alheios.
Alguém aí já pensou a respeito?

Sétimo Capítulo-Da ficada.

"Danilo queria ficar com Carolina. No fundo, ela já sabia faz muito tempo. Puts, isso era demais, já que ele era o top da escola. Eles já tinham tido um lance, nada sério para ele, mas agora já havia um tempo que ela percebia que, onde ela estava, lá estava ele. Onde ela sentava, ele sentava ao lado e virava e mexia seus olhares se cruzavam. Ai que medo!!!!!
Na verdade, o problema era que sempre alguém se interessava por ele, Bia se incomodava. Isso era estranho. As meninas sempre notavam, mas Bia negava. Era de conhecimento de todos que Danilo babava por ela, mas como nunca teve retorno, desencanou de vez. Por isso, queria todas as garotas da escola, e também por isso ela não queria. Tinha medo, muito medo. E se se apaixonasse?? A probabilidade de isso dar certo seria mínima. E também não estava a fim de encarar as meninas. Não por isso.
Bom, Danilo queria muito ficar com Carolina, queria muito abraçar e beijar Carolina. Queria, na verdade dar uns pegas nela e só. Na verdade era isso que ela achava. Nada que ele dissesse a convenceria. Ainda mais quando percebeu os olhares das meninas, principalmente da Bia e Andréa. Bia não estava se controlando. Tava na cara que estava incomodada. Entretanto, quando conversaram sobre o assunto, Bia foi quase cínica:
-E aí, não vai dar uns beijos nele?
-Nele? Carol se fez de desentendida... Nele quem?
-No papai Noel! Claro que é no Dã!
-Eu?Eu não...Tô fora!
-É? Pq?Medo? -E caiu na gargalhada...
-...Pq. a risada? Pelo que eu saiba quem sempre teve medo dele é você. Aposto que se você estalar os dedos ele vem que nem cachorrinho.
-Eu não. Nada há ver. Ele é só um amigo que por coincidência é bonitinho.
-Bonitinho??? Andréa, até agora quieta, exclamou de maneira eufórica.
-Bonitinho é meu pé, ele é gostoso, cheiroso, lindo! Quem me dera ele me dar bola. Quando ficamos, na verdade, demos uns três beijinhos só. Ele nem quis saber de mim. Ah se caísse na minha mão de novo...
-Nossa, como você é vulgar Déa. Se controla.
-Nossa digo eu, Bia. Não sei qual de vocês duas é a mais tonta. Olha Carol, todo mundo sabe que o Dã é louco pela Bia, mas se você não for ciumenta, vai fundo. O que você tem a perder???
Carolina sabia que tinha sim muita coisa a perder. Mas não deu o braço a torcer:
-Olha, se eu ficar com ele não quero brincadeirinha, pode ser?
-Ah, sabia... Tinha certeza que iria acabar cedendo. Bom, acho até que vocês formam um lindo parzinho. Sério! E esquece isso que a tonta da Andréa disse, entre a gente não tem nada. Até pq eu sempre soube do seu carinho por ele. Pode deixar que por mim, vocês até se casam... Brincadeira... O quero dizer é que vou dar a maior força.
-Calma, nem rolou nada ainda.
-Mas vai rolar, eu sei.
Joana escutou toda a conversa, e por mais que parecesse sincera, Bia não a convenceu. Tinha alguma estranha no ar. Bia não perdia assim tão fácil. E além de admitir que tinha perdido, ainda estava apoiando Carol. Muito estranho. Danilo já tinha rodado a banca. Já tinha dado uns beijos, mais precisamente três beijos na Andréa, na Joana, na Melão, na Janaína, e na torcida do Palmeiras e Corinthians toda. Não se apegava a ninguém. Pq com ela seria diferente? Bom, mas como ninguém é de ferro e o bendito do Danilo tinha uma lábia danada e um cheiro alucinante, naquele dia eles ficaram. Foi demais!!!! Ela se sentia maravilhosa, desejada e cheia de energia. Contudo, essa situação, ao mesmo tempo em que a deixava envaidecida, deixava-a também com a pulga atrás da orelha. O que será que iria acontecer? Como seria o dia seguinte na escola? O que a galera iria dizer? Ela pagou pra ver."

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Desabafo.

Achei esse texto muito parecido com minha história...

“É doloroso desabafar. É difícil se expor. Contudo é o que preciso fazer.
Ainda mais quando se trata de uma relação tão conturbada como a minha com meu pai.
Achava que era coisa de cineasta exagerado (e qual não é???) as difíceis relações entre filhos retratadas em alguns filmes pseudo-filosóficos. Pois bem, infelizmente não é. Sinto isso na pele desde pequena, mas tentando manter minha dignidade emocional, sempre tentei sozinha ignorar e sufocar as sensações sofridas. Entretanto, não estou agüentando mais. Corro o risco de ser comparada a uma tia sofredora, que dizem, tem mania de perseguição. Será? Será que ela hoje não é apenas o resultado de anos de torturas veladas? Será que ela pediu socorro, mas ninguém escutou ou não entendeu? É isso. Estou pedindo socorro.
Minha mãe, por inúmeros motivos não me defende. Meus irmãos também não. Cada um com a sua razão. Mas me sinto abandonada. A sensação é de que, como sempre fui intensa, o que falo, o que conto sempre tem um certo exagero. Minha credibilidade familiar não é muito boa. E que sim, eu mereço passar por isso. “Ah, se ele, o poderoso chefão está agindo assim, é que ela fez alguma coisa. Com certeza.” E assim, o tempo vai passando, e minha dor de estômago aumentando. E como não quero ficar como minha tia (olha eu confirmando a impressão que todos tem dela...)estou aqui, com a intenção de exorcizar e extravasar tudo que está apertando não só minha garganta ou coração, mas toda minha caixa torácica.
Bom, dizem que é coisa de filho do meio, e pode até ser, mas que é dolorido, isso é! Desde de pequena, como disse, me sinto desprezada, e claro, por causa disso, passei a maior parte da minha vida tentando chamar sua atenção. Engraçado que carinho físico nunca faltou. O emocional é que nunca veio. Pedi mini-bugy, não ganhei. Meu irmão ganhou moto. Trabalho desde cedo, mas ele nunca soube no que. Meus irmãos também trabalham, mas quando algum problema profissional aparece, ele é o primeiro a dar atenção. Passei em uma grande faculdade, nem o carro ele queria emprestar para que eu pudesse fazer a matrícula. Meus irmãos se formaram, e são o grande orgulho do papai. Dediquei 10 nos de minha vida por amor a ele e a sua empresa, e fui chutada sem piedade. Meu irmão é o responsável pela empresa hoje, e minha irmã tem um ótimo emprego. Eu? Hoje? Nem para dona de casa eu sirvo, segundo ele. Ele nem sabe o que faço. Ele nunca leu uma frase minha. Eu escrevo muito, assim como eu falo muito, como a vida toda ele fez questão de deixar claro. Sou prolixa.
Sou prolixa, desorganizada, gastona, estabanada, labrega, minhas opiniões muitas vezes são contrárias as dele, leio seu jornal, moro em sua casa, resumindo, eu o incomodo. E ele não está mais conseguindo esconder isso.
Nos últimos tempos nem disfarça mais. Fala aos quatro ventos que seu querido e preferido é meu irmão. Não sei como minha irmã se sente, mas em mim assumo que dói demais. Sabe, uma coisa me deixa feliz nessa bagunça toda: eu amo e admiro muito meus irmãos. Em nenhum momento senti raiva ou inveja. Até pq a culpa não é deles. Apenas acho que por exercerem uma ascensão sobre meu pai, poderiam me defender. Eu sinto falta disso.
A de ontem nem foi tão forte, mas pesou a hora em que ele disse que se eu não estou de acordo com as regras da casa, que me retire. Ele tem razão, só que sabe que ainda não tenho condições. E olha que pela primeira vez não discuti com ele. Apenas, ao sair, aconselhei-o a se controlar, pois está dando na cara que não me suporta.
Antes dessa, a mais dolorosa foi quando me disse, depois de eu reivindicar um pouco de respeito, que não me respeitava pq eu não mereço respeito. Aí, doeu!
Engraçado que os outros fazem o que bem entendem com ele. Sócios suspeitos, fornecedores safados, funcionários sem caráter, mas com nenhum deles usa um terço de seu latim. Comigo, descarrega toda sua raiva e grosseria. Eu sei que muitas vezes o provoco, entretanto faço isso, eu acho, mais para chamar sua atenção do que para agredi-lo.
Quero dar um basta nisso, virar a mesa. Mas não consigo. Não consigo. O problema está em eu sentir por ele um amor absurdo. Gosto das mesmas coisas que ele, desde italiano até vinho, só para ser aceita. Mas não funciona. Nada funciona.
Meu coração, agora, está em pedaços, mas incrivelmente, as lágrimas não caem. Impressionante. Será esse um sinal?
Eu só queria ser respeitada. Nem amada eu queria. Ninguém é obrigado a sentir amor, mas acho que respeito é básico. Na verdade, eu só queria saber pq.
Alguém aí, caso tenha sentido dó de mim, peço que não sinta. Deseje apenas que eu consiga resolver isso logo. Eu não agüento mais gritar e ninguém me escutar.
Para terminar, proponho um desafio: a prova de seu total desprezo por mim é que, se ninguém avisar, ele nunca saberá desse texto. Por isso peço-lhes que não diguem nada. Até pq, não resolverá. Como ele mesmo diz, o tempo resolve tudo. Eu espero.”
Opa, acho que essa aí sou eu. E qualquer semelhança não é mera coincidência.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Aviso.

Excepcionalmente hoje, por motivos pessoais, nao postarei o setimo capitulo do conto "Incompreensao." E esta frase esta sem acentos pois meu computador deu tiuti.
Ate amanha.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Adendo.

O texto abaixo, apesar de não parecer, está catalogado como sendo um poema.
Entretanto, independente de denominações, esse texto nos faz refletir em como as coisas na vida são paradoxais. Vejamos as mãos: um elemento tão familiar e tão simples, capaz de cometer as maiores benevolências e as maiores atrocidades. Pois pensemos nisso nesse fim de semana. Semana que vem falo mais.
Beijos e queijos...

Poema para o Finde!!

Hoje conheci esse poema de Procópio Ferreira. Achei interessante compartilhar.
Espero que gostem.
Beijos e Bom Fim de Semana.

"MONÓLOGO DAS MÃOS (Procópio Ferreira)
Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever...
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvaram o trono da França e apagaram a auréola do famoso revolucionário. Múcio Cévola queimou a mão que, por engano, matou Porcena.
Foi com as mãos que Jesus amparou Madalena; com as mãos Davi agitou a funda que matou Golias. As mãos dos Césares romanos decidiram a sorte dos gladiadores vencidos na arena; Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência; os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com mãos vermelhas como signo de morte! Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros não encontraram.
A mão serve para o herói empunhara espada e o carrasco, a corda; O operário construir e o burguês destruir; O bom amparar e o justo punir; O amante acariciar e o ladrão roubar; O honesto trabalhar e o viciado jogar. Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba! Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva. Com as mãos tapamos os olhos para não ver e com elas protegemos a vista para ver melhor. Os olhos dos cegos são as mãos. As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes; no volante da aeronave atiram-nos para as alturas, como os pássaros. O autor do “homo Rebus” lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida; a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem. Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta, acariciando, mostra a bondade; fechada e levantada, mostra a força e o poder; empunha a espada, a pena e a cruz! Modela os mármores e os bronzes; dá cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza. Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos, medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos. O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade. O noivo para casar-se pode a mão de sua amada; Jesus abençoava com as mãos; as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes. Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias. E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar à carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino. E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida. E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!"

Amy.

Gosto muito dela, mas sua imagem está lamentável. Será que não tem ninguém capaz de ajudar Amy Winehouse??? Resta-nos apenas ter compaixão...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Se Machado de Assis fosse vivo...

Se Machado de Assis fosse vivo, estaria no mínimo, atônito!!!
Sua negritude colocava-o em condição de personagem principal em um cenário racista, escravocrata e permeado por todos os lados pelo mais duro preconceito. E lá estava ele, firme e forte. E o mais impressionante ainda para os dias de hoje, imagina para aquela época, é que Machado foi altamente reconhecido ainda em vida. Presenciou sua glória e mais, gostava dela.
Pois bem, hoje, depois de 100 anos de sua morte, Machado com toda certeza vibraria a vitória de Barack Obama como sendo sua também. E claro, de todos os negros que ainda hoje sofrem absurdos por causa de uma ignorância patológica.
Machado era monarquista. Então, provavelmente, se precisasse votar, não votaria no democrata Obama. Talvez nem no republicano McCain, mas de certo confirmaria a importância dessa conquista.
Gente, há apenas 53 anos uma senhora negra era presa nos EUA por não ceder seu lugar no ônibus à uma mulher branca!!!!!
Muitos não conseguem mensurar o que esta vitória representa. Mas caras como Machado, Luis Hamilton, o próprio Obama e muitos outros que são todos os dias julgados e colocados a prova por sua condição racial e social, sabem do que estou falando.
É tempo de mudanças... E que elas venham com a mesma energia que sentimos ao ver o emocionado Obama em seu discurso da vitória. Imagina o filme que passou por sua cabeça.
Com isso os Estados Unidos voltam a estar na moda. O anti-americanismo, pelo menos durante os próximos tempos, terá passado. E espero ansiosa que essa moda perdure se boa for.
E penso que Machado, se vivo fosse, lançaria sim seu olhar irônico sobre essa conquista. Imagina como seria genial uma crônica dele sobre essa nova moda chamada Barack Obama?
Então, marquem esse dia na agenda: 05 de novembro de 2008.
Estamos participando e presenciando um marco da história mundial. É de arrepiar!!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lançamento.


Quero, antes de arrumar um novo trabalho, aproveitar tudo que posso, pois meu tempo ficará mais apertado. Uma dessas coisas que quero aproveitar, divido e convito a todos: o lançamento do mais novo livro do escritor, editor e colunista do Estadão, Daniel Piza. Se não o conhecem, não sabem o que estão perdendo. Vale a pena.
Fica a dica então, segunda, na Livraria da Vila, Jardins, a partir dàs 19h00.

Meu currículo.

Como prometi, segue abaixo meu currículo profissional.
A ele, deve-se adicionar o currículo do meu blog e que também sei lavar e passar. Me esqueci de citar essas qualificações...


Lilian Camila Costa Perez


Estr. Martín Afonso de Souza,2340 – Riacho Grande – SBC – SP Brasileira
liliancamilacp@hotmail.com Casada
4354-9654 (residencial.) ou 7876-5243 30 anos


Objetivo: QUALQUER ÁREA DA EMPRESA.


Formação Acadêmica
- Cursou Tecnólogo em Recursos Humanos na Universidade Metodista de São Paulo – UMESP - 2007/2008
- Cursou Letras na Universidade de São Paulo – USP – 2000/2003


Idiomas: Inglês Intermediário e Italiano Básico


Informática:
-Microsoft Word, Excel INTERMEDIÁRIO,, Power Point, Adobe, Internet, Intranet, Photoshop, Sistema Omega de Gerenciamento Administrativo, Sistema MRSita de Gerenciamento Administrativo e Sistema de fechamento de ponto informatizado Seculun e Tridiun.


Experiência Profissional:
-NCR Serviços Logísticos Ltda.
Consultora Admistrativa, com foco na gestão estratégica de Gestão de Pessoas e Financeiro.
Julho de 2007 a Dezembro de 2007


-NK Brasil Indústria de Componentes Automotivos Ltda.
Coordenadora de Recursos Humanos – Fevereiro de 2003 a Maio de 2007


-Comercial Paulista de Calotas Ltda.
Coordenadora Financeira – Março de 1998 a Janeiro de 2003


Qualificação Profissinal:
Além de toda a parte de tesouraria, como contas a pagar, receber, faturamento, cobrança, fluxo de caixa, negociação com bancos, duplicatas, descontos, protestos e relatórios financeiros, também tenho conhecimento na área de gestão de pessoas, desde o departamento pessoal até contratação e desligamento de pessoal, treinamento, direcionamento e motivação, cargos e salários, folha de pagamento, negociação com o sindicato dos metalúrgicos do ABC, mesa redonda no DRT de São Bernardo, homologações, rescisões, implementação e gestão da C.I.P.A., gestão do programa de suporte emocional, relacionamento do dia-a-dia com os funcionários incluindo respostas a questões de Recursos Humanos e DP, assessoria aos profissionais de todas as equipes no desenvolvimento de soluções customizadas e o desenvolvimento de um pequeno projeto de outplacement. Liderei também a implantação do Sistema 5S na última empresa onde fiz um trabalho de consultoria.


Qualificação Pessoal:
Sou proativa, intuitiva, atualizada, atrevida, comprometida e apaixonada pela área em que atuo. Possuo uma liderança nata, inovadora e empática. Estou em busca de um trabalho que me desafie constantemente, que me faça pensar e melhorar processos e pessoas.
Tenho como frase pessoal, de acordo com minhas experiências profissionais, que os recursos mais importantes que uma organização possui, são os humanos. E acredito verdadeiramente que a empresa que tem como foco seus clientes internos, os lucros virão certamente.

Cursos Adicionais:
-Básico de Psicanálise - Sociedade Paulista de Psicanálise;
-Gestão de Fluxo de Caixa – SEBRAE / SP;
-Departamento Pessoal na Prática – SEBRAE / SP;
-Básico em Contabilidade – SEBRAE / SP;
-Vendas por Telefone – SEBRAE / SP;
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Acho que dá pra ganhar uns 700,00 mais VT e VR, não?!

Alguém aí quer me contratar???

A crise bateu aqui em casa. Claro que eu não queria abrir, mas minha mãe bem me educou, então... E o pior que ela até avisou que viria, mas chegou antes do combinado, por isso me pegou de camisola.
Pois bem, como meu digníssimo é vendedor de carros importados a bendita crise, para não falar maldita, nos pegou. Off course que temos algumas reservas, entretanto achei prudente por um ponto final nesse meu maravilhoso ano sabático. Uma pena.
Nele escrevi bastante, li, comi, dormi, ri, assisti, bebi, viajei, falei, dancei, me exercitei, chorei, gastei, estudei, beijei, ganhei, brinquei, criei, bloguei! Ufa, quanta coisa que fazemos e nem nos damos conta. Além, de claro, ficar com meus filhos. Considero essa a maior conquista desse ano.
Agora, depois desse período único, onde meu marido me apoiou para caramba, preciso voltar a gerar renda. E não apenas gastá-la!!!! Pra felicidade geral da nação, a vida de gatinha está com os dias contados.
O problema é por onde começar. Estou tão mergulhada em meus escritos, que me sinto perdida. Por isso peço-lhes ajuda: alguém aí quer me contratar???? Ou melhor, conhece alguém que precisa de alguém para trabalhar?????
Talvez estejam se perguntando o pq de eu não voltar a trabalhar com meu pai. Pois é, eu também gostaria de saber. Se eu fosse o entrevistador ficaria curioso em saber o motivo pelo qual meu pai não gosta de trabalhar comigo. Se até eu fico curiosa, imagina quem quiser me contratar?
Penso, sinceramente, que esse detalhe depõe contra mim. Convenhamos ser um tanto estranho meu próprio pai não me contratar, depois de quase dez anos com ele. Dá margem para especulações, não acham? Todavia, garanto que não roubei nem causei danos ao patrimônio. Inclusive, não fui mandada embora, pedi demissão antes disso. Será que isso melhora minha imagem?
Calma galera. Não minha relação com o senhor Alipio é boa. Muito boa. Apenas estou adiantando respostas de algumas dúvidas que por ventura surgirão. Olha aí uma qualidade, sou precavida, tá vendo?
Bom, o recado está dado. Quem souber ou precisar, é só falar. I am here. Pro que der e vier.
Ah, meu currículo??? Além dos já conhecidos predicados, tem mais algumas coisinhas que sei fazer. Na dúvida, postarei-o logo em seguida, ok?!
E para provar que sei liderar e dar incentivos, quem me auxiliar, colocando seu networking em ação, do primeiro salário repassarei 20%. Tá bom, né?!
Ah, sou limpinha também heim. Isso é importante.
Então galera, mãos a obra!!!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sexto Capítulo: Dos Garotos.

Meus queridos leitores:
Hoje o capítulo está um pouco menor, pois como minha mãe está internada desde semana passada por causa de uma trombose abusada, meus dias estão turbulentos.
Todavia, já prometo de antemão que semana que vem o capítulo será mais longo e mais revelador. As coisas começam a tomar um outro rumo...
Beijos e boa semana!
Have a fun!!
"Os meninos de 14 anos em geral são considerados babacas pelas meninas. E com elas, a regra se confirmou. Apesar da turma de meninos da escola de Carol ser mais legal que a maioria dos outros garotos, ainda assim era bem latente a diferença entre eles. Uns eram engraçados, outros bonitos, outros estudiosos, outros machistas, ou então nojentos. Mas os que mais irritavam as meninas eram os que estavam com a sexualidade à flor da pele. Era um inferno. Os olhares, os comentários, os risinhos e brincadeiras maliciosas eram uma constante na vida das meninas. Principalmente das mais bonitas e ditas gostosas. Por eles, claro.

Em sua maioria, eles eram todos machistas. Se alguma menina ficasse com mais de um menino da escola, coitada dela. Felizmente, fugindo à regra, dois deles Carolina considerava verdadeiros amigos. Pedro e André eram divertidos, simpáticos, gentis. Um são paulino, outro palmeirense. Um mais bonito que outro, mas um era mais charmoso que o outro. Um mais baixo e o outro, mais forte. Entretanto, a característica mais marcante deles é que eram bons amigos. Carol era louca por eles.

Por achar a amizade dos meninos mais despretensiosa, se sentia mais solta entre eles. Falava besteiras, palavrões e piadas infames. Carolina se divertia a valer. Chegava a ficar com câimbra na barriga de tanto rir, se é que isso é possível...

Com outros garotos, ela sentia que, ou queriam “pegá-la” ou falavam mal dela. Não tinha meio termo.O Danilo fazia parte desse segundo grupo. Ela já tinha sido apaixonada por ele. Uns beijinhos até já tinham trocado, mas nada além disso rolou. Nem papo rolava direito. Na verdade, ele mexia com ela. E muito. Entretanto, ela não entendia o motivo. Danilo era o tipo de cara que Carol queria distância. Mas era exatamente ele que estava sempre rondando-a.

Com o passar do tempo, e as coisas foram mudando...

A dinâmica escolar fazia com que as pessoas se misturassem. Trabalhos, jogos nas aulas de educação física, viagens e passeios. Isso beneficiava a formação de grupos mais heterogêneos, mesclados. Carolina participava de tudo isso. Grêmio estudantil, palestras, aulas extra-curriculares, coral, fanfarra. Ok, antes que as reivindicações sejam feitas, corrijo: fanfarra não, banda marcial.

Aqueles anos foram turbulentos. Refiro-me à época de 1990,91,92,93 até 96, onde nossa história tem seu ápice com o nascimento da filha de Carolina.
Nesse período, o Brasil passou por mudanças fortes e decisivas. Impeachement do então presidente Fernando Collor de Mello, mudança de moeda, plebiscito, abertura de mercado, enfim, muito agito. As mudanças políticas, para espanto de muitos, mexeu com a moçada. Na escola, não se falava em outra coisa. Nesse ano entrou em atividade a MTV Brasil. A turma toda ficou louca. Bia e Claudinha, sempre antenadas, faziam sempre festinhas na casa da Bia para que pudessem assistir a mais nova TV jovem. Era genial.

Foi numa dessas festinhas, de tarde, depois da aula, of course, que as coisas começariam a tomar outro rumo.
Carol percebeu que Danilo a olhava diferente. Isso a incomodou. Carol percebeu também que com isso Bia e Andréa também mudaram seu olhar para ela. Quando Carol entendeu o motivo dessa mudança, percebeu também que a mudança de rumo alteraria também a amizade entre elas."