sábado, 12 de setembro de 2009

Aniversário atrasado!!!

11/09/09...
Ontem fez um ano que criei coragem e criei esse blog "malacabado", entretanto cheio de boas energias e intenções. Como agora criei um outro blog para, enfim, gerar renda (rsrsrsrsrsr), aos poucos vou juntá-los. Moda e literatura tem tudo a ver!! Aí não deixo de cuidar de nenhum. Como filhos, eles agradecem... estava sendo uma mãe desnaturada e relapsa. Agora não. Dois filhos, dois blogs, que amo e que quero cuidar e me dedicar integralmente!
A diferença é que minha literatura será mais leve... a política tem me dado nojo, náuseas, maus-estares desnecessários. Sério. Para quem foi, em 2002 votar no Lula, de vermelho, com botton de estrela e da bandeira nacional, para quem sofreu chacota generalizada por isso, para quem acreditava que o diginíssimo Sr. presidente Lula era, no mínimo, honesto, e para quem em 2006 anulou seu voto, chega! Já deu o que tinha que dar!!!!!!!
Chegamos a tal ponto que todos os programas de humor escancaradamente fazem piadas sobre nossos queridos políticos e nada, nothing, niente acontece! Nada!!!!!!
Chega, vou trabalhar, pagar meus impostos, cuidar da minha família, do meu corpo, mente, dos meus filhos e do meu amor. E escrever coisas leves e edificantes... de pesado já chega nossa vida. De pesado ou de patético, não sei ainda...
Beijos e obrigada pelo carinho que sempre recebi e recebo todos os dias.
"Ao infinito e além!"
Lilian Camila Costa
www.liliancamilacosta-modaemcasa.blogspot.com (moda)
www.liliancamilacosta.blogspot.com (literatura)
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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Numerologia???? kkkkkkkkkkkkkkk

Acabei de ver, de me dar conta que, meu blog, esse pelo qual vos falo, faz aniversário, um ano, em 11 de setembro... O que será que a numerologia tem a me dizer sobre isso???? Hein???!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Só rindo mesmo...
Calma, explicarei-me: acredito nessas energias, mas que é engraçado, É!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Mudança.

Galera,
Alterei o endereço do meu blog de www.liliancostaperez.blogspot.com para www.liliancamilacosta.blogspot.com por causa da numerologia... Nada contra meu nome de casada, pelo contrário, adorooooo meu nome todo: Lilian Camila Costa Perez, entretanto, no mesmo dia tive duas dicas numerológicas (????) sem nem mesmo ir atrás de informações desse tipo. Achei engraçado. E como acredito em sinais, dicas, mini-significados e tudo mais, resolvi não contrariar, né?!
Na dúvida, profissionalmente, usarei, à partir de agora, meu nome de solteira. Todavia, digo ao meu amor e reafirmo a todos que não nego meu "Perez". Ele está em mim, para sempre!
Ok?!
Kisses...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Podem me chamar de brega...

Podem me chamar de brega, mas sou fãzassa da Turma da Mônica, e enquanto escrevo, reescrevo, escrevo de novo, apago, lavo, cozinho e vendo roupas, vou postando coisinhas que gosto... essa é uma delas... dizem que é a Melhor história do Maurício de Souza.
Quase concordo!!

Espero que curtam!!!

Eu AMOOOOOOO!!!!


Good week everybody!!!!














AMOOOOO!!!!!!!!!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Thanks!!

E "thanks", Valtinho por abrir a lista... rsrsrsrsrsrs...
Outra coisa, queremos que soubesse que quando quiser é só aparecer. Matar as saudades faz bem ao coração. Ainda mais as saudades de uma vida toda, né não?!?!

Beijos e se cuida!

domingo, 23 de agosto de 2009

Só para descontrair...2

Direto da Alemanha:
"O marido pergunta à mulher:
- Com quantos homens você já dormiu?
A mulher responde orgulhosa:
- Só contigo, querido!..Com os outros eu ficava acordada!"
Para alguns, qualquer semelhança, não será mera coincidência... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Boa segunda-feira!!!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Philippe Patrick Starck!! O Famoso!!!

Depois de devidamente enviado o e-mail anterior, minha amada-amiga-irmã Jéssica Baraldi me mandou um de resposta, que inclui a parte abaixo:

"Ah, agora já sabemos quem é o Philipe Sneverslobin (rs), também tem o link, se vc quiser dar uma bizoiada...Philippe Patrick Starck, nascido no dia 18 de Janeiro de 1949, é um conceituado designer francês, com uma obra multidisciplinar, que vai do design de interiores ao de bens de consumo de massas, como motos, cadeiras, mouses de computador e até mesmo escovas de dentes. http://www.fernandorigotti.com/philippe-starck/"

Para quem não sabia, como eu, quem é Philippe P. Starck, aqui está!

Jé,

"Ai love iu!!!!"

Thanks for all...


Uma volta meio sem vergonha... rsrsrsrsrsrsrs!!!!

Esse texto eu enviei semana passada para alguns amigos. Como sou cobrada por meu blog estar desatualizado(ai como eu ADORO quando isso acontece), resolvi postá-lo, pois sua repercussão foi "ótema".

Mas não se preocupem, estou preparando uma volta menos sem vergonha!!! I promisse, Tata...

Bom, espero que também gostem!
"Sei que já publiquei esse texto em meu blog, que anotem, não é de minha autoria, mas que reservei-me o direito de dar uns pitaquinhos necessários, para que ficasse um texto mais democrático. Martha Medeiros (autora original), sorry, o que está em NEGRITO foi eu quem inclui. Espero que não se chateie. Como aspirante a escritora, inicialmente ficaria furiosa, mas depois entenderia. Pelo menos não roubei seu texto, como muitos fazem por aí.

Bom, o texto é longo, mas é gostosinho. Tipicamente neo-feminista.


Ah, alguns recadinhos:

Thaís, achei-o sua cara!

Darley, imprima e leve para a Ju, ela vai gostar (espero).

De, meu amor, você é tão delicado que entende o que esse texto quer dizer. Te amo.

Le, primo querido, imprima também e leve para a Denise. Também penso que vai gostar.

Tata, sei que já recebeu esse texto, mas como modifiquei-o, o que o deixou a sua cara, aqui está.

Guedão, encaminhe, imprima ou mande-me o e-mail da Camila para que eu mesma possa mandar para ela.Melhor, Kelci ou Tchinena, qual o e-mail da Camila?????

Rafinha, imprima e dê com muito amor para sua mãe...please!!!

Reinaldo, penso que não gosta desses textos neo-feministas-bobinhos. Mas é que achei esse diferentinho, gostosinho e despretensioso. Arrisquei... Saudades...

Pai, faz o sacrifício de imprí-lo e levá-lo para mamãe. Sei que ela vai adorar. Bom, deixa que eu faço isso vai... rsrsrsrsrsrsrsrsr

Sandrinha, espero que esse texto lhe ajude de alguma maneira.

Xuru, também imprima para a Fe. E não precisa dizer que foi eu quem mandou. Eu entendo... rsrsrsrsrsrsrs...(BRINCADEIRA).

Cacá, minha "adultescente" preferida, como com o Reinaldo, penso que esse tipo de texto não seja dos seus preferidos, até pq ele não se parece com vc. Mas não sei pq. resolvi enviar-lhe... Vai que dá certo e eu esteja errada... né!?

E meninas, todas as outras que não citei acima, vi cada uma de vocês em alguma parte do texto. De verdade! E caso tenha me esquecido de alguém, o façam por mim!!!


Galera, como sempre, "falei demais", então vamos ao texto! Espero que gostem!


Amo, com amor mesmo, todos vocês!


Lilian Camila Costa Perez

(11) 7876-5243



Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.

Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.

Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, mulher e dona de casa que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, lavo, passo, cozinho, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, façorevisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente (é, nem sempre, confesso) compro flores para casa, providencio os consertos domésticos (quando não os faço eu mesma), participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e à educação dos meus filhos, e ainda faço escova toda semana - e as unhas!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: o dizer NÃO. (Essa é a parte mais difícil, mas vc. consegue)

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.

Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.Quando você nasceu, nenhum profeta entrou para a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo paraos outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.

Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, casa impecável, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável...

É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.(E sem os filhos)

Três dias.

Cinco dias! (Bom, cinco dias sem os filhos já é demais... rsrsrsrsrsr)

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.(Ai meu Deus, essa é para mim!!!)

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto, pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal ou pela quantidade de roupas que temos que lavar e passar.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga.

Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ou uma dona de casa ISO 9000, não será bem avaliada.

Está tentando provar não-sei-quê a não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Principalmente, ser independente de rótulos e preconceitos!!Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir evir... E para as que são profissionais do lar, casadas, vulgarmente rotuladas de madames, "bancadas" pelos maridos, é bom ter família e filhos, não é?? Desde que lembrem-se sempre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir dessa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinham trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela...
Hoje temos a opção que antes não tínhamos, a da escolha. Não somos obrigadas necessariamente a ser "do lar" ou ser uma "super-mega-uber-executiva". Podemos ser o que quisermos. Podemos até optar em não ter filhos, apesar da cara feia de alguns!! Podemos, inclusive, desacelerar um pouco.

Mas desacelerar tem um custo.Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck (quem é esse??)e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante".


Martha Medeiros - Jornalista e escritora (e pitacos de Lilian Camila Costa Perez)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Possibilidade improvável.

“Seu Pedro, primo de Senhor Guilherme, estava no carro com sua mãe e seu querido irmão, o Dr. Vinícius.

Já fazia um tempo sua mãe insistia no assunto de que brigar ou brincar de brigar era errado e que ele e seu primo deveriam parar como isso. Depois de um período pensativo, dispara:

-Mãe, posso te fazer uma pergunta somente??

A mãe, encantada com o vocabulário do filho, responde:

-Claro meu filho.

-Então por que as pessoas brigam tanto no mundo? Será que a mãe deles nunca disse isso para eles????”

Bom, é uma possibilidade...

Paraty de todos nós.

Ano passado fui à Paraty e amei. Esse ano vejo notícias de como será a FLIP e me empolgo novamente, puts, esse ano vai ser melhor que ano passado. Chico Buarque, Cristóvão Tezza e vários outros autores nacionais e estrangeiros. Vale a pena o passeio. A cidade, linda, fica mais excitante ainda. Seus restaurantes, suas ruas de pedra que rejeitam saltos altos (aviso desde já às mais elegantes) as pessoas, o clima, a energia literária, tudo se funde e transforma a cidade num mundo diferente nesses cinco dias de festa. Isso mesmo. O efe da sigla FLIP é de festa e não de feira, o que deixa o evento muito mais atraente e interessante. Uma festa entorno dos livros, no Brasil, em Paraty, a poucos anos seria impensada. Hoje, festas assim pipocam em várias cidades. Tem a de Recife, a de Porto de Galinhas, Uberlândia, Porto Alegre, Rio de Janeiro. O melhor, além da quantidade, é a qualidade de cada uma. Bons autores, ótimas palestras, instalações impecáveis e um público que aumenta a cada edição. Para mim, aspirante à escritora, é um alento tantas odes à literatura. Além do mais, vivemos num país onde a cultura é vista como despesa e não como investimento, um país onde não se comemora o dia do índio (eu sou da época em que fazíamos colares de macarrão pintado, cocar de papel e pintura no rosto) mas daqui há pouco haverá feriado para o dia de hallowen (olha eu dando idéia). Pois bem, num país como o nosso tem que se valorizar e prestigiar iniciativas como essas. E pra melhorar, a FLIP é em uma cidade cheia de história e beleza. É só chegar, pois Paraty é democrática e está lá, para você, para mim, para todos nós!!

Informações sobre a FLIP www.flip.org.br

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A bolsa e suas utilidades.

Depois de um período de quase um mês sem escrever aqui, volto com esse texto leve e despretensioso. Não escrevi não sei pq, mas relembro que esse período ausente não me faltaram assuntos. Pelo contrário. Penso esse tempo ser um dos mais marcantes desde que criei meu blog, visto que nele Barack Obama declarou todo seu amor e admiração por nosso presidente metafórico. Bom, nesse quesito Lula se superou e criou a pior delas, legalizando de vez o racismo as avessas. Para quem não se lembra, ele, delicadamente, culpou os brancos de olhos azuis pela crise financeira mundial. Pegando carona no humor, que se não fosse trágico, hilário seria, de Dan Stulbach e companhia, talvez a culpa seja de Roberto Justos, Fábio Assunção, Dagoberto do São Paulo, ou mesmo do próprio Dan. Ou melhor, do querido Reinaldo Silvestre. A escolha e de vocês... rsrsrsrsrsrs...
Bom, aqui vai o texto. Beijos e boa semana.
"Acordo atrasada. Pra variar. Óculos, celulares, maquiagem, cremes, escova de cabelo, livro para uma eventual fila, sombrinha, perfume, agenda. Ok, tudo está na bolsa. Tudo e mais um pouco. Tomo banho, me enfio na roupa e chispo pro carro. Ops, minha bolsa não combina com minha roupa. Volto correndo e depois de uma certa insegurança diante de tantas opções, escolho minha mais nova aquisição, uma linda “coral”. A cor da moda. Na verdade a outra combinava, já que a moda hoje, vai entender, é não combinar. No meio do caminho, ao me maquiar, lembro-me de escondê-la. Minha tática é a seguinte, coloco-a embaixo do banco de trás e na frente, comigo, deixo uma bolsinha, pequena e feia, fora de moda, como isca, pois caso um ladrão abusado pensar em levar minha mega bolsa, dará com os burros n’água. Pois bem, logo chego em meu primeiro cliente, minha bolsa dá seu show. As moças, eufóricas, queriam saber onde comprei, quanto paguei. Bom, sobre isso, achei-as indiscretas. Na verdade, a mulher não pergunta quanto a outra pagou apenas para ver se está dentro de seu orçamento, mas sim para ver quanto aquela outra desembolsou por um simples capricho. Isso é o verdadeiro status. Em todo caso, menti. Não se faz uma pergunta dessas à uma mulher. E claro que informei, fazendo cara de triste, que onde comprei minha preciosidade só havia esse exemplar. Produto artesanal sabe? Toda mulher tem o sonho de ter uma bolsa feita especialmente para ela. Não era esse o caso, mas a cara de frustradas- morrendo de inveja foi impagável. Passada a euforia sentei-me, coloquei minha coral no colo, como se ela me protege-se. É, a bolsa tem essa função também. Comece a reparar. Meu cliente me atendeu, fechamos negócio, e antes de nos despedirmos elogiou meu bom gosto. Por bolsas. Pareceu cantada, mas o elogio valeu. Durante o dia minha mais nova amiga chamou mais atenção do que eu, confesso. Tudo bem. Era essa a idéia mesmo. Até pq, ao olharem para ela, eu também era notada. Tudo meticulosamente pensado. Não se paga uma fortuna em uma bolsa original para que não chame atenção. Original, claro. Mico total bolsa, relógio ou qualquer outro acessório falsificado. Parcele em 36 vezes se for o caso. Mas não compre um falsiê. Até pq o prazer não é o mesmo. Não mesmo! E pior, se descobrirem seu golpe, sua reputação estará arranhada. Ou melhor, destruída. Olha, hoje sou mais comedida. Entretanto, ainda questiono-me de onde vem essa fissura por bolsas que toda mulher, umas mais outras menos, tem. Homens, esse é o tipo de prazer e sensação que talvez vocês nunca entenderão. Termino meu dia, deitada em minha deliciosa cama, observando meu tesouro e depois de constatar umas 45 bolsas em meu closet, termino esse texto comprometendo-me a não comprar mais nenhuma esse ano. Não preciso, tenho todas que quero e principalmente, preciso. Chega de exagero. Além do mais, em ano de crise é sempre bom fazer uma economiazinha... Ah, talvez vou abrir exceção para uma que acabei de ver no suplemento feminino, último grito da moda de acessórios, pequena, imitando a bolsa da bisavó, à tira-colo e com franjinhas. Linda! E além do mais, essa eu ainda não tenho. Vou encarar como investimento, que vai ficar de herança para minha filha, caso ela pense em abrir um brechó. Olha aí, mais uma utilidade para minhas queridas bolsas. Viu?!”

terça-feira, 24 de março de 2009

Eta amizade boa!!

Ontem, assistindo ao CQC, ótimo programa da Band, entendi o motivo pelo qual Luis Carlos Barreto produziu, sozinho, sem um centavo de nenhum governo, um filme sobre a vida de Lula: a mais pura e legítima amizade.

Mais serelepe do que nunca, José Dirceu comemorou semana passada seu aniversário junto com a alta cúpula do PT, e claro, Luís Carlos Barreto era um dos convidados, assim como Aldo Rebelo e o ilustre vice-prefeito de minha tão querida cidade, Frank Aguiar. Talvez, foi em uma dessas festas que Luís Carlos e seu filho Fábio Barreto, diretor do filme, conversando com seus amigos, tiveram a genial ideia de fazer o filme e lançá-lo em ano eleitoral. Para o companheiro José Dirceu não poderia ter havido melhor presente. Eta amizade boa!!

Que criatividade...

"O Sr. Guilherme estava feliz, brincando com uma bola de massinha grudada em cima de um pedaço de papelão e um cordão a puxar o simples brinquedo. Minha mãe, vendo a cena, inocentemente interpela-o:
-Que lindo seu cachorrinho Gui...
-Que cachorrinho vó! Isso é um papel, um cordão e uma massinha."
Pois é...

sexta-feira, 20 de março de 2009

Fim de Expediente.

Para quem gosta do programa "Fim de Expediente", aqui vai uma dica boa:
"O "Fim de Expediente" volta com suas edições com plateia no dia 27 de março. Desta vez, a convidada é a atriz Marisa Orth.
Você é nosso convidado!
A partir de agora os ingressos serão distribuídos diretamente na bilheteria do Teatro Eva Herz, da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, à Av. Paulista, 2073, a partir das 17h do dia do programa. Após o encerramento da carga de ingressos, os interessados poderão retirar senhas de espera. A partir das 18h45, os lugares que permanecerem vagos no teatro serão ocupados pelos detentores destas senhas."
Eu vou. Vamos!?!?!

Pretensão.

“Pretenso fazer de minha literatura um mergulho nas entranhas e um voo nas alturas da alma humana. Sinto não conseguir, mas não quero, não quero minha escrita rasa e confusa. Sei que demorarei para chegar ao estilo ideal, se é que isso existe, mas me empenho. Ao fechar meus olhos sinto que uma energia vibrante e altamente a contagiante me guia. E se isso for Deus, quero ser tomada por ele.”

Bom fim de semana.

Parece piada...

Reputação.

Durante muito tempo me preocupei com o que os outros pensavam de mim. Ok. Ainda me preocupo. Mas hoje, esse negócio de paranóia é mais comedido. Nem ligo pro que pensam os motoristas que eventualmente eu fechei (é, eu me preocupava até com isso), com a mulher da fila do banco que me vê sem nem um batonzinho, com o frentista por eu colocar a fortuna de R$7,50 de gasolina (eu já fiz isso vááárias vezes), com o moço bonito do trânsito ao ver-me dirigindo o fusquinha do meu irmão (não desmerecendo o fusquinha, claro). Ora ora, é muito narcisismo pensar que todos estão de olho em você. Hoje gasto meu tempo e embranqueço meus cabelos com assuntos mais importantes, como a opinião de meus leitores, dos meus credores, dos meus pais, irmãos, amigos, inimigos. Inimigos não. Não que eu tenha a ilusão de que agrado a todos, mas quando falo essa palavra inimigo, fica parecendo que sou uma personagem de desenho animado, de realidade fantástica, tipo mutantes. Não gosto.

Hoje saio de casa sem perfume, de chinelo, digo o que penso, às vezes não digo, choro ao assistir uma reportagem de como o Ronaldo se superou (nessa, foi eu que me superei), posto o que eu quiser em meu blog, sem medo. Esse lance de conceito, reputação, aprisiona o peão. Eu nem ligo se pensam que eu fiz plástica e engordei. Se tomo cerveja com meu marido no boteco, se leio desde Machado até Caras. Se minha roupa não está combinando. Se eu assistia à “Casos de família” (brega pacas, mas eu adorava). Se todos pensam que meu marido me trai só pq ele é extremamente carinhoso e grudento, tipo chiclete (eu ADOROOOOO). Se sou a primeira a chegar nas festinhas, principalmente de criança. Não ligo pra um monte de coisas que eu ligava. Que babaca eu era.

Honestamente sinto-me mais leve e bem mais livre em dar satisfação apenas aos meus pais, ao meu marido, filhos, irmãos, aos meus amigos e a mim mesma... Tá bom, assumo que na verdade continuo presa à essa besteira de manter minha reputação em dia. E quem não está? Quem?

Lula, o Filho do Brasil!!!

Ontem assisti à gravação da cena do primeiro casamento do presidente Lula, rodada aqui em São Bernardo, na charmosa capelinha de Santa Filomena. Essa cena marcou o fim das gravações do filme "Lula, o Filho do Brasil", do cineasta Fábio Barreto, que concorreu ao Oscar com "O Quatrilho". O elenco presente demonstrou simpatia e muita satisfação em rodar um filme sobre Lula. Glória Pires, que interpreta dona Lindu, mãe de Lula, era toda simpatia e sua filha Cléo Pires (linda!) representou sua primeira mulher. Confesso que adorei assistir à toda "bagunça" criada para gravar uma cena de, no máximo, dois minutos.
Entretanto, o que mais me chamou atenção foi o ineditismo da empreitada. Esse é o primeiro filme sobre um presidente da república em exercício. O que muda tudo. Principalmente ao que se refere à época em que o filme será lançado, simultaneamente em toda América latina: início de 2010, ano de eleições presidenciais!
O orçamento do filme é relativamente alto para os padrões do cinema brasileiro. Foram cerca de 15 milhões de reais que Barreto (o pai, o também cineasta Luís Carlos Barreto) obteve sem subsídio municipal, estadual ou federal, na tentativa de evitar inevitáveis críticas. Não conseguiu. Não tem como não notar a providencial coincidência de datas, visto que a história de vida de Lula é recheada de momentos emocionantes, o que transforma o filme na receita ideal para aumentar e segurar qualquer popularidade e eleger seu sucessor, principalmente em meio a uma crise e em ano de eleição.
Bingo!

terça-feira, 17 de março de 2009

Só para descontrair...

Olha, sempre fui fã confessa de Marcio Garcia. Claro, aos 38 anos aparentar uns 28, 30, não é para qualquer um. Entretanto, sem saber se é ele ou seu personagem Bahuan que está enfadonho, sinto em admitir, mas o Raj de Rodrigo Lombardi (ex-descamisado) está maravilhoso!! Are baba!!! Ou melhor, ô lá em casa!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Uma conversinha muito peculiar.

Fazendo de conta que o Lula fala inglês ou que o Obama fala português, o que seria mais provável, descrevi essa conversa:
"-Bom dia, mister Lula.
-Bom dia Osama, ops, Obama. É um prazer nunca imaginado antes na história de minha vida, conhecer um presidente dos EUA, que teve sua origem no povo, como eu tive. Tenho certeza que nossa relação será muito prazerosa...
-Mister Lula, fico também muito honrado com sua visita.
-Se convidar, nois viremo outras vezes. Com certeza.
-Mister Lula, quais são suas reivindicações, mas principalmente suas ideias em relação à crise financeira mundial?
-Primeiramente, essa crise não pode ser chamada de mundial, pois ela foi gerada por apenas alguns países, mas como sempre, quem paga o pato é a gente, mesmo tendo feito a lição de casa direitinho. Mas indo direto ao ponto, pois não sou homem de rodeios, defendo a estatização dos bancos para que o dinheiro volte ao mercado. Mas já deixo claro que essa ideia não foi meu amigo Fidel quem me sugeriu não. Nem o Dirceu. Bom, outra reclamação é o fim do protecionismo, pois só assim poderemos negociar melhor o biocombustível e seus derivativos, como uma cachacinha boa de Minas que tenho lá em casa, você precisa experimentar.
-Ok, Mister Lula. Vamos conversar melhor sobre esse assunto depois, por intermédio de nossos secretários. But, ouvir dizer que você sugeriu que a melhor pessoa para por um ponto final na crise seria um tal de Ronaldo...
-Obama meu amigo, bem se vê que o senhor não conhece nossa cultura, nossas riquezas. O tal Ronaldo é o salvador da pátria, o cara que vai salvar da crise, mas não o mundo, e sim o Corinthians. Pra se ter uma idéia, entre seus amigos ele é conhecido como presidente, tão grande é sua capacidade de liderança. Mas cá pra nóis, como é que o senhor não conhece o Corinthians? Ele é o único campeão mundial reconhecido pela Fifa!
-Não sou muito chegado a football. Prefiro outros esportes. Mas voltando ao assunto, aos EUA interessa muito o mercado brasileiro e uma boa relação com toda a América Latina. Esperamos contar com sua ajuda nessa missão.
-Companheiro Obama, estou convencido de que o mais importante agora é a gente não ficar dando dinheiro aos bancos, pois eles não estão repassando essa ajuda para a população, mas isso na verdade sempre foi assim né?! Outra coisa, se precisar de uma ajudazinha com essas pessoas que estão ficando sem moradia, principalmente no estado da Califórnia, manda seu pessoal para o Brasil ver como fazemos com nossos moradores de rua e como montamos uma favela. Tem também o bolsa-família, que não ajuda muito, é verdade, mas com certeza garantirá a sua reeleição.
-Mister Lula, fico feliz em saber que os EUA podem contar com sua ajuda e compreensão. E também ouvi dizer que tenho muitos amigos no Brasil, it´s true?
-Se é tru, eu não sei, mas que no Brasil a população gosta de um negão que venceu na vida, isso gosta. Principalmente um negão boa pinta como você.
-Ok, ok, rsrsrs. Aqui está uma Constitution Box , uma lembrancinha de nossa evoluída e enxuta constituição. Espero que goste.
-Claro, obrigado. Nossa, como ela é pequena, né?! E pensar que aqui dentro estão todas as leis que regem esse país... Impressionante! Bom aqui está um prisma feito de pedras brasileiras. Assim o senhor não precisa comprar de nenhum contrabandista sem vergonha. É lindo! Espero que sua esposa também goste
-Of course, mister Lula. Obrigado por sua visita e pelo lindo presente.
-De nada. Olha, vou voltar mais vezes. E dá próxima vou trazer minha esposa, ela adora dar umas voltas por aí.
Os dois se abraçam, batem nas costas um do outro e mais tarde, fazem o seguinte comentário aos seus assessores, respectivamente:
-Esse cabra é bom! Vamos nos dar muito bem, pois ele me escuta, gosta de minhas idéias e me deixa falar. Estou convencido do sucesso de nossa amizade.
-Gostei do Mister Lula, apesar de ele falar demais...”

quarta-feira, 11 de março de 2009

Saudade...

Por também sentir uma saudade que não se traduz em palavras, rendo-me a essa homenagem à minha amada prima Rosana. Nega, te amo!
"Saudade é palavra, palavra que não se traduz para o inglês, palavra que diz tanto de umasó vez. Palavra que não vê nem sexo e nem cor, e que injustamente é ligada a dor.
Carinho é palavra, palavra que não se traduz para o inglês, palavra da qual preciso diae mês. Palavra que distingue classe de cor, e que justamente por isso traz dor.
Paixão é palavra, palavra que não se traduz para o inglês, palavra que diz “I Love you”vezes 3. Palavra que corta em etapas o amor, e que quase nunca acompanha pudor.
Amor é a palavra, palavra usada demais em inglês, palavra de impacto só em português.Palavra que não vê nem sexo e nem cor, que basta por si só sem tirar nem pôr."
Alex Goés

terça-feira, 10 de março de 2009

Olha a onda, olha a onda!!!

Mesmo depois da divulgação, hoje, de que o PIB brasileiro recuou 3,6% no último trimestre de 2008, da previsão de crescimento para esse ano na casa que varia de 0% a 1,5%, e da certeza de que amanhã, na reunião do COPOM a diminuição dos juros será de no máximo 1,5 pontos, ainda tem gente dizendo que a onda da crise não nos pegou. Imagina se tivesse pegado...

Quero.

"Quero começar uma caminhada e não querer parar na metade. Quero emagrecer a ponto de aos 35 anos estar usando uma calça 40. Tá bom, 42. Quero ser sempre disputada por minhas amigas. Ser mais determinada e paciente. Quero fazer aula de jardinagem. Conhecer um pouquinho de Chinês. Quero fazer tantos quantos forem possíveis cursos de filosofia. Fazer um curso básico de enfermagem. Quero conhecer a redação de um jornal e uma gráfica. Pintar um bom quadro. Escrever um livro sobre meu pai. Ou melhor, sobre nossa família. Quero sair de balada com meus sobrinhos quando forem mais velhos. Quero querer gostar do primeiro namorado de minha filha. Quero não repetir as refeições. Fazer um bom roteiro de um filme. Quero poder ir ao Rio de Janeiro sem medo. Quero ter uma casa ecologicamente correta. Organizar uma mega exposição das fotos de minha mãe. Quero fazer uma festa de casamento, pois a minha foi lamentável. Quero saber costurar, tricotar e bordar. Quero que algum dia alguém bem famoso me diga: “Sou seu fã”. Quero aprender a fazer massa fresca e molho com tomate e manjericão. Quero bater um super papo com algum inglês. Em inglês, of course. Quero ser religiosa, sem parecer brega. Quero aprender a criticar. Com estilo. Quero ficar casada 75 anos. Quero muito poder fazer uma festa, daqui há alguns anos, e reunir pessoas que passaram em minha vida. Amigos ou não. Quero dirigir uma cegonha (aquelas carretas que levam carros). Quero aprender física quântica e metafísica. Ou pelo menos saber ao que elas se referem. Quero envelhecer ao lado de meus irmãos e sempre entrar na piscina com eles. Quero, um dia, gostar de passar roupa. Compor uma música contagiante para minha filha musicar e cantar. Quero fazer um livro apenas com os desenhos de meu filho. Montar uma biblioteca comunitária. Quero conseguir escrever para o exigente público infantil. Quero fazer trabalhos voluntários sem que eles pareçam ser voluntários. Quero passar a tarde com minha avó e faxinar sua casa. Reunir minhas primas, todas, para contarmos, umas às outras, o que se passou nos últimos 15 anos. Quero sempre me arrumar pensando em meu marido. Quero fazer um bolo de chocolate e nem ligar para ele. Ou comer só um pedacinho. Quero enfim, entender mais a mim, para cada dia entender mais aos outros. E quero mais Ser do que Ter. Isso é o que mais quero."

São Paulo Restaurant Week - Verão 2009.

Cumprindo a função de também dar dicas, segue abaixo a mais saborosa e apetitosa que esse blog já postou. Espero que aproveitem.

4a. edição do São PAULO RESTAURANT WEEK vai de dia 2 a 15 de março e já é o maior sucesso!
Maratona gastronômica em SP.Definitivamente o São Paulo Restaurant Week marca a sua presença no cenário gastronômico de SP. Para a edição de verão, de 2 a 15 de março, mais de 100 casas aderiram ao evento, e as inscrições ainda não fecharam. Esse ano, casas famosas aderiram como: Bistrô Charlô; Na Cozinha (nova casa de Carlos Ribeiro); Tordesilhas (de Mara Salles); Arábia; Consulado Mineiro; Marcel (de Raphael Despirite; Boa Bistrô (da chef Tatiana Szeles); Octávio Café; Sal Gastronomia; Shintori entre outros igualmente importantes. Entre os participantes, cozinhas de vários estilos e etnias diferentes para compor um evento eclético. Mais de 100 restaurantes que aceitaram o desafio de preparar cardápios diferenciados com entrada, prato e sobremesa a um preço fixo, igual em todas as casas participantes do evento: almoço por R$ 25,00 + 1 e jantar por R$39,00 + 1 (couvert não incluído), valores com os quais não seria possível apreciar as iguarias das casas que participam.
Para saber mais:

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mega-críticos.

Às vezes me dá no saco crítico que normalmente, pra não falar apenas, só emite opiniões negativas. Que só enxerga as coisas ruins. Que mesmo em uma obra-prima, reconhecida inclusive por ele, depois de alguns elogios, lança seus inconfundíveis "mas". Ler textos assim, me faz pensar em coisas simples, mas importantes para pessoas como eu, que se aventuram a dar sua cara a tapa. Pois bem. Quem, quando e pq. essas pessoas receberam o aval para opinar sobre as produções alheias? O fato de se ter diplomas e falar línguas gabarita milhões de pessoas, por isso qual é o diferencial? Tem críticos por aí que se aventuram na música, no cinema, na literatura, na política e pra completar seu rico e vasto campo de reclamações, no futebol. Tudo ao mesmo tempo. Em uma única coluna. O que, claro, lhe dá uma grande margem para erros arrogantes. Faço justiça, é claro, ao lembrar que muitos deles sabem o dizem, apesar da exagerada acidez. E é exatamente isso que é um saco. Ler de uma só vez, críticas e reclamações, de uma só pessoa, da enjoo, mal estar mesmo. Cansa e ao contrário do que se pensa, ao manter-se a fidelidade de sua coluna, as pessoas tendem a querer contrariá-lo e não fazer coro a sua opinião. Nem pensar eu querer ir contra o que pensam os papas intelectuais. Imagina, longe de mim. Inclusive eu os leio. E às vezes até os respeito e os acompanho. Mas cansei de ler apenas massagres sobre obras muitas vezes vicerais. Parece-me que crueldade e despeito tem limite. Ou como minha tia diz: tá reclamando, vai lá e faz melhor!!

Mais uma do Senhor Guilherme.

"Estávamos eu, Dona Maria Clara e o Senhor Guilherme no carro, quando ao sentir um cheiro ruim, indaguei:
-Quem é o autor dessa fedentina???
Senhor Guilherme, rapidamante, querendo se livrar de qualquer suspeita, lança:
-Ó, não fui eu mãe. Minha mão nem tá amarela!!
Em tempo, o mal cheiro vinha de um rio ao lado..."

sábado, 7 de março de 2009

Viva la Vida!

Anita já tinha se conformado com sua cor, digamos, transparente. Desde nova descobriu sua congênita falta de melanina. Bendita melanina. E maldita sua falta. Desde então resolveu que seria lindamente, branca! Se é que isso é possível... Só mesmo Nicole Kidman para parecer fantástica nesse tom adoentado de pele. Pois bem, os anos se passaram e Anita nunca entendia como suas amigas torravam ao sol. Achava até brega. E sensual. Muito sensual. Mas ignorava, já que a qualquer aparição sob o sol da tarde já ficava toda ardida. Nos últimos anos tem como hábito, por prescrição médica, o uso de protetor solar. Mesmo em dias nublados. Ah, bendita prescrição médica. Mesmo branquela, devido ao cremes e protetores mil, não apresenta nenhuma marca de expressão. Ainda. Diferente de suas amigas, morenas, lindas, radiantes. Tudo bem. Anita gabasse em aparentar 26 anos, tendo 31, e suas amigas o contrário!! Nesse verão, como em todos os outros, nada de diferente aconteceria. Ficaria tomando cerveja, daria uns pulinhos na piscina, soltaria desculpas “melanômacas” e claro, continuaria terrivelmente branca. Seu marido não ligava, até tratava-a carinhosamente, ou quem sabe, satiricamente de “minha branquinha”. Entretanto a surpresa aconteceu. Durante uma bela e curta viagem de navio onde, sem ter o que fazer, ficou prazerosamente... tomando sol!!!! Tomava sol e passava protetor 40. Infantil. E tomava mais sol. E mergulhava na piscina. E tomava chopp e mais sol. Não teve insolação não. Teve sim é uma bela sensação de energia interna e a maravilhosa constatação de que o sol, a pele bronzeada, além de servir para deixar mais, digamos, as pessoas mais interessantes, serve para esconder as imperfeições dérmicas!!! Ah, que descoberta. E incrivelmente, devido a um complexo vitamínico tomado meses antes para melhorar a quebradeira das unhas e cabelos, a pele morenou! Anita está se achando. Se achando pq pode ficar caliente, curtir o verão, esconder ou disfarçar as celulitesinhas, e ainda parecer uns incríveis 4 anos mais jovem. E pode ainda parar de divulgar sua preferência ao inverno do que ao verão. E pode mais ainda, parar de besteirinhas e curtir a vida. Ao som de Cold Play, em Viva La vida...

Raiva eclesiástica.

Cá pra nós, o que vai mudar na vida prática das pessoas que receberam a excomunhão pelo aborto da pequena menina de 9 anos? Por ter recebido educação católica sei que não poderão mais comungar, casar, ou receber nenhum dos sete sacramentos. Pois bem. Não poderão mais naquela cidade e durante algum tempo, pois pelo que sei a igreja não mantém um cadastro nacional unificado das fotos e das digitais de seu rebanho, concluindo-se então que daqui a pouco, em outra cidade, se assim acharem necessário, os excluídos poderão voltar a ter uma vida católica normal. E a garota? Que vida ela voltará a ter? A igreja manifestou-se apenas para condenar o que chama de holocausto moderno, mas em momento algum para oferecer ajuda emocional, financeira e em último caso, espiritual. Não sou defensora do aborto, sou cristã. Por isso mesmo não julgo a decisão médica e familiar em interromper a gestação dupla de uma criança de 9 anos!!!! Só não entendo a postura radical, raivosa e nada benéfica da igreja. Além de paradoxal, pois abortar não pode, mas estuprar, pode... Talvez pq, se a moda pega, imagina a quantidade de padres sendo excomungados... Bom, vou ficando por aqui, antes que sobre uma excomungaçãosinha pra mim.

Repetindo-me...

Como tenho a pretensão de um dia escrever uma boa literatura, decidi encarar a verdade e assumir que meu conto "Incompreensão" é de péssimo gosto e de qualidade duvidosa. Sei que alguns vão se ofender e dizer "poxa, eu estava gostando...". Não se iluda. Você provavelmente estava curtindo pelo simples fato de gostar de mim. Ou de não gostar.
Vou, por enquanto, divertindo-me e dedicando-me aos textos que mais gosto de elaborar: crônicas e afins. Vai que dá certo...
Honestamente estava com saudades. Espero a recíproca.
Até.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Feliz ano novo em 19/01/09.

Acabei de ver Barack Obama em Baltimore, antes de chegar à Washington, na viagem antes da tão esperada posse. Aí me dei conta que esse ano vai começar mesmo em 19/01. Se der, vou dar uma nova festinha de reveillon. Mas dessa vez, estarei toda vestida de preto, que é pra dar mais sorte...
Beijos e bom domingo!

Bebe or not Bebe?

Anita sabia que seria difícil. Voltar a trabalhar e deixar seu bebê de 5 meses na creche seria verdadeiramente difícil. Seria, na verdade, dilacerante. Que tipo de mãe consegue, sem remorso algum, deixar seu filho indefeso e inocente nas mãos de pessoas que nem o conheciam até aquele instante? Talvez seja por isso que as mulheres nunca vão chegar ao poder de igual para igual com os homens, pensa ela. Parimos, isso já cria uma diferença abissal entra as partes... Parimos e choramos quando nos deparamos com situações como essa. Pois bem, se é inevitável o confronto, vamos a ele.
Logo cedo, revisando a malinha do pequeno João, Anita já começou a sofrer. Uma dorzinha começou a aparecer lá no fundo da já tão conturbada cabeça. As cobranças começaram ali: pq foi ter um filho se não conseguiria segurar a onda? Pra deixá-lo em uma escola para os outros cuidarem? Pra vê-lo acordado três ou quatro horas por dia? Tudo para ganhar um salário menor que seu marido e trabalhar muitas vezes mais que ele? Pra receber promoções, ser reconhecida e valorizada? É... Isso é bom... Mas colocando os pés no chão, Anita sabia que no futuro seria cobrada por essa ausência, que não ficaria impune por essa escolha.
O problema de tudo é que não estava segura. Essa insegurança, na verdade, vinha desde a época da gestação. Não sabia se queria engravidar. Bom, ela sabia sim. Não queria. Mas aos 34 anos, 5 de casada, já era tempo. A família, seus amigos, seu marido e principalmente a biologia a cobravam. Não teve saída.
Hoje estava realmente feliz, mas frustrada. Mesmo querendo dar conta de tudo, sabia que seria impossível. Ela não era o tipo super mulher e não queria ser. Se respeitava. Respeitava seus limites e, principalmente seus medos. Tinha medo de não emagrecer, de voltar ao trabalho e ter alguém melhor em seu lugar, de seu pequeno não se adaptar ao ambiente escolar, de seu marido não lhe ajudar, de suas amigas não mais a chamarem “prum” happy hour, de ser super-protetora, de ficar louca!!!!
Ao chegar à escola, começou a chorar. Ridículo, pensou. Mas não se conteve. Era pura emoção. Deu várias recomendações, mamadeira, chupeta, fraldas, roupinha, remédios, telefones para contato. Só faltou o teste do pezinho. Como João ainda é muito pequeno, não sentiu, a principio, a mudança. Talvez nem sentisse, mas apenas a possibilidade de isso acontecer já a entristecia.
Deu beijinhos para não acordá-lo e saiu de fininho. Ao chegar ao trabalho, aquela festa. Como é o João, como é ser mãe, onde ele estava, enfim todas as perguntas que ela não queria que fizessem. Mas enfim, estava contente com sua postura.
Durante o dia, ao perceber que seu trabalho estava lá, são e salvo, que seu marido estava sim tão preocupado quanto ela com o filho, que na escola tudo estava indo bem, e que em casa a secretária estava dando conta de tudo, Anita percebeu que seria difícil sim. Mas que o segredo seria viver um dia de cada vez. Matar um leão por dia, que tudo se encaixaria. Talvez assim ela até emagrecesse... O que seria ótimo!
No fundo, bem no fundinho, apesar do pavor, ela sabia que daria conta de tudo. A se daria!!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mulheres são chatas!

Queria eu ter escrito esse texto. Como não o fiz, divido com vocês essa feliz descoberta.

"Certa vez um diretor de teatro cismou comigo. Ah, seus textos isso, seus textos aquilo. Sua foto isso. Você, Tati. Ah, que mulher. E durante quatro meses ele me mandou e-mails quase diários a respeito dessa adoração. Aí ele finalmente veio estrear sua peça em São Paulo. E quero te ver daqui, preciso te conhecer dali. Você, Tati. Ah, que mulher. E o cara me mandava e-mails nos intervalos da peça, pouquinho antes de começar, pouquinho depois de terminar. Durante os ensaios. Uma obsessão que nunca vi. E me mandava senhas de ingressos com cadeiras na primeira fileira. E traga quem você quiser, mas melhor que venha só. Preciso te conhecer, preciso. Você, que mulher. E eu fui. Ah, eu fui.
Quatro meses no meu pé, tamanha obsessão. Eu fui. E achei ele gato e interessante. E confesso que ele foi, nessa minha vida bem aproveitada, o melhor beijo na boca que já dei. E a coisa crescia. Seu cheiro, seu cabelo, seu sorriso, sua cintura. O cara, se pudesse, me enquadrava e me colocava na sala. Se pudesse, me fazia virar uma estátua na entrada do apartamento. Nunca ninguém ficou tão encantado por mim. Ele chegou ao ponto de, no último dia da peça em cartaz em São Paulo, agradecer a Deus olhando pra mim, que estava que nem besta, de novo, na primeira fileira. Tipo: eu era Deus! E então, transamos, e a coisa só piorou. Porque seus olhos fechados, porque você dormindo, porque você acordando, porque tomar banho com você, porque eu sei, mulher da minha vida, primor intelectual, sensibilidade absurda, humor genial, maldade charmosa, que mulher, que mulher, que mulher, eu nunca mais viverei sem você, não agüento ficar longe, você pode tudo, é você, é você. E me apresentava pros amigos “se preparem pra amar essa mulher pra sempre, porque é o que eu vou fazer”. E não existia quarta, nem quinta e nem terça. Todo dia era sábado. Todo dia era dia de namorar e ouvir aquelas coisas todas. E ele me mostrava sua foto criança “olha a cara do seu filho”. E ai de mim se topasse sair com alguma amiga ao invés de ir naquele flat onde ele quase me embalsamava de tanto amor e sexo e planos. E eu quieta, vendo aquilo tudo. Querendo acreditar aos poucos mas acreditando rápido porque, afinal, a vida é um saco e eu deveria mesmo merecer tudo aquilo. Por que não? Sim, sim, eu merecia! Claro. E então, numa tarde, depois de tantos elogios e melhores beijos do mundo e carinhos na nuca para eu dormir mais rápido e um anel de ouro branco que ele mandou fazer escrito “I Love you” na parte de dentro, eu resolvi que gostava do cara. É, acho que eu curto esse cara. Olha, tô achando que eu amo esse cara.
E porque resolvi que então eu estava naquela relação e qualquer mulher que resolve isso precisa de algumas garantias e conversas que vão além da ostentação teatral e da euforia sexual, achei que não teria problema nenhum em dizer pra ele, o quanto eu estava sofrendo com o final da peça, se ele ia mesmo vir pra São Paulo me ver toda semana, se ele ia se comportar no Rio, longe de mim, com aquelas vadias bundudas querendo uma chance na TV. Se ele me amava mesmo. Como seria com ele longe. Se ele achava que aquilo tinha futuro mesmo. Aquela ladainha normal de qualquer mulher que se sente à vontade pra ser chata depois do cara ter ganho o cartão “sou insuportavelmente louco, apaixonado e obcecado por você, fucking woman of my life”. E ele coçou a batata da perna. Espreguiçou. Fungou fundo a respiração. Foi tomar banho sem falar nada. Ficou dois longos dias sem me ligar.
E depois, porque eu fiquei sem entender nada e fui pro Rio, desesperada, ver o que estava acontecendo, ele me disse, com uma frieza e um distanciamento que até hoje me dilaceram e me fazem temer a vida: “ah, Tati, você é chata”. É, mulheres são chatas mesmo. O que é melhor, muito melhor, infinitamente melhor, do que ser você".
Tati Bernardi

Gostar de ser "do lar".

Hehehehehe, as feministas hoje vão me rogar várias pragas. Na verdade, só as feministas antigas, por que as atuais são mais modernas e sabem que ser “do lar” por vontade própria, é o último grito das tendências comportamentais femininas... rsrsrsrsrsrs...
Confesso que cansa ser “escritora-do lar-mãe-mulher-amiga-filha-irmã-blogueira”. Mas fico extremamente satisfeita no fim do dia, quando minha casa está limpa, cheirosa, roupa lavada, passada, tudo organizado. Claro que daqui a pouco tudo estará devidamente bagunçado. Mas isso faz parte da dinâmica doméstica, que faz a energia se renovar e vibrar.
Sendo então um dia de confissões eletrizantes... rsrsrsrsrsrsrs... aqui vai mais uma que, talvez choque mais ainda: amo ser casada! E para piorar, sou feliz assim!!
Amo usar aliança. A minha está um pouco apertada, diga-se de passagem... Culpa dos quilos a mais... Culpa minha, vai... Amo acordar de madrugada e ver que ele está ali, de livre espontânea vontade. Cuidar das suas coisas, sem nem pensar em revistar bolsos e carteiras. Amo então, a segurança e o prazer de ser amada. E o pior, acreditar que eu realmente seja. Amo cuidar de mim. Cuidar de mim é para mim, mas é para ele também. Cuidar de nossos filhos. Cortar as suas unhas, pentear os seus cabelos depois do banho. Levar à escola é especialmente especial. Dá a devida importância aos estudos. Amo amar esse amor de ser casada e ter filhos. Cansa. Ok. Confesso. Mas é um cansaço feliz, de dever cumprido. Até pq. assim, dessa maneira, posso ser eu. Além de tudo isso, de todas as prerrogativas de uma mulher que cuida da sua casa e da sua família, tenho também tudo que me é importante. Escrevo a hora que quero e posso, vou à academia, cabeleireiro, manicure, costureira, estudo, leio, faço cursos, e quando quero, também não faço nada. Simplesmente nada.
O melhor de tudo isso é que sou amada, meu marido é um homem bonito e cruelmente engraçado e meus filhos são parceirões. Ah, fala sério, é ou não é para eu gostar de ser casada e “do lar”?

Dogmas.

Os dogmas deveriam ser revistos periodicamente. Sua responsabilidade em relação aos maiores absurdos, principalmente às guerras em nome de Deus, é gigantesca. Atentados suicidas, guerras em defesa da “terra prometida” ou “terra santa”, morrer em nome de Deus tendo como recompensa nuvens com belas virgens e bicas de mel. Tudo consequência das absurdas e ultrapassadas doutrinas religiosas.
Os dogmas segregam, quando não desenvolvem ou estimulam o preconceito racial, sexual, religioso e ideológico. Além de “emburrecer” quem os elegem como parâmetros para suas vidas. Eles foram criados para definir como verdade absoluta tudo aquilo que não se tem resposta, no mínimo, crível. Dogmas não são discutidos, não são colocados a prova, não são nem se quer repensados. A desculpa é manter a ordem e claro, o rebanho bem unido e coeso. Questionar qualquer dogma é blasfêmia. Só não é blasfêmia a guerra, os milhares de mortos, as crianças mutiladas, os incontáveis infectados de AIDS ou qualquer outra doença sexualmente transmissível por conta da proibição ao uso de preservativos, as inúmeras adolescentes mães-solteiras, que além de já sofrerem com o a maternidade precoce, sofrem com os preconceitos sociais, absurdamente liderados pela igreja. Será realmente que se tem a pretensão de que as pessoas passarão a agir diferente simplesmente pq a igreja decidiu?
O poder religioso é indiscutível, abrangente e secular. E é exatamente por essa abrangência e secularidade que devemos estar sempre atentos para o que se é pregado e dogmatizado. Não está em questão a religiosidade ou a espiritualidade, mas sim o uso bélico e dominador que é feito delas. O amor propagado e difundido pela maioria das religiões não combina em nada com os holocaustos, com os campos de refugiados, com as crianças órfãs ou mortas, com os preconceitos e ostentações paradoxais.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

As várias opções femininas.

"Se minha avó paterna tivesse seguido a vida coorporativa ela com certeza teria sido uma grande executiva, provavelmente presidente, ou como se diz hoje, CEO de alguma holding. Pq. acho isso? Pois bem. Minha avó, Maria da Conceição Faustino, portuguesa, veio ao Brasil já com seus 33 anos, 5 filhos ainda crianças, um bebê de seis meses, no caso meu pai, de navio, viagem que chegava a durar 2 meses. Bom, só essa mudança drástica de país, fugindo de outro em guerra, por si só já é demonstração de arrojo e coragem, pré-requisitos básicos para um CEO hoje.

Não se dando por contente, aqui no Brasil ainda teve mais dois filhos... Corajosa... Católica fervorosa, em hipótese alguma evitaria filhos, caso já houvesse essa opção. Aqui, ajudou a construir sua casa, botando a mão na massa mesmo. Meu pai conta que ela, de tempos em tempos, pintava toda a casa. Ou melhor, por causa do pouco dinheirinho, caiava a casa. Detalhe, sem a ajuda de ninguém.

No quesito filhos, claro que sobrava para minha saudosa tia Mana e meu tio Oscar, os primogênitos. Consta que sem eles minha avó teria endoidado. Outra característica básica de um CEO, se cercar de ótimos assistentes. E como boa matriarca, delegava sem perder o controle. E cobrava com eficácia. Outra similaridade com o dito presidente.

Nas tarefas do lar dava conta de tudo. Diz a lenda que a roupa que era usada num dia, no outro já estava na gaveta, lavadinha e passadinha. E se houvesse um furinho, ela logo cerzia, pois “só é pior que roupa furada, a roupa suja.” E como se não bastasse, lavava roupa para fora para incrementar o orçamento. Ufa!!!! Dinâmica, como todo bom CEO.

Outra característica imprescindível para um dirigente é saber controlar as finanças. Dizem que, apesar de analfabeta, ninguém a passava para trás. Nem no troco nem no salário. E ai de quem tentasse...

Ela ainda costurava, bordava e estava sempre bonita. Como toda executiva, gostava de cuidar da aparência. Era vaidosa. Suas mãos estavam sempre feitas. Fazia questão que fizessem sua unha, mesmo quando estava no hospital. Apesar de fúnebre, a última imagem que tenho dela é em seu caixão. Ela estava de batom clarinho e com as unhas feitinhas. Claro, suas filhas sabendo como era, fizeram seu gosto.

Minha avó materna também foi por esse caminho. Incríveis doze filhos!!!!!! Meu deus, não consigo nem imaginar o que isso representa... Na verdade, a grande diferença entre elas é que lá, quem mandava era meu avô. Uma típica família patriarcal. Nesse caso minha avó, Maria de Nazaré, natural de Caconde, São Paulo, passou a vida como uma boa “lobista”. Negociando aqui o passeio de um filho, negociando ali o namoro de uma filha, outras não negociando nada, preferindo retroceder, posto que meu avô não era bem o que chamamos de uma pessoa fácil de lhe dar.

Vieram do Paraná, sem ter bem onde ficar. Depois, levantaram um barracão num terreno recém comprado, passaram fome, frio, necessidades diversas. E minha avó lá, firme e forte, organizando e fazendo o meio de campo de toda a família.

Assim como minha avó portuguesa, também recebeu a grande ajuda de seus filhos mais velhos, meus tios Hamilton e Fiinha. Como sempre costurou para fora, fazendo de tudo, e ainda costura, fazendo lindas colchas de retalho (aceitamos encomendas), sem a ajuda deles, ela confirma, não sabe como teria sido. Ah, além de costurar, faz tricô e crochê como poucas.

Doce, meiga, gentil e discreta, vive hoje, com 84 anos sozinha e muito feliz. Sua boa saúde, dizem, é por causa da cuca fresca que sempre teve para enfrentar a vida e agüentar a braveza de meu avô. Lobista e política como poucos. Provavelmente hoje, ganharia muito dinheiro intermediando grandes e difíceis negociações.

Já naquela época cada uma demonstrava aptidão para uma carreira diferente, entretanto não tinham alternativas, deveriam, sem reclamar ou pestanejar, seguir a vida caseira. Não podiam escolher que vida queriam seguir. Algumas, como minhas avós e minha mãe, ainda ajudavam no orçamento.

Hoje, além de poder escolher a carreira que se quer trilhar, a mulher pode ainda optar em ficar em casa. E aí é que está a graça, ela pode escolher. Não é obrigação. Ser do lar, cuidar da casa, dos filhos e de si mesma se tornou uma das tantas escolhas que a mulher pode fazer hoje. Pode trabalhar fora, se formar, fazer mestrado, ser uma CEO, ou pode, de maneira tão digna e importante, ficar em casa, trabalhando em seu home-office, ou não, cuidando mais de perto dos filhos, das roupas e da comida. Tudo por livre escolha.

Assumo, depois de muito relutar que hoje, prefiro a segunda opção. Com minha primeira filha trabalhei fora e foi fantástico. Entretanto hoje, com o segundo, acompanho de mais perto, brinco, vejo filmes, levo a natação, faço comida, cuida da minha pequena casinha, bato mais papos, faço bolos, escutamos boas músicas, lemos, participo mais da vida escolar e como toque final, sempre coloco uma flor na janela do quarto. Tudo com muito prazer e carinho. Além de escrever meus textos, claro. E para também ajudar na grana, estou pensando em voltar a vender alguma coisa. Acho que minha avó teria orgulho de mim.

Penso que não devemos rotular as pessoas não só pelo que fazem, por qual trabalho exercem. Hoje vejo que meu trabalho é tão crucial e importante para civilização quanto outro: educar meus filhos. Minhas avós criaram filhos corretos e honestos. E olha que foram, no total, 20 crianças que se tornaram bons adultos. Elas fizeram sua parte. Estou fazendo a minha.
Confesso que sofro um pouco de preconceito. Ainda, algumas pessoas perguntam, com um “que” de indignação, se eu “SÓ” sou dona de casa. Eu, toda prosa, respondo: Só!! E quer saber, sou muito feliz assim."

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Projeções...

Olá Galera!!!!
Sei que devo explicações... Mas elas ficarão para depois! rsrsrsrsrsrsrsrsr
Na verdade, volto esse ano com força total e cheia de energia. Energia essa que ne faltou, sei lá pq., no fim do ano passado. Mas como disse, isso foi ano passado. Agora, hoje, tenho muitas coisas para fazer, escrever, dizer e dividir com vocês.
As mudanças ortográficas, o fim da história com nossa amiga Carol, dicas culturais, crônicas cotidianas, a posse do salvador da pátria, aliás, do mundo, Barack Obama, meu projeto sobre Machado nas escolas, novas tiradas do Sr. Guilherme e da Dona Maria Clara, que diga-se de passagem está cantando muuuuuuuiiiiiitooooooo, enfim, esse ano teremos uma porção de coisas para conversarmos. Porém, comprometo-me a aumentar e melhorar o nível de meus textos. Esse é meu maior desafio.
Beijos e queijos a todos meus amigos-leitores.
Sucesso!!!!!