quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Décimo Capítulo - Do Bilhete.

“Carol faria 15 anos só em agosto. Todas suas amigas já tinham feito ou estavam para completar as tão sonhadas 15 primaveras. Talvez por isso, para ela, era tão difícil pensar em transar. Sabia que sua falta de maturidade seria decisiva. Seu sexto sentido era muito forte e sinalizava para que esperasse um pouco. Toda vez que tinha algum tipo de intimidade maior com algum garoto, por menor que fosse, uma angústia forte tomava conta de seu coração. Isso já era motivo suficiente para que Carol tivesse mais calma. Sabia que qualquer passo errado poderia colocar todo o bom relacionamento que tinha com Danilo até agora, por terra. Seu sentimento por ele era forte sim, mas se perguntava quanto. Sexo demanda coragem para enfrentar os pais, caso eles venham saber, um pouco de falta de vergonha para tirar a roupa, vontade para encarar as conseqüências triviais como o ciúmes, e principalmente maturidade para segurar a onda e a pressão de se ter vida sexual ativa aos 14 anos!!!!!!!! Sem contar é claro o fantasma da gravidez indesejada. Nesse caso nem se pensava nas doenças sexualmente transmissíveis. O adolescente têm o péssimo hábito de se achar inatingível. Para eles, as coisas ruins só acontecem com os outros. E é aí que está o perigo.

Carolina nos últimos tempos não pensava em outra coisa. Estava difícil segurar a libido de Danilo. Na verdade, estava difícil segurar a mão, a língua, e principalmente, os pensamentos de seu querido namorado. Ficar sozinha com ele estava se tornando, ao invés de prazeroso, um inferno. Era bom, mas não era. Era gostoso, mas não era. Sentia tesão, mas não se sentia segura. Sentia vontade, mas logo imaginava sua mãe puta da vida e se sentindo traída. Sorria e chorava. Estava quase surtando.

Até o dia que Pedro entregou-lhe um bilhete...”

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente esses meninos com esse instinto "animal" ás vezes nos fazem perder todo o encanto.
É uma merrrrda!!!