Eu, como gestora de RH, tenho uma visão mais acertiva em relação às qualidades que um político deve ter. Como gestor da cidade, do estado ou do país, ele deve carregar em si os melhores predicados e as melhores idéias. Deve ser fiel a quem o colocou lá e sua postura deve ser a mais irrepreensível possível. Infelizmente não é isso que vemos hoje.
Todos nós temos uma postura rígida quando vamos contratar uma secretária doméstica, uma babá ou uma faxineira, certo??
Quando uma dona de casa vai escolher uma pessoa para auxiliá-la na labuta doméstica, além da entrevista habitual para saber se existe empatia entre elas, avalia também suas referências. Onde trabalhou, como trabalhou, e pq. não trabalha mais. É severa em sua escolha.
Feito isso, a rotina de trabalho é estabelecida. A patroa diz o que quer e como quer, e dia-a-dia a confiança é colocada a prova. Sim, colocada a prova, pois até a patroa ter confiança, ela fica com um olho no peixe e outro no gato. Coisa que não fazemos quando elegemos alguém a um cargo público...
Com o tempo, as coisas vão se encaixando. E caso não der certo, tanto a funcionária quanto a empregadora, a possibilidade de partir para outra é real e simples. Basta uma conversa e pronto.
Em uma empresa o processo é o mesmo. Análise de currículo, entrevista, dinâmicas de grupo e tempo de experiência a ser cumprido. A possibilidade de troca de funcionário deixa a relação patrão-empregado um pouco instável, mas infinitamente mais crível.
E pq. não agir assim, com mais rigor e cobrança quando vamos à urna?
Tanto em casa quanto na empresa, independente da função que exercerá, o que se espera de um bom funcionário, é o que deveríamos esperar dos gestores de nosso país.
Pró-atividade (a velha e boa iniciativa), capacidade de resolver problemas, generosidade e habilidade em gerir recursos financeiros de maneira idônea, faz de qualquer pessoa um bom funcionário. E seu candidato, possui esse requisitos??
Honestidade é prerrogativa essencial a qualquer pessoa, e não qualidade. A sua falta sim é defeito. Aliás, é falha de caráter. E caráter é assim, ou você tem ou não tem. A conivência ao meio termo é o responsável por todas as roubalheiras que vemos por aí. Ser conivente com a falha de caráter é talvez tão nocivo quanto roubar.
Se uma empregada doméstica rouba sua patroa, durante meses, e ela não vê, ou é displicente ou conivente. Honestamente, não sei qual característica é pior. Mas de qualquer forma se o roubo for confirmado, podemos demitir o funcionário imediatamente. Já na gestão política não. As coisas lá, se dão em um tempo diferente e mais burocrático. O impeachment como arma de troca de maus políticos é arriscado.
Pois bem, sejamos rigorosos na urna como somos em casa e no trabalho. Sem esmorecer devemos vigiar, analisar resultados e cobrar. Cobrar muito. Cobrar pra caramba. Essa é a única arma que temos depois do voto.
Dá trabalho, mas dá resultado. Depois, a reclamação se torna muitas vezes vazia e sem eco.
Por isso além de eleger bons gestores, devemos ser como auditores e manter a vigilância constante sobre eles. Pq. vc não vai querer na sua casa ou na sua empresa, funcionários, pagos com o seu dinheiro, que sejam desonestos e corruptos. Ou vai??
A arte de escolher líderes é difícil, mas não impossível.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
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