Esse é meu primeiro texto no blog. Na verdade a primeira de várias histórias que virão. Ai que frio na barriga, estou até emocionada... rsrsrsrsrs...Tenho a sensação de estar aqui, iniciando um marco em minha vida e na vida dos meus futuros leitores.Por isso escolhi "postar" esse texto que escrevi em 18 de agosto, um dia importante para mim, pois tive o prazer de conhecer o inusitado Ignácio de Loyola Brandão. O cara é bom!Então, vamos a ele! E se puder, comente. Eu gosto.Have a fun...Segunda-feira, 18/08/08, data cabalística talvez, fui a Bienal do Livro assistir a uma palestra do genial
Ignácio de
Loyola Brandão. Como disse, a palestra foi simplesmente genial. Simples de simplicidade mesmo. O cara é tão simples, que fica mais genial ainda. E genial, porque ele é genial mesmo. Fiquei
mega nervosa. Mas queria que ele me notasse. Por isso, durante a aula-palestra fiz comentários, ri, me interessei, curti mesmo. Não só para chamar atenção, mas
pq o cara é tipo o
Romário, é o cara mesmo. Mas que fique claro, é o cara como o
Romário e não como o
Maluf.
Ignácio é inteligente, cínico, engraçado, interessante, ouvi-lo é extremamente
prazeroso. Um de galanteador. Deve ter sido, ou ainda é, conquistador competente. Contar histórias é seu ofício, tanto na escrita quanto verbalmente. No fim, pedi autógrafos, trocamos e-
mails, nos abraçamos, nos beijamos, dei-lhe um lápis que comprei na
FLIP, apesar dele ter dito que só escreve com caneta tinteiro. Escrevi um e-mail, quem sabe ficaremos amigos. Para mim seria fantástico se ao menos ele respondesse o e-mail, imagina amigos!!! Seria afrodisíaco!
Todavia, uma outra coisa me chamou a atenção naquele dia. Um
flerte que presenciei. Foi no mínimo estimulante. Pois bem, logo após a palestra do
Loyola, dei umas voltas pela Feira e lá pelas 20h00 tinha uma palestra
imperdível sobre
Clarice Lispector com a professora da
USP Yudith Rosembaun, especialista em
Clarice. Essa palestra se deu no espaço criado pelos postos
Ipiranga para debates literários. Boa iniciativa, dá movimento à feira. Honestamente não me recordo os nomes dos outros participantes, e mesmo que me lembrasse não os citaria, por motivos óbvios. Talvez causasse até problemas, pois um dos mediadores é o protagonista desse
flerte que foi delicioso de se assistir.
Logo iniciada a explanação, um dos jornalistas que também era o mediador passeou seu olhar pela
platéia. Foi aí que ele se encantou. Impressionante. Foi como se ele estivesse vendo, sei lá, a Juliana
Paes, ou para outros, a Mariana Ximenes.
Puts, o cara ficou louco. E o pior para uma mulher como eu, era que o alvo desse desejo era magra, delicada, meiga, com uma sandália
rasteirinha, unhas pintadas de
branquinho-transparente, uma saia de tecido delicado e uma regata. Delicadeza e recato. Totalmente diferente de mim...
rsrsrsrsrsrs... Bom, voltando ao
flerte, era como se cara quisesse parar a palestra e fosse ter um chega mais com a moça. Ele quase não estava se controlando. Seu olhar era devorador, curioso, intrometido mesmo. Se fosse comigo, ficaria com vergonha e me olharia para ver se não estava com alguma coisa errada na roupa, ou coisa parecida. Sua destreza como mediador foi colocada a prova. Mas ele se deu bem, pois apesar de estar completamente envolvido com a garota, ele não se perdeu em nenhum comentário e em nenhuma pergunta. Haja profissionalismo.
Rsrsrsrsrsrsrsrsr.
Pois bem, aquela situação não era apenas inusitada pela sede do moço, mas também porque na posição que eu estava não conseguia ver as
reações dela. O que será que ela estava achando daquela situação? Seria ela solteira? Será que ela era uma paixão antiga, há muito perdida pela correria do dia-a-dia? Será que a
atração era recíproca? Será que ela não estava se sentindo invadida? Será que depois dali eles começaram um relacionamento, foram jantar, fizeram amor? Ou apenas ficaram amigos? Ou pior, nem se falaram? Já pensou se o marido dela foi encontrá-la ao fim da palestra?
Eita, já pensou... Pensar foi o que mais fiz, aquela situação mexeu comigo a ponto de sonhar e imaginar o que aconteceu depois que fui embora, tamanha a persuasão do olhar daquele rapaz. Ser olhada daquele jeito, com interesse, tesão e curiosidade, sem ser invasivo demais, é desejo de toda mulher. Sou olhada daquela maneira ainda pelo meu marido, pode crer. Com mais paz, claro. Mas sou olhada. Porém imaginar um homem desconhecido, interessante, atraente e inteligente como aquele me admirando é altamente
eletrizante. Causa inveja.
Cheguei a conclusão que os “serás” são muitos. A única certeza é essa “
instigância” da vida, com suas várias alternativas, vários caminhos, vários possíveis finais. E claro, a certeza de que tudo se inicia com um olhar. Um agradável e
instigante olhar.